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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

SEXO, INSTINTO E EGOÍSMO

Allan Kardec, insigne Codificador da Doutrina dos Espíritos, indaga aos Espíritos Reveladores, na pergunta de n 202, acerca do sexo: “Quando somos Espíritos, preferimos encarnar num corpo de homem ou mulher? Ao que eles respondem: “Isso pouco importa ao Espírito, depende das provas que ele tiver de   sofrer”. E Kardec conclui: “Os Espíritos encarnam-se homens e mulheres porque não têm sexo. Como devem progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, oferece-lhes provas e deveres especiais, e novas ocasiões de adquirir experiências. Aquele que fosse sempre homem, só saberia o que os homens sabem”. Analisando estes ensinamentos ante o comportamento sexual do home m contemporâneo, pode parecer, a uma primeira investida, não haver atualidade nos mesmos, posto que homens e mulheres vêm supervalorizando o sexo apresentado em sua estrutura atômica. Há, também, de outra forma, uma grande incidência de contatos homossexuais e uma indisfarçável defesa, por p...

ILUMINANDO A CAVERNA (*)

Por Roberto Caldas (*) Platão (Atenas – 428 a 347 AC) numa de suas mais lidas obras, A República, transcreve um diálogo socrático que passou para a história como A alegoria da Caverna. Nesse diálogo o filósofo Sócrates (469 a 399 AC) conversa com Glauco a respeito da forma como se pode ver o mundo a partir das posições adotadas em determinadas circunstâncias. Ele fantasia uma caverna onde homens presos pelos pés e pela cabeça se encontram de costas para a abertura da mesma e só podem ver o mundo através das sombras projetadas em uma parede à frente criadas por uma fogueira que se encontra às suas costas. Daí eles nada vêem ou sabem além do que aquelas sombras projetam e a compreensão do mundo não passa senão das percepções que têm daquelas imagens. Então, uma daquelas pessoas é solta e levada para conhecer além das sombras projetadas, conhece o fogo que tinha às costas, vê as pessoas que passavam e tinham as suas imagens projetadas, alcança a abertura da caverna e e...

NATUREZA DAS PENAS

 Por Paulo Eduardo (*) O apenado e a natureza das penas são duas vertentes de um pensamento maior em termos de Justiça. Assunto que se divide em duas ideias: a da Justiça Divina e a da Justiça dos Homens. Contexto dúplice de recuperação para quem comete atos ilícitos. Na lógica do raciocínio humano têm-se formas distintas a respeito dessas penas. Delinquir não é regra. É exceção. Nascemos para a prática do bem.

SILÊNCIO ENSURDECEDOR

Por Jorge Luiz (*) “Quando cessamos de aprovar, não censuramos; guardamos silêncio, a menos que o interesse da causa nos force a rompê-lo” (Allan Kardec)             A Humanidade chegou a uma encruzilhada em sua trajetória evolutiva. Desorientada, ante a escassez de recursos naturais, poluição, crescimento demográfico, anarquia social, fanatismo religioso e a corrupção que alcança todas as Instituições. Em outra direção, padece de respostas às perguntas básicas como: quem somos nós? Que fazemos aqui? Para onde estamos indo? Essas respostas são fundamentais para o amadurecimento de uma civilização planetária.             Para construirmos uma Sociedade sustentável temos que ir mais além do que somente existir, o que fizemos até agora. Para irmos além de existir, temos que considerar valores fundamentais para nortear os quesitos físicos, sociais e espi...

VERDADES HUMANAS

  Por Gilberto Veras (*) A verdade é única, é divina e nos foi repassada pelo Criador para ser vivenciada na construção da felicidade. Não há quem não a guarde no cerne, em forma de desenvolvimento. Sim, porque pronta e acabada não é encontrada no homem inferior que ainda muito tem que se aperfeiçoar para apresentá-la em seu verdadeiro esplendor. Mas que verdade é essa, de que modo o Pai da vida com ela nos contemplou? Recebemos a verdade do Todo-Poderoso projetada com Inteligência Suprema, como não poderia deixar de ser. Ele nos dotou de pequenas verdades, concentradas em sementes para serem desabrochadas em processo contínuo e lento, direcionado a beleza e encantos, componentes da perfeição, tal como observamos no trabalho imperceptível da mais bela flor do pomar caprichosamente organizado por mãos humanas sensíveis e de apurado bom gosto. E essas partículas de Deus se atraem naturalmente, de conformidade com a necessidade requerida à realização das obras ...

ESPIRITISMO VERSUS PROSELITISMO ENRUSTIDO

Por Sérgio Aleixo (*) Precisamos de ajuda uns dos outros. Ninguém prescinde disso. O amor, a compaixão são sempre o que são se verdadeiros. A fé toma parte em quase tudo, entretanto se diferencia caso raciocinada em termos espíritas. Por exemplo... O Espiritismo traz uma variável nova e fundamental: a existência de uma escala espírita. Jesus seria um espírito de mesmo nível doutros “mestres”? O Espírito de Verdade, que é um ente espiritual, assumiu as palavras de Jesus, não importando aqui se foi ou não Jesus quando esteve na Terra. Por que não se reportou a Buda, ou Maomé? Determinismo etnocêntrico? Por que então a Revelação Espírita não veio de início na China, ou na Índia? Parece-me que não devemos nos preocupar em falar a essas outras culturas religiosas senão da mesma forma que se preocupem em falar a nós outros. A reciprocidade é o padrão nisso, como em tudo. Os budistas se preocupam em não nos impor Buda? Os muçulmanos se preocupam em não nos impor Maomé? Ora!...

CENTRO ESPÍRITA X PUREZA DOUTRINÁRIA (*)

            Por Roberto Caldas(**)            Allan Kardec, em Obras Póstumas, no capítulo Constituição do Espiritismo, debruça-se sobre uma questão que julgava de extrema importância para o futuro mundial da divulgação da então doutrina nascente: a sua condução humana. Os anos passaram e percebemos que a   cada dia que passa precisamos retornar ao mestre lionês para absorver de sua aura iluminada a inspiração para manter na rota desejada a condução dos caminhos do movimento espírita atual. Infelizmente ainda não conseguimos diminuir a diferença gigantesca que existe entre os princípios doutrinários da Doutrina Espírita e a sua prática apoiada nas decisões dos grupos que dirigem os destinos das casas constituídas para a sua disseminação no planeta, especialmente no Brasil, considerado como o maior país espírita.             ...

PERSONALIDADE CONSTRUTORA & PERSONALIDADE DESTRUIDORA

 Por Alkíndar de Oliveira (*) A terapia Gestaltica, um dos braços da Psicologia, diz que nós somos determinantes e determinados, o que, em outras palavras, significa: assim como o meio nos influencia, nós temos o poder de influenciar o meio. Essa realidade corrobora uma verdade incontestável se analisada sob o prisma do bom senso: nós somos donos do nosso destino. Nós somos os únicos e exclusivos responsáveis pela nossa boa ou má forma de viver. Se um meio terrível nos assola (pais brutos, miséria social) podemos ser influenciados por esse meio e fazermos de nossa vida um cipoal de sofrimento para nós e para os que conosco convivem. Mas existem pessoas que escolhem bem viver (tudo é uma questão de escolha) e, não obstante oriundas de ambientes altamente permissivos e negativos, mostram-se capazes de ressurgir das cinzas almejando, lutando e, o que é mais importante, conseguindo ter uma vida reta, digna e bem vivida. Existem pessoas que olham para o alto, onde ful...

JÚLIO ABREU FILHO

               Por Luciano Klein (*)             Neste ano de 2013, um dos grades nomes da História do espiritismo em nosso País, completará 120 de nascimento. Refiro-me ao ilustre conterrâneo Júlio Abreu Filho, lamentavelmente esquecido pelo nosso movimento espírita, não obstante a sua grande contribuição na divulgação segura da Doutrina sistematizada Por Allan Kardec. Filho do historiador e jornalista Júlio Abreu e Maria de Queiroz Abreu, nasceu na cidade de Quixadá, no sertão cearense, em 10 de dezembro de 1893. Em 1907 iniciou o curso de humanidades no Ginásio São José na Serra do Estêvão, concluindo-o em 1910 no Liceu do Ceará. Posteriormente, dedicou-se ao magistério, em Quixadá, e serviu como desenhista, na Inspetoria de Obras Contra as Secas, cargo que abandonou para cursar a Escola de Engenharia da Bahia.      ...

NÃO ESTAMOS ÀS BARATAS

O respeito devido a vítimas de fatos inesperados e chocantes não autoriza os espíritas a negarem a Providência e aclamarem o acaso. A hora, o momento, o instante da morte há suscitado muita incompreensão. Os que entendem não haver momento prefixado para a desencarnação até se louvam em textos de O Livro dos Espíritos ; esquecidos, porém, de que estes sempre estão subordinados a um todo, cuja lógica granítica não pode ser apanhada no calor de preconcepções que querem confirmar a qualquer custo. Está dito que “fatal, no verdadeiro sentido da palavra, só o instante da morte o é” (853). O que se proclama é que o instante da morte fora predeterminado, e não a banalidade de que morrer é inevitável aos mortais. Ao núcleo do sujeito (instante) é que se dirige o seu predicativo (fatal).  O Livro dos Espíritos  revela ainda que qualquer que seja o perigo que nos ameace (à revelia da prudência devida, evidentemente), se a hora de nossa morte ainda não chegou, não ...

O DIREITO E O DEVER DE NOS ASSUMIRMOS ESPÍRITAS

Em contato com várias entidades assistenciais, editoriais, das áreas de saúde e educação, cujas origens e fundamentos foram espíritas, observamos uma tendência crescente e um discurso repetido para se retirar o nome espírita . Nós mesmos, na ABPE, já recebemos diversas sugestões externas e internas para abandonarmos o termo “pedagogia espírita”, que foi criado por José Herculano Pires na década de 60. Por que essa tendência? Que motivações se escondem atrás delas? Por que não podemos concordar com isso? Se considerássemos o Espiritismo como meramente religioso – coisa que todos sabem é o oposto do que pensamos – ainda assim defenderíamos o direito e o dever de assumirmos a nossa identidade espírita como indivíduos, como instituições, em projetos sociais e pedagógicos. Ora, não há centenas de excelentes hospitais dirigidos por religiosos católicos? Dezenas de PUCs, outras tantas universidades protestantes de renome, inúmeros trabalhos sociais respeitados e reconhecid...

INTEGRAR

 Por Paulo Eduardo(*) Cidadão do bem indaga, desculpando-se: O Espiritismo esclarece tudo? - Ele mesmo responde: "Acho que não!" Refletimos sorrindo ao redarguir afirmando que nenhuma religião do mundo tem resposta para tudo. Se assim fora já teríamos a tão sonhada paz pela integração. Vamos usar o integrar na sua inteireza. Tentar completar ou materializar um pensamento de teor edificante. Totalizar a nossa matemática das realizações a fim de passar do sonho de renovação próprio dos começos de ano. Será possível determinar a integral de uma equação diferencial? A verdade é que vivemos de indagações. Temos realmente sede de respostas objetivas. A Doutrina Espírita até que tenta elucidar mistérios.

A DIDÁTICA DA MORTE

“ Ela disse que ele era o anjo da guarda dela e veio até Toledo (PR) para levá-lo embora” (amigo da família da jovem)                           Sábado último (2), estudante da Universidade de Santa Maria, uma das organizadoras da festa na boite Kiss desencarnou juntamente com o seu namorado em acidente de carro.             Ela foi convencida pelo seu namorado - que estava em outro Estado e não poderia acompanhá-la -, a não ir à festa. Isso a livrou do incidente que culminou com a desencarnação, até agora, de 238 pessoas e mais de cem feridos.             Uma peculiaridade marcante nesses dois episódios é o vínculo afetivo existente entre maioria das vítimas: namorados, cônjuges, irmãos, primos, amigos. São desencarnações com características de expiações solid...

O PODER DO BEM

Por Gilberto Veras (*) Vaidade , que enaltece o ego em detrimento da valorização pertinente do próximo, é combatida pela humildade que nos iguala perante Deus, Inteligência Suprema, a que nos curvamos pela impotência de nossa pequenez. Egoísmo, que deseja concentrar tudo em torno de si, com força de atração enganosa, é anulado por valor real da desambição que pouca valia faz das coisas materiais e as divide fraternalmente com o próximo. Orgulho, que nos autopromove a lugares virtuais de grandeza, é dispensado pela singeleza que nos coloca em posição real de espíritos a caminho, a passos lentos e no início de carreira.

MÚSICA, UMA NECESSIDADE PEDAGÓGICA

 Por Dora Incontri (*) A música está em desuso no mundo atual, pois o que se ouve em geral é um arremedo de música, imposto pela mídia, mercadejado por gravadoras que desejam lucro fácil e rápido. O povo está deseducado para o ouvir. Sertanojo, funk, pagodão e outros excrementos poluem aos ouvidos. A maioria dos jovens desconhece que somos a terra de Caymmi e Tom Jobim. Mozart e Beethoven, nem pensar. A não ser que alguma canção daqueles (como foi Pela luz dos olhos teus de Jobim) vire tema de novela da globo. Então, salva-se algo da ignorância e do esquecimento. Entretanto, a música não é um apetrecho postiço na vida humana, é respiro vital da alma, é canal de expressão de sentimento e sensibilidade, sem o qual o espírito se embota e perde em altura cultural e espiritual. A música é patrimônio de um povo, da humanidade toda e precisa ser passada, reconhecida, cultivada para as novas gerações, sob pena de regressarmos à barbárie.

A ETERNIDADE É HOJE (*)

 Por Roberto Caldas(**) Historicamente convivemos em relações de culpa/castigo nos processos que nos dispõe frente a frente às escolhas da vida. Mormente no que importa ao posicionamento diante das questões de ordem espiritual aprendemos de forma determinista a evitar a trajetória do pecado pelo medo das penalidades no futuro. Nesses casos o medo passa a ser o elemento norteador de nossas atitudes e não necessariamente o haver compreendido qual a melhor decisão diante das bifurcações do caminho.             De forma dogmática tememos de alguma forma uma corte que julga depois da morte, à guisa de tribunal que confere inocência ou culpabilidade para decretar o destino a ser seguido depois do veredicto. Isso não acontece apenas com os cristãos bíblicos, aqueles que ainda alimentam a idéia do céu e do inferno como destinos eternos. Também os espíritas, que substituíram pela expressão UMBRAL o destino poster...

MENTIRAS SOBRE JESUS

  Por Paulo Eduardo (*) Um desafio, no mínimo, intrigante. “Mentiras sobre Jesus” é uma produção literária do professor José Pinheiro de Souza. Ex-seminarista e atualmente revestido de profundo sentimento religioso para dissertar a respeito de Jesus Cristo. Fonte de saber amalgamada em leituras e observações detalhistas. Estudo analítico de rara profundidade. Obra que se projeta como um “desafio para o diálogo religioso”. Linguagem pura sem qualquer provocação. Elegância discursiva no sentido de aclarar dúvidas. O prof. Pinheiro excede suas pesquisas ao colocar os pontos nos is. Mostra à farta a luminosidade dos princípios ditados pela razão. Lógica formal da inteligência privilegiada do analista que busca verdades sem ferir ou atacar quem quer que seja. Respeito às crenças e aos credos dos irmãos da criação divina, em livro aureolado pela luz da simplicidade e clareza a fim de encontrar o denominador comum das interpretações ditadas pela inteligência racional...

IMPRENSA ESPÍRITA E MERCADO

Por Sérgio Aleixo   (*) Muito justo que se denuncie a incompatibilidade da tese das assim chamadas “crianças índigo” com o Espiritismo. Mas até parece, ultimamente, que este é o único caso de infiltração de doutrina estranha no movimento espírita. Denuncia-se esta historinha que vem de fora e cujos fundadores, aliás, nunca a apresentaram como espírita e, por outro lado, silencia-se quanto a inúmeras outras doutrinas cujos criadores, há décadas, e aqui no Brasil, apresentam-nas como complementares ou superadoras do Espiritismo. Denuncia-se a tese das crianças índigo como não espírita, mas publica-se propaganda de página inteira das obras do Sr. Pietro Ubaldi. [1]  Urge compromisso a esta imprensa que se pretende espírita, a fim de que haja pelo menos coerência no que faz. Se uma revista diz que é espírita, não pode propagandear, a título de Espiritismo (mesmo subliminarmente), o que avilte os postulados espíritas. Mas quem está a mandar? Os donos de cotas de publ...