“... hoje não são as entranhas do
globo que se agitam, são as da humanidade.”
(Allan Kardec,
“A Gênese”)
Por
Jorge Luiz (*)
Um
estudo da Fundação Causa Comum(1) revela resultados significativos.
O primeiro é que 74% de um universo de mil pessoas pesquisadas identificam-se
mais fortemente com valores altruístas do que com valores egoístas. Para esses,
mais importante do que o dinheiro, fama, status e poder, é o senso de
honestidade, gentileza, perdão e justiça. Ademais, é que uma maioria semelhante
- 78% - acredita que os outros são mais
egoístas do que realmente são. É fácil de concluir que se comete um equívoco
grotesco quando se julga o comportamento das outras pessoas, advertência severa
do Mestre Galileu quando assegurou que “com
o critério com que julgardes, sereis julgados, e com a medida que usardes para
medir, igualmente medirão a vós.” (Mt, 7:2). Outra explicação é a do
mecanismo de defesa conhecido na psicologia como projeção, pelo qual se atribui a outra pessoa os próprios defeitos
pessoais, os pensamentos inaceitáveis ou emoções.