“Lembre-se de que o mal não merece
comentário em tempo algum.”
André
Luiz (Agenda Cristã, Capítulo 9, Nas conversações)
“21.
Haverá casos em que convenha se desvende o mal de outrem?
É muito delicada esta questão e, para
resolvê-la, necessário se torna apelar para a caridade bem compreendida. Se as
imperfeições de uma pessoa só a ela prejudicam, nenhuma utilidade haverá nunca
em divulgá-la. Se, porém, podem acarretar prejuízo a terceiros, deve-se atender
de preferência ao interesse do maior número. Segundo as circunstâncias,
desmascarar a hipocrisia e a mentira pode constituir um dever, pois mais vale
caia um homem, do que virem muitos a ser suas vítimas. Em tal caso, deve-se
pesar a soma das vantagens e dos inconvenientes.
– São
Luís (Paris, 1860.)” Allan Kardec (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo
10)
Há
muito tempo, percebe-se a predileção do movimento espírita institucionalizado
febeano pela primeira citação em detrimento da segunda. E a motivação para essa
troca de São Luís por André Luiz vem pela conveniência em manutenção do
silêncio, mesmo que esse silêncio signifique cumplicidade com crimes de Estado,
lesa-pátria, lesa-humanidade ou qualquer outro.