quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

31 DE JANEIRO - DIA MUNDIAL DA SOLIDARIEDADE





"Solidariedade, amigos, não se agradece, comemora-se."
 (“Betinho” – Herbert José de Sousa – 1935-1997)



            Acabo concordando com Betinho. O que nos resta comemorar nas tragédias humanas e nos flagelos destruidores naturais é o sentimento de solidariedade que se revela no coração do homem.

            Solidariedade é do francês solidarité, significa “responsabilidade mútua”. Cunhada em 1765, de solidaire, “inteiro, completo, interdependente; de solide, do latim solidus, “firme, inteiro, sólido”.

            Em Santa Maria (RS), jovem salvo, constata que irmã está bem, adentra novamente a boite Kiss, ajuda quatorze vítimas a sair e terrmina desencarnando. A solidariedade genuína faz o ser esquecer-se dele próprio. É doação ao outro total e integral.

            Allan Kardec insere-a na tríade-lema de sua bandeira, para as atividades espíritas: Trabalho, solidariedade e tolerância. Inspirada na tríade de Pestalozzzi, que havia estabelecido que o êxito da educação é consequência de três elementos indissociáveis: Trabalho, Solidariedade e a Perserverança.

            Quem sabe, Pestalozzi não se inspirou nos ideais libertadores da Revolução Francesa: Igualdade, Liberdade e Fraternidade. Para se alcançar a fraternidade, é necessário vivenciar a solidariedade.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

NOVOS COLABORADORES

Mediante contato formal, a partir de hoje, contaremos com artigos dos confrades Sérgio Aleixo, Rio de Janeiro e Dora Incontri, São Paulo. Conheça um pouco dos dois:

Dora Incontri é paulistana, nascida em 1962. Jornalista, educadora e escritora. Suas áreas de atuação são Educação, Filosofia, Espiritualidade, Artes, Espiritismo. Tem mestrado, doutorado e pós-doutorado em Filosofia da Educação pela USP. É sócia-diretora da Editora Comenius e coordenadora geral da Associação Brasileira de Pedagogia Espírita. Docente de pós-graduação pela Universidade Santa Cecília.

Tem mais de 30 livros publicados. Livros sobre Educação, Filosofia, Espiritualidade; livros didáticos; livros psicografados.

Trabalha em prol do diálogo inter-religioso, milita por uma nova educação, que inclua interdisciplinaridade, espiritualidade, autonomina do educando, com mudança radical da escola tradicional. Inspira-se nos grandes clássicos da Educação, como Comenius, Rousseau e Pestalozzi, que tinham uma visão integral do ser humano.   

Politicamente, se põe a favor de uma transformação social global em que o ser humano seja o valor principal e acredita que possamos fazer uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna.

 
Carioca, Sergio Fernandes Aleixo (18.10.1970- ) é graduado e licenciado em Língua e Literaturas de Língua Portuguesa pelas Faculdades de Letras e de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1990-1995). De família lusa, foi católico até os dezoito anos, quando leu, de Allan Kardec, O Livro dos Médiuns. Abraçando a Causa do Espiritismo, tornou-se palestrante, escritor e, fundamentalmente, um pesquisador espírita.
Pela Editora Lachâtre, publicou: Reencarnação (1999) https://sites.google.com/site/sergiofaleixo/livros-publicados-1/reencarnacao, Com Quem Falaram os Profetas? (2000), O Espírito das Revelações (2001) e O Mais Profundo Religar (2003). Pelo Centro Espírita Léon Denis, Meu Novo Nome (2003). Pela Editora Nova Era, O Que é Espiritismo (2003). Pelo Grupo de Estudo, Ética e Cidadania, O Espiritismo perante a Bíblia (2009). Pela ADE-RJ, O Metro Que Melhor Mediu Kardec (2009) http://ometroquemelhormediukardec.blogspot.com/. Pela Internet, os livros-blog O Primado de Kardec (2009) http://oprimadodekardec.blogspot.com/ e Ensaios da Hora Extrema (2010-...) http://ensaiosdahoraextrema.blogspot.com/









segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

NASCER DE NOVO (*)






 Por Roberto Caldas(**)



Não deve ser muito fácil compreender a mecânica da vida quando a olhamos sob a óptica da existência única. É preciso estar revestido de um senso dogmático beirando à cegueira para desconsiderar a forma desigual como o mundo nos trata e ainda assim buscar uma consolação que se fundamenta simplesmente na fé de que Deus determina ao seu gosto o drama que constitui a história das pessoas. Sob esse prisma foi Deus que, apenas pelo seu desejo, escolheu quem iria amargar uma experiência de sacrifícios atrozes convivendo com a escassez de saúde, de alimento, de ética familiar, enquanto premiaria outros com a abundância, as melhores escolas, a proteção social. Dessa forma, as graças e as desgraças que se mostram nos palcos do planeta não passariam da vontade de Deus. O adoecimento grave e morte das crianças em tenra idade. O nascimento de pessoas com limitações profundas de natureza física e mental. As diferenças entre as inteligências humanas, brilhante em alguns, precária noutros. As oportunidades de sucesso e insucesso patrocinadas pelo berço. Todas essas circunstâncias e outras mais que identificamos todos os dias não passariam única e exclusivamente da decisão divina, que apesar do tratamento desigual ainda teria que ser considerada justa. A crença na existência única traz uma distorção que faz beirar à monstruosidade a compreensão de Deus.

FORÇA, SANTA MARIA!




“Bem aventurados os que sofrem,
porque eles serão consolados” (Jesus - Mt 5:4)


Por Jorge Luiz (*)


            Um dos principais fenômenos da era da informação é a globalização da dor. A tragédia na boite Kiss em Santa Maria é o mais recente exemplo. Não importam as idades, etnias, nacionalidades, crenças religiosas, nossos corações ficam sempre confrangidos. Choque, dor e luto. Sentimo-nos: pais; mães; tios; irmãos; avôs; avós; parentes; amigos.
            Acompanho na mídia, nessas ocasiões, as entrevistas constantes dos chamados “especialistas” tentando encontrar explicações factíveis. Essas tentativas ocultam, na realidade, a busca frêmita do homem em querer “vencer a morte”.
            O Espírito da Verdade, em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, atesta que não adianta procurarmos explicações no mundo, pois ele é impotente para isso. Na sequência, ele é enfático quando afirma que Deus nos dirige apelo supremo através do Espiritismo. Escutai-o!
            O paradigma materialista da ciência e o dogmatismo religioso têm impedido ao homem de dar voos gloriosos ante a sua real essência imortal. A conformação do Espírito dentro da Física e da Metafísica proporcionará a paz ampla no mundo.

sábado, 26 de janeiro de 2013

O DIRIGENTE ESPÍRITA EFICIENTE E EFICAZ





 Por Alkíndar de Oliveira(*)




De forma comparativa podemos dizer que, como nosso corpo humano, o Espiritismo tem cabeça, tronco, membros superiores (braços e mãos) e membros inferiores (pernas e pés).

A cabeça.
A cabeça, por conter nosso cérebro, representa a iluminação. É ali que nossa mente utiliza do instrumento cerebral para – com o tempo – fazer brilhar nossa luz.

Num Centro Espírita a cabeça representa a evangelização.

O tronco.
O tronco, por conter nosso aparelho digestivo, representa a necessária assistência social.

Um parêntese: lembremos que a assistência social num Centro Espírita é importante e necessária, mas a evangelização, além de necessária é fundamental. Centro Espírita que presta assistência social, mas não evangeliza os assistidos, está cuidando apenas do importante, mas esquecendo-se do fundamental. E ambas (a importante assistência social e a fundamental evangelização) são necessárias.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

MARCHA DO MOVIMENTO ESPÍRITA





Por Gilberto Veras(*)



As pessoas crescem como espíritos exercitando o bem, não temos do que duvidar, e esse exercício do bem, entendamos, é resultado de ensinamentos direcionados, aqueles que movidos pela sabedoria encontram nossas virtudes essenciais e as ativam no relacionamento com o próximo e com Deus. Esses ensinos superiores nos alcançam pelos mestres autênticos, os missionários a serviço do divino, encarnados ou desencarnados. Mas não podemos esquecer que o mal também conosco convive, pelas nossas imperfeições, e devemos combatê-lo com tenacidade para que possamos dispor de saldo benéfico para trabalho avante de nossas almas. O combate do mal, igualmente, é aprendizado na vida, com esta postura aprendemos o que não fazer e o que não divulgar. 

Essa realidade é válida não só para o individuo, grupos de pessoas organizadas com propósitos comuns (instituições de qualquer natureza, política, social ou de caráter religioso) não estão à margem dessa regra que não é apenas norma específica e sim lei geral, trabalha em favor de Lei Maior, a do progresso. E que são as casas espíritas, células que compõem o movimento espírita, senão agrupamento de pessoas dotadas do bem pelo amor divino e do mal pela resistência à vontade do Todo-Poderoso? 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

A RELIGIÃO ESPÍRITA






Por Francisco Castro(*)


Esclarecemos desde logo que, para nós, sobre essa questão, o pensamento de Allan Kardec é o ponto de partida e a meta a ser alcançada.
Na conclusão de “O Livro dos Espíritos”, item VII, Kardec afirma: “O espiritismo se apresenta sob três aspectos diferentes: o das manifestações, o dos princípios e da filosofia que delas decorrem e o da aplicação desses princípios. Daí três classes, ou três graus de adeptos: 1º os que crêem nas manifestações e se limitam a comprová-las, para esses, o espiritismo é uma ciência experimental; 2º os que lhe percebem as conseqüências morais; 3º os que praticam ou se esforçam por praticar essa moral”.
Essa afirmação do Codificador, por se encontrar na conclusão de “O Livro dos Espíritos”, poucos dela têm conhecimento. É possível que derive daí a expressão tríplice aspecto da Doutrina: Ciência-Filosofia-Religião, o fato é que essa tríade já conta mais de um século de uso.
Originada no fim do Séc. XIX essa expressão tem o grande mérito de ter criado a base sobre a qual se tornou possível erigir-se o edifício da Unificação do Movimento Espírita no Brasil.
Um fato importante, digno de registro, é que, ao longo do século XX, a inclusão do aspecto religioso em substituição ao termo Moral, utilizado por Kardec, foi recebendo o aval tanto dos espíritas quanto dos espíritos.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

ODE ESPÍRITA À SECA







“Mas doutô uma esmola
 a um homem que é são
Ou lhe mata de vergonha

 ou vicia o cidadão.”
(Luiz Gonzaga e Zé Dantas)



Os versos acima são de Vozes da Seca, baião composto por Luiz Gonzaga e Zé Dantas, 1953, em protesto à grave seca que à época assolava o nordeste brasileiro. Segundo o próprio Gonzaga, um deputado no Parlamento afirmou: “Sr. Presidente, esse baião de Gonzaga e Zé Dantas vale por mais de cem discursos.”  A seca é tema de debates no Congresso; em campanhas políticas; criação de Instituições; estudos; pesquisas de cientistas. A solução definitiva, no entanto, não acontece.
            Sessenta anos depois de Vozes da Seca, enfrentamos talvez a pior estiagem de toda a sua série, e o cenário é o mesmo. No Brasil, secas ou enchentes – flagelos destruidores naturais - as consequências são previsíveis; repetitivas.
            Em tempos de flagelos destruidores, o Congresso cria as inócuas comissões parlamentares, como agora, que consomem horas, recursos financeiros, falácias, promessas, programas, projetos.
             Teimo em não concordar com Peter Drucker (1909-2005), de origem austríaca, considerado o pai da administração moderna, quando afirmou: “Na verdade, se esse século confirma alguma coisa, é a inutilidade da política. Drucker foi o grande visionário do século XX quanto ao fenômeno dos efeitos da Globalização na economia e em geral.

O HOMEM E DEUS (*)






 Por Roberto Caldas (**)


Desde a mais remota época aprendemos a procurar a ajuda de Deus para a solução de problemas que se encontram dispostos na rotina de nossas funções humanas. De maneira mais aguda buscamos a sua intervenção sempre que o risco de doença e morte cerca às pessoas queridas que componham o nosso ambiente familiar e social. É muito comum a esse respeito ouvirmos inflexões do tipo “Deus não permitiria” ou “Deus haverá de solucionar”. Há aqueles que chegam a se mostrar decepcionados com Deus quando as suas rogativas não são atendidas e cobram a ingratidão, “por que deus fez isso comigo?”.

            No capítulo VI do Evangelho de Mateus, que trata em parte do sermão do Monte, Jesus conclama no versículo 33 considerando os rogos que dirigimos ao poder divino: “Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. A lição cai em nossas mentes convidando-nos a uma reflexão capaz de aprofundar a compreensão da relação existente entre o nosso pensamento e a potencialidade absoluta de Deus.

domingo, 20 de janeiro de 2013

UMA NOVA ERA NA DIVULGAÇÃO DO ESPIRITISMO






Por Jorge Luiz (*)



            Foi com grata e feliz surpresa que ao visitar o site da Federação Espírita Brasileira - (FEB), deparei-me com a disponibilidade de cursos à distância para a capacitação de gestão de centros espíritas. Dentro da campanha intitulada “Uma Nova Era na Divulgação do Espiritismo”, a FEB criou o “Projeto Gestão de Centros Espíritas”, com inscrições abertas para os cursos: I – Centro Espírita – Visão Geral; II – Estrutura e Funcionamento do Movimento Espírita.
            O projeto, no entanto, prevê a oferta de outros cursos já em desenvolvimento: O Dirigente e os Colaboradores; O Dirigente e o Processo de Trabalho; Aspectos Gerais da Organização Jurídica no Centro Espírita e a Sustentabilidade Financeira do Centro Espírita. Referendamos a iniciativa, pois do conteúdo ainda não temos conhecimento.
            Na realidade, fiquei duplamente feliz e gratificado. No biênio 2005-2006, oportunidade em que exerci as funções de secretário-geral da Federação Espírita do Ceará, elaborei, inclusive com apoio de recursos audiovisuais, curso para dirigentes espíritas parecido com os atuais ofertados pela FEB. O treinamento é constituído pelos seguintes módulos:

·         Módulo I – O Centro Espírita;
·         Módulo II – O Dirigente Espírita;
·         Módulo III – O Dirigente e o Movimento Espírita;
·         Módulo IV – O Dirigente e os colaboradores espíritas;
·         Módulo V – O Dirigente Espírita COACH;
·         Módulo VI – O Dirigente Espírita e o seu processo de trabalho;
·         Módulo VII – Lidando com a consciência espírita.

            O curso ainda conta com a análise de filmes que abordam a liderança eficaz, trabalho em equipe, técnica de reunião, criatividade, direção sensata, além de uma bibliografia vastíssima, espírita e não espírita.

sábado, 19 de janeiro de 2013

RETRATO






 Por Paulo Eduardo (*)


Firmar a máquina, enquadrar o alvo das atenções, espocar o “flash” e fixar o flagrante para a retentiva de leitores, assim trabalhou Gilberto Veras na produção do seu livro com o título de “Retrato”.

Imagens bem definidas, na moldura de capa das 41 poesias com idéias espíritas e muita sensibilidade. Um roteiro de harmonia para apaziguar os ânimos num vocabulário que transcende por enfeixar uma luz diferente pela beleza de expressões bem concatenadas.

O lirismo de um poeta que o tempo não apaga. Gilberto Veras, Engenheiro Civil, tem uma engenharia genética de raro sentir para dizer as coisas com ritmo e leveza, em época de tanta grosseria no falar ou escrever, sem a vigilância necessária para asserenar espíritos.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

LIDERANÇA ESPÍRITA




“Bem sabeis que os governadores
 dos gentios os dominam  e que os grandes
exercem autoridade sobre eles.
 Não será assim entre vós.
Pelo contrário, todo aquele que, entre vós,
quiser tornar-se grande, seja vosso servo,
e quem dentre vós quiser ser o primeiro, seja vosso escravo  – (...)
Jesus (Mt, 20:25-28)


Por Jorge Luiz (*)
                        


            Não há dúvidas que atravessamos uma crise no movimento espírita. Não há necessidade de clarividência para isso. Considero que a gênese de todos eles, sem medo de errar, reside no perfil de gestão. Há escassez de líderes espíritas. Consequentemente, o estilo diretivo de competências não construiu uma identidade. Paulo Gaudêncio, médico psiquiatra com foco no ajustamento humano no campo profissional, afirma que a crise origina-se com o choque que se estabelece entre a ideia que caminhou e a estrutura que permaneceu. Fortalece meu ponto de vista.
             Utilizo três terminologias para estabelecer, tecnicamente, uma diferença entre gestor, líder e dirigente. Para isso utilizarei a proposta da professora Betânia Tanure, pesquisadora da Universidade Católica de Minas Gerais, relacionando os três papéis às sete dimensões principais que ela identificou em uma organização:

·         Gestor

  • Dimensões mais racionais: estratégia, estrutura e processo;

·         Líder

  • Dimensões mais emocionais: pessoas, cultura e liderança;

·         Dirigente

  • Dimensão da visão de futuro (movimento espírita): articula os dois grupos em torno do propósito da organização.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O PERFECCIONISMO CARINHOSO






“Agradeço: Ao todo que somos nós! À união, ao perfeccionismo carinhoso de cada um dessa equipe (família) maravilhosa! (Maria Gadú) (*)





            Ouvi recentemente em emissora de rádio local entrevista de musicólogo cearense que analisava o cenário musical na contemporaneidade. Na entrevista ele relatou fato muito interessante ocorrido com um amigo, também musicólogo, presente em apresentação de gala no exterior. A apresentação fora brilhante motivando-o a indagar a um monge ao seu lado se havia gostado da apresentação. O monge respondeu que sim, mas gostara realmente do momento da afinação dos instrumentos pelos músicos.
            O momento do afinar o instrumento é solitário para o musicista. Ele busca a perfeição na sonoridade. Acredito que todo musico é perfeccionista ao afinar o seu instrumento. No entanto, em poucos minutos esse perfeccionismo dilui-se pela harmonia que compõe o Ser coletivo: a orquestra ou o grupo. Todos passam ao anonimato. Não mais o violonista, o saxofonista, o clarinetista etc. Esse tipo de perfeccionismo é considerado por alguns estudiosos do comportamento humano como “normal”
            Já há outros que consideram o perfeccionismo como distúrbio neurótico, transtorno da personalidade. Nesse caso, apresenta nuanças que vão desde a pouca autoestima e confiança, com reações terríveis ao erro, bem como o não confiar nas habilidades e potencialidades do restante do grupo de trabalho, exigindo deles um perfeccionismo cobrado de si mesmo.
          Acredito que há uma equivalência vetorial entre esta variável de perfeccionismo e o personalismo que se constata nas relações interpessoais em ambientes grupais, principalmente de natureza religiosa. O personalismo propõe uma visão egocêntrica da vida e exacerbada de si mesmo. O personalista não se permite enriquecer com as diferenças. O Espírito Bezerra de Menezes designa-o de personalismo deprimente.