Este homem que dividiu a história do Ocidente
entre antes e depois dele, tem as mais diversas representações por diferentes
grupos de crença e abordagens históricas e filosóficas. Para católicos,
protestantes, ortodoxos gregos ou russos, ele é Deus que se fez homem e habitou
entre nós, para nos livrar do pecado e trazer a ressurreição e a vida. Para
muçulmanos, ele é um grande profeta, ao lado de Moisés e Maomé, e sua mãe Maria
tem um capítulo dedicado a ela no Alcorão. Para judeus, poderia ter sido um profeta
incorporado na Bíblia judaica, mas como se tornou um ser divinizado e,
portanto, uma pessoa da Trindade, não poderia ser aceito por uma tradição
espiritual (assim como o islamismo) que sequer representa pictoricamente o ser
humano e muito menos Deus… Para judeus e muçulmanos, a ideia da Trindade (pai,
filho e Espírito Santo, três pessoas num único ser) beira o politeísmo.