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É HORA DE ESPERANÇARMOS!

 

 

Pé de mamão rompe concreto e brota em paredão de viaduto no DF (fonte g1)

 Por Alexandre Júnior


Precisamos realmente compreender o que significa este momento e o quanto é importante refletirmos sobre o resultado das urnas. Não é momento de desespero e sim de validarmos o esperançar!

A História do Brasil é feita de invasão, colonização, escravização, exploração e morte. Seria ingenuidade nossa imaginarmos que este tipo de política não exerce influência na formação do nosso povo.

Embora sejamos formados pelo sangue dos pretos e dos povos originários, a sanha de quem detém o capital no Brasil é por tornar o próprio sangue “azul”. O “azul” do sangue dos que nos colonizaram, nos exploraram e nos mataram! Ensinaram tão bem aos brancos detentores do dinheiro no Brasil que até os dias de hoje eles perpetuam esta prática. Eternizarão enquanto não conseguirmos entender que a luta é de classes, e que precisa e deve ser precedida de uma consciência que contemple uma perspectiva de gênero e raça.

Diz Conceição Evaristo: “Eles combinaram de nos matar, mas nós combinamos de não morrer”. Essa frase nunca foi tão real e pertinente. O bolsonarismo nada mais é que a mão do carrasco colonizador, e ignorância sequenciada dela, hoje travestida na elite branca, heterossexual, heteronormativa, classe média e - como não poderia deixar de ser, pois perderia a sua real essência - fundamentalista religiosa! Com toque nazifascista, esta ideologia política põe o seu deus e a sua pátria acima das pessoas, o que é diametralmente contra todas as doutrinas humanistas de que se tem notícia. Em nome de “Jesus Cristo”, sentenciam o Jesus de Nazaré à morte pela segunda vez. Desta feita, a desdita é ideológica.

Assim sendo, onde se ancoram as justificativas para a vivência e proliferação desta ideologia de extrema direita, que não seja na ignorância de uns, no fanatismo de alguns e na maldade de outros?

Precisamos identificar quais as dificuldades que enfrentamos hoje. Quem são as pessoas que consciente e/ou inconscientemente combinaram de nos matar, puxando o gatilho ou dando o aval através do voto, terceirizando o trabalho, dando outorga para que outros façam o serviço. Pois só assim poderemos nos unir e “combinarmos de não morrermos”. O bolsonarismo mata, seja por falta de vacina, ou por validação, motivação e reprodução das violências sociais!

As práticas de morte vão desde o estabelecimento da “família tradicional brasileira” pelos “homens de bem” e pela banalização e subalternização da vida dos que não fazem parte deste arranjo tradicional e excludente!

Práticas políticas neoliberais que desprezam a vida em nome do capital, mas em suas intimidades são consideradas “espiritualistas e cristãs”. Qual ação é cristã, quando despreza a vida de quem quer que seja? O interessante é que uma parte significativa das pessoas que defendem estas ações da esfera capitalista é terminantemente contra a discussão política dentro dos seus templos religiosos! O que nos faz pensar: para estas pessoas, o que é política? O que fez Jesus de Nazaré quando se posicionou diante das barbáries praticadas pelos religiosos hipócritas de sua época? Quem eram os verdadeiros sepulcros caiados?

Diz Freire que não há neutralidade: ‘a sua ideologia é inclusiva ou excludente”! Em memória de Gregório Bezerra, Carlos Marighella, Marielle Franco e Anderson Gomes, Dom Philips e Bruno Pereira, Irmã Dorothy. Em nome de todas, todos e todes os torturados e mortos na ditadura militar, pessoas que deram a sua liberdade e a sua vida para que pudéssemos votar! Em nome dos povos originários, da polução preta e da população LGBTQIAP+, das pessoas em situação de rua, dos injustiçados, violentados, assassinados por este sistema devorador de vidas e ceifador de esperanças. Em nome de todas estas populações, precisamos nos manter unidos, resistentes e esperançosos! Mas, combinaremos de não morrer, e, para isso, é necessária a esperança de esperançar, aquela que nos faz lembrar de como seria o mundo sem nossa resistência constante. Viver neste país é como diz Alexandre Júnior: ‘É quando existir é uma questão de resistência”. Vamos nos manter acesos, ativos, vivos, combativos, resistentes e amorosos. E de forma democrática vamos trabalhar incessantemente para que o nosso país se liberte do jugo deste governo fascista, que insiste em nos matar! A esperança não é uma ação individual. O verbo esperançar é conjugado e vivido coletivamente. Se faz no social, na resistência e se perpetua no amor, que, diferentemente da violência, congrega! Não é um amor que paralisa. São afetos que nos mobilizam, um em função do outro, um em busca do outro, pelo bem comum! Isso torna o próprio amor um ato político! Por isso, “prefiro ser esta metamorfose ambulante”, pois, “amar e mudar as coisas me interessam mais”, para não apagarmos as “memórias de um tempo, onde lutar por seus direitos, é um defeito que mata”, uma vez, que estas mesmas lembranças e os tempos tão tortuosos que vivemos nos fazem compreender verdadeiramente que “o amor é um ato revolucionário”.

 

Referências Bibliográficas

"Combinaram de nos matar. Mas nós combinamos de não morrer" (Conceição Evaristo)

Espiritismo, Educação, Gênero e Sexualidades. Um diálogo com as Questões Sociais. JÚNIOR, Alexandre, Recife: CBA Editora, 2022.

Pedagogia da Autonomia. (Freire, 2011) FREIRE, Paulo. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2011.

Músicas

Alucinação. Belchior

Metamorfose Ambulante. Raul Seixas.

O Amor é Um Ato Revolucionário. Chico César.

Pequena Memória para um Tempo Sem Memória. Gonzaguinha

Comentários

  1. Muito pertinentes as suas ponderações, Alexandre. Temos um longo trabalho para construir uma cultura de valorização da nossa brasilidade.

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  2. A ideologia bolsonarista merece todo o nosso repúdio e indignação. Mas está posto e constitui nosso ginásio psicológico para exercermos a máxima do Cristo: "amarais o vosso inimigo", ou seja, não desejar o mal (ufa! ainda bem que amar o inimigo é isso). Nesses quatro anos, essa é minha luta interior. Não classificar o caráter das pessoas pela sua opção política.

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  3. Que lindo texto. Nestes momentos tão difíceis, é bom conjugar o verbo esperançar. Obrigada Alexandre.

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  4. Infelizmente, tudo é olhado na superficialidade; já nos esquecemos das barbaridades ditas e feitas, com três meses de enganação, benesses econômicas e o derrame do orçamento secreto nas igrejas, tudo é esquecido e dá apoio aos maus carater da religião e ao povo incauto. Matenhamos a esperança. Parabéns pelo texto.

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  5. Tmj nós combinamos de não morrer.💪🏽✊🏽🌷

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  6. Gratidão pelo texto tão oportuno, buscava algo neste formato que me representasse. Regina.

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  7. Obrigada por seu texto, Alexandre, que nos convida a refletir sobre o que precisamos compreender para não nos deixarmos morrer, principalmente a morte em vida. Essa construção social que nos torna carrascos de nós mesmos, espécie humana, nos afundará cada vez mais nos buracos que tem a ignorância político-ideológica como o empurrão que nos ajudam a ruir.

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  8. Este deus fascista é das tribos primitivas do velho testamento. Jesus mostra um Deus de amor e misericórdia.

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Poderia tranquilamente assinar esse texto, Alexandre. Ele traduz tudo o que o país está vivendo. Naturalmente, somado às práticas que por muitas vezes calaram vozes e ceifaram vidas, encobertos por um racismo estrutural perverso. Que a cada dia, possamos ter a consciência para discernir as situações vividas. Fé, força e coragem para preparar um novo amanhã.

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    2. Excelente manifesto, contra a Barbárie Bolsonarista. Apontando os caminhos e as propostas da tão nefastas, além de ser um belo texto. E a questão do Amor no final é fundamental, principalmente quando nos referimos a Educar.

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  10. Excelente o seu texto, Alexandre! Lúcido e preciso para definir o drama histórico-social do Brasil. Continue firme na sua cruzada pelo esclarecimento como ferramenta de transformação coletiva! Um abraço, amigo!

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  11. Alexandre,você sempre coerente em seus argumentos, nos trazendo uma visão acessível, lógica e clara da situação do Brasil de hoje,que temos e não queremos. E que precisamos usar a linguagem da esperança para vencer o ódio, a indiferença, o desamor. Parabéns,meu amigo!

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  12. UM PRAZER LER MEU AMIGO ALEXANDRE JÚNIOR! VOCÊ É BRILHANTE NAS SUAS REFLEXÕES. (Haydee)

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  13. Confesso caro Alexandre, o desânimo me alcançou no domingo após o resultado, e tão logo li seu artigo, a esperança renasceu em mim, sacudi a poeira e retornei à luta. Realmente, nós combinamos em resistir; combinamos em não morrer. Estamos juntos e prosseguiremos juntos à vitória. Gratidão. Jorge Luiz

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  14. Caro Alexandre, é com alegria na alma que sedento m8nha sede de boas reflexões acerca do nosso existir sobretudo nestes dias conflituosos de nossa existência. Seu texto é um bálsamo de esperança para dias nublados e as referências usadas me faz acreditar que viver nestes tempos é um ato de coragem. Sou grata! Continue nos regando com seus artigos. eurile

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  15. Caro Alexandre, é com alegria na alma que sedento minha sede de boas reflexões acerca do nosso existir sobretudo nestes dias conflituosos de nossa existência. Seu texto é um bálsamo de esperança para dias nublados e as referências usadas me faz acreditar que viver nestes tempos é um ato de coragem. Sou grata! Continue nos regando com seus artigos. Eurilene

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  16. Alexandre, seu texto é de muita lucidez. Nossa realidade histórica foi construída a base do chicote. Ainda hoje as chamadas minorias, que não são minorias, vivem no submundo. Há uma necessidade premente para sairmos do discurso e partirmos para execução da prática transformadora. Hoje o Brasil descobriu que em torno de 40% da nossa população votante, comunga com a casa grande. Precisamos cada vez mais de pessoas como você.

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  17. Eis um descrever mais profundo e de caráter preocupante, pois as atrocidades aqui elucidadas, ora de dantes e as do presente, muito nos preocupa por estarmos ainda bastante modesto em resistirmos essas barbaridades. Parabéns Alexandre Júnior, pela excelente material, nos honra como escritor e protagonista da nossa história 👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏

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