sexta-feira, 31 de maio de 2013

PARA ONDE VAMOS DEPOIS DA MORTE?







Se raciocinarmos com aqueles que acham, que do “pó viemos e para o pó voltaremos”, a resposta é simples, para a sepultura. Ao contrário, raciocinando com os que admitem a existência da alma, a resposta não é tão simples assim.
Esse grupo formado por mais de noventa por cento da população do globo, se divide entre os que acreditam que após a morte a alma volta para o todo universal, perdendo sua individualidade, e os que defendem a sobrevivência da alma, porém individualizada, são os espiritualistas.
Essa corrente não é unânime, uns admitem para a alma após a morte apenas dois caminhos: A salvação, se pensarem e uma maneira, e o fogo do inferno, se pensarem de maneira diferente. Outros admitem para a alma, além do Céu e o inferno um terceiro caminho, o Purgatório.
 Ambas as vertentes, porém, aniquilam assim um dos atributos de Deus, a Justiça, e veem a divindade dirigindo um grande tribunal, inocentando uns e condenando outros, a nenhum permitindo uma chance sequer para que venham a se redimir, com isso olvidam dois outros atributos Divinos: A Bondade e a Misericórdia.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

A REBELDIA DOS JOVENS, COMO AGIRMOS?






 Por Alkíndar de Oliveira (*)




As atitudes de determinados jovens (nossos filhos ou não) nos estimulam a pensar: o que fazermos com esses jovens rebeldes? Para ilustrar que a rebeldia do jovem é um fato a ser enfrentado, conto a seguir duas histórias reais.

A primeira história real:
Imagine certo professor que, ao estar ministrando determinada aula, percebe que a atenção dos alunos se dispersa como consequência do procedimento inusitado e inadequado de um deles. Aos olhos do professor este é um aluno problema. E, apesar de inteligente, pela sua displicência ele não se sai bem nas provas. Tem o hábito de falar em momentos errados, adota atitudes estranhas, e nesse dia em especial, colou algodão em seu rosto formando longos bigode e cavanhaque. Com esta expressão ridícula e engraçada, apoiou os queixos com as mãos, formando como que uma forquilha e, muito sério, fingiu estar prestando religiosa atenção à aula. A classe caiu em riso.
Esse jovem, depois de muitas traquinagens, fugiu da escola e também de sua casa (tendo pais falecidos era educado por seus avós). Para conquistar sua independência resolveu começar a trabalhar. Mas não parava em nenhum emprego. A primeira reprimenda que recebia do chefe, o fazia abandonar o emprego. O que se pode esperar de um jovem que tem esse rebelde procedimento?

segunda-feira, 27 de maio de 2013

NOSSAS DIFERENÇAS PERANTE DEUS ¹








 Por Roberto Caldas (*)





              

Ouvimos dizer, com muita frequência, algo que aprendemos a aceitar como se fosse uma verdade definitiva, tamanha a quantidade de vezes que essa frase nos inunda os ouvidos: somos todos iguais perante DEUS! Será que somos mesmos?
            Essa crença faz parte do nosso esforço em não admitir que possa haver qualquer forma de privilégio no campo da justiça divina, o que descaracterizaria a imparcialidade de Deus colocando em xeque a sua Bondade Infinita, porém não podemos deixar de enxergar uma realidade que se mostra extremamente visível até ao observador menos atento: somos seres completamente ímpares.           Logo não parece possível que sendo diferentes uns dos outros possamos ser vistos pela divindade como se fôssemos iguais.
            O contexto das mútuas influências que se dispõem entre o observador e o fenômeno observado é aceito, inclusive nas pesquisas científicas mais modernas, como um fato que estabelece padrões distintos de respostas ao objeto estudado. Significa que o humor, a disposição e a crença do observador exercem influência sobre o fenômeno, enquanto o fenômeno por sua vez influencia a condição do observador, daí experiências realizadas por dois observadores em relação a um mesmo fenômeno podem estabelecer resultados diferentes dependendo das interferências mútuas intercambiadas com o objeto da pesquisa.

sábado, 25 de maio de 2013

KARDEC NÃO NEGOU QUE O ESPÍRITO DA VERDADE FORA JESUS





 Por Sérgio Aleixo (*)


A tradição de João, XIV, XV e XVI, diz que Jesus enviaria o Consolador, ou Paráclito, o Espírito de Verdade; tudo isso junto, e ainda acrescido do tal Espírito Santo das ficções clericais. Como quer que seja, para Kardec, trata-se de referência profética ao Espiritismo, terceira revelação do complexo civilizatório judaico-cristão. Querem alguns, porém, que isso inviabilize a possibilidade de o seu guia espiritual haver sido Jesus.[1] Não faria sentido, segundo eles, que o Cristo houvesse prometido enviar a si mesmo.
O primeiro erro dessa opinião é exigir da linguagem figurada do Evangelho um significado preciso, por lógica de exclusão mais aplicável a ciências exatas. O segundo erro, decorrente do primeiro, está em que a referência profética é, acima de tudo, à Doutrina Espírita, ali personificada no Paráclito; nada obstante à existência de um espírito que assumiu o nome de Espírito de Verdade a Kardec posteriormente, coisa que o símbolo, por sua natureza polissêmica, permite sem sobressaltos. O terceiro erro é que essa opinião desconsidera o fato capital de que a tradição de João também atribui a Jesus, no mesmo contexto da profética promessa, as seguintes ditas:

XIV.18: Não vos deixarei órfãos. Tornarei a vós [...] XVI. 7: É conveniente para vós que eu vá porque, se não for, o Paráclito não virá a vós; mas se eu for, eu vo-lo enviarei [...] XVI.12: Tenho ainda muitas coisas a vos dizer, mas não podeis compreendê-las agora [...] XVI.25: Eu vos disse estas coisas em parábolas. Hora há de vir entretanto em que não vos falarei mais por parábolas, mas abertamente vos falarei do Pai.[2]

quinta-feira, 23 de maio de 2013

PELA MAIORIDADE DO BEM (INVOCAÇÃO A CASTRO ALVES)





 Por Dora Incontri (*)


Às vezes, argumentos não bastam. Números, fatos, dados objetivos não conseguem abrir caminho na opinião obstinada, que se cristalizou num dogma. Há uma multidão de pessoas, que estão gritando pela redução da maioridade penal. Já argumentei, já mostrei números, artigos interessantes e as pessoas simplesmente não ouvem. Então, estou lançando mão da poesia. Fiz um apelo ao grande poeta Castro Alves, inflamado pelas causas sociais, sobretudo a do escravo. Muitas das crianças e adolescentes, que hoje estão na criminalidade – marginalizadas socialmente, que não tiveram acesso à educação e aos direitos fundamentais do ser humano – são remanescentes históricos da escravidão. Para clamar contra a injustiça, poetemos à Castro Alves!

Que ouço? Reclamam vozes
Rigores e punição
Ventam palavras ferozes
Endurece-se a nação!

Que a cadeia irrevogável
Encarcere o vil bandido
Nada seja perdoável
Brada o povo em alarido!

A mídia esse coro orquestra
Moldando as opiniões!
A demagógica mestra
Que põe na praça os vilões!

Mas quem são os acusados
Por tantos dedos hostis?
Onde estão acobertados
Nesses múltiplos Brasis?

Será aquele que trata
Como escravo um boliviano?
Ou o que infesta de mamata
O Congresso de ano a ano?

terça-feira, 21 de maio de 2013

POR QUE AMAR?







            

             O amor é a sutilização dos sentimentos, a transformação dos instintos, o desabrochar do divino na criatura.
      Todo o cosmo, toda a natureza, toda a harmonia e toda a perfeição existentes expressam-se e conjugam-se pelo amor.
            O Espírito é, mesmo quando não sabe, dirigido e regido por este sentimento, atraído de forma irrecusável por ele e impelido para desenvolver-lhe no íntimo o gérmen que dormita e bruxuleia em ações.
            Na deambulação evolutiva pelas estradas palingenésicas, o princípio inteligente vai aprendendo a utilizar seus pendores instintivos da autoconservação e da perpetuação da espécie, sem nem mesmo desconfiar serem os mesmos os primeiros indícios daquele sentimento maior. Instintos que se aperfeiçoam e se automatizam ganham foros de sensações que, de sua parte, se transformam em sentimentos a se sublimarem de tal maneira a resplender o vero amor, o mesmo que Jesus de Nazaré exercitou e exemplificou entre nós em sua encarnação terrena.
            O amor, portanto, vai assumindo, com o progresso anímico, gradações diversas desde a sua forma mais elementar à mais complexa, desde a mais grosseira à mais transcendental na tendência infinita do Amor de Deus.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

JESUS E A BOFETADA ¹







 Por Roberto Caldas (*)


Imediatamente depois da prisão de Jesus, João narra no capítulo XVIII do seu Evangelho, que fora levado ao sumo sacerdote judeu para ser interrogado. Diante das perguntas a respeito das ideias que disseminava junto ao povo, Jesus apenas revela que nada fizera às escuras e que o seu interlocutor deveria perguntar às pessoas, aquilo que lhe questionava. Tomado de indignação pela resposta, que parecera desrespeitosa à autoridade ali presente, um dos guardas lhe desfere uma bofetada na face. Antes de qualquer resposta tempestiva, o mestre se volta ao seu agressor e questiona: “se falei mal, prova-o, mas se falei bem por que me bates?” . Daí foi levado a Caifás, Herodes, Pilatos e enfim a crucificação.
            Jesus jamais respondeu à violência, ou melhor, Jesus sempre respondeu à violência, porém jamais a tomou como métrica de devolução. Diante de todas as situações que o expuseram aos ataques verbais e físicos que enfrentou durante a sua breve existência, a sua atitude buscou que fossem avaliadas as condições de destempero que atingia aos agressores que encontrava pelo caminho.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

LIVRE PENSAR







 Por Paulo Eduardo (*)


No capítulo das liberdades, a de pensar surge como realmente a mais livre. A liberdade de pensar é intrínseca à intimidade mais recôndita do ser humano. Em sã consciência ninguém interfere diretamente nos nossos pensamentos. Liberdade de pensar é crédito fechado das nossas ideias. O senso religioso disciplina a ética do pensamento puro. O Espiritismo trabalha a lisura de criar através da prática do bem. Antes de falar e agir para construir o dia a dia de cada um temos a obrigação moral de vigiar o que ousamos emitir pela palavra. Jesus de Nazaré recomenda orar e vigiar. A ação direta para a construção do edifício grandioso da sensatez parte do bom senso do nosso procedimento. Liberdade de pensar sem licenciosidade. Não custa nada caminhar por estradas sublimes. A Doutrina Espírita sugere equilíbrio em busca da paz. A vida normal tem a seiva natural do verbo amar. Promove maravilhas na senda das liberdades com responsabilidade. Espiritismo é religião? Claro. Sedimenta valores não só do coração. Trabalha a razão. Usa o poder da fé raciocinada. Respeita todos os credos explicando-os como resultados exatamente das liberdades individuais. Fé explícita nos parâmetros do bem proceder como ideia universal de entendimento. Doutrina Espírita livre como ciência da apreciação dos chamados fenômenos da existência terrena. Somos hóspedes do planeta Terra agindo com profundo respeito às leis morais de Deus. Acreditar com responsabilidade ajuda a entender o outro que escolheu o aporte da filosofia cuja dicotomia é necessária para estudos elucidativos dos caminhos de Deus.


(*) jornalista e integrante da equipe do programa Antena Espírita.




terça-feira, 14 de maio de 2013

O FUTURO DA RELIGIÃO



“Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que queríamos que nos fosse feito. Toda a religião, toda a moral se encerram nestes dois preceitos. Se eles fossem seguidos no mundo, todos seriam perfeitos.”
(Allan Kardec)
                                                                                                         

“Todos os crimes no clero, como alhures,
não provam que a religião seja inútil,
mas que muito pouca gente tem religião.”
(Jean-Jacques Rousseau)
                                                                                                                                    


"Se não professamos Jesus Cristo, nos converteremos em uma ONG piedosa...”
(Papa Francisco I)




Por Jorge Luiz (*)




         Karl Marx, filósofo alemão, considerou a religião como “o ópio do povo”. Sigmund Freud, pai da psicanálise, já a entendeu como “neurose obsessiva”, comum ao gênero humano. Para Émile Durkheim, considerado um dos pais da sociologia, ela não passa apenas de “fato social” que existirá enquanto existir sociedade.
            Viktor Frankl, psiquiatra austríaco, fundador da logoterapia, refuta Freud ao afirmar que a religiosidade psiquicamente doente seria realmente uma neurose obsessiva. Para este, o homem é dotado de um “inconsciente espiritual”; a presença ignorada de Deus.
            Todas as afirmativas guardam suas verdades no contexto em que foram desenvolvidas, no entanto, não cabe reduzi-la a essas especificidades. O conhecimento espírita evitaria os equívocos perpetrados.
            Por expressar sentimento inato, como o da Divindade, exarado em “O Livro dos Espíritos” - Lei de Adoração -, sua expressão possibilita vários significados, considerando que se deixou adornar ao longo da história pela fé cega, crenças dogmáticas, elementos mitológicos e mitopoéticos, sincretismo, experiências místicas, fanatismo, fundamentalismo. Assim como o prisma de Nicol transmuta feixe de luz natural em feixe de cores distintas, igualmente a fé religiosa opera espectros de religião no sentimento de religiosidade.

domingo, 12 de maio de 2013

MÃE TERRA ¹






 Por Roberto Caldas (*)



No dia 12/04/1961, o cosmonauta soviético Iuri Gagarin, primeiro homem a percorrer a órbita do planeta, encanta o mundo ao proferir a sentença: “A Terra é azul. Como é maravilhosa. Ela é incrível!” As palavras de embevecimento daquele personagem da história da conquista espacial nos davam ciência a respeito da face azulada com que a nossa casa humana, a Mãe Terra, desfilava na imensidão do Universo. Foram necessários mais de 4 bilhões de anos para que pudesse nos receber em sua majestosa superfície coberta por água em dois terços de sua área total. Terra, planeta azul, planeta água. Espaço de nascimento, experiência de bilhões de filhos que povoam os seus 5 continentes. Constitui-se em um globo, cuja população de Espíritos em processo de reencarnações repetidas, depois de cursar por estradas primitivas atinge a era da socialização e aponta para a necessidade de aspirações ainda maiores de regeneração.
             Santo Agostinho em O Evangelho Segundo o Espiritismo se refere ao nosso mundo com as seguintes palavras: “Ele há chegado a um dos seus períodos de transformação, em que, de orbe expiatório, mudar-se-á em planeta de regeneração, onde os homens serão ditosos, porque nele imperará a lei de Deus. (Paris, 1862)”. Suas palavras expressam o futuro brilhante que espera o planeta azul, ao dar oportunidade de evolução à porção da humanidade universal que o habita. À medida que os homens evoluem, a Terra caminha junto, evoluindo também.

sábado, 11 de maio de 2013

REVERÊNCIA ÀS MÃES



 Por Gilberto Veras (*)



O vaso corpóreo anexado à alma tem duas apresentações básicas, a de mulher e a de homem, ambas com funções de preservar a espécie, em atuações orgânicas solidárias e complementares. Reportar-me-ei aqui, nesta oportunidade anual do dia das mães, apenas às mulheres abençoadas pelo fenômeno maternal. 
És mãe tão somente de parto, renunciaste o filho enviado do Alto, circunstâncias de provas de caminho minaram-te a coragem e a fé para prosseguires com a incumbência determinada por Providências Superiores? Não desesperes, reanima-te, recupera-te com ações reparadoras da caridade, ama, ama muito, o teu próximo, e, em especial, o filho distante sob cuidados e proteção de amor adotivo, o Infinitamente Bom sempre considera atitudes benevolentes. 

quarta-feira, 8 de maio de 2013

BINGO NO MEIO ESPÍRITA: MAL NECESSÁRIO?



No meio espírita, contracenando lado a lado com a pureza doutrinária, há a realidade da dureza monetária. Ambas implacáveis.
Há uma única forma de acabar com a dureza monetária sem afetar a importância da pureza doutrinária. Essa única forma chama-se criatividade.
E o que é criatividade?
Muitas vezes imagina-se, como o próprio nome sugere que criatividade é o ato de criar algo novo. Mas a realidade é que em mais de 90% dos casos nada se cria de novo. Se analisarmos os diversos “atos criativos” que estão por aí, verificaremos que o seu “criador” simplesmente conseguiu enxergar um novo ângulo de algo que já existia. Esse é o seu mérito, e, diga-se de passagem, grande mérito. Um exemplo clássico é a propaganda do biscoito Tostines: “Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?” que nada mais é do que uma versão da famosa pergunta: “O que veio primeiro, o ovo ou a galinha?”.
Criatividade tem sido na maioria das vezes o ato de dar uma nova roupagem a algo que já existe, mudando completamente o foco e o campo de visão.
Uma das formas criativas que nossos irmãos espíritas estão utilizando para saírem da dureza monetária é dando uma nova roupagem ao tradicional Bingo. Estão inteligentemente – e criativamente – transformando um jogo de azar em jogo de sorte.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

REFINANDO A MENTE ¹







 Por Roberto Caldas (*)


Nada mais democrático do que os nossos relacionamentos espirituais. No campo das energias, nada de disfarces. O pensamento, sendo o elemento modulador da sintonia, é que forma o campo através do qual nos expomos à vida invisível e produzimos a estrutura que garante os resultados da vida material. No ato de pensar estabelecemos as coordenadas que garantem a formação da nossa atmosfera psíquica, que podemos chamar de psicosfera, atraindo ou repelindo segundo uma instantânea correspondência de afinidades que se estende entre encarnados e desencarnados.
            O receio de invasão mental, orquestrada pelos habitantes do mundo espiritual, confessado por tantas pessoas que estudam a Doutrina Espírita não passa de compreensão incompleta a respeito da dinâmica dos fluidos e da hierarquia espiritual. Poucas discussões existem em torno da necessidade de receptividade para que se produza uma interferência entre duas mentes, pois sabemos dos modelos de comunicação através de ondas que o emissor e o receptor interagem e precisam estar recíprocos para que a mensagem possa ser  levada a cabo. Essa mesma lógica se aplica aos processos de retroalimentação entre as mentes, incluídas as vinculações entre os planos da existência.

sábado, 4 de maio de 2013

VÍNCULO PROFÉTICO JUDAÍCO CRISTÃO





 Por Sérgio Aleixo (*)



A verdade é universal e muitos falaram de espiritualidade, entretanto somente Jesus a comprovou de modo a não restarem dúvidas! Bem se costuma dizer que Jesus matou a morte e Kardec assinou-lhe o atestado de óbito.
Houve outras revelações. Mas isoladas, infensas a qualquer noção de processo, caminho natural da Razão, mesmo nos domínios do espírito. Esta noção exulta no complexo civilizatório judaico-cristão e suas três revelações progressivas e concatenadas, em que uma etapa anuncia e prepara a outra. Alguns querem que o Islamismo seja considerado também uma fase progressiva deste complexo, mas isto seria um erro.
Jesus reformou o judaísmo e lhe aperfeiçoou a lei suprema mediante seu Novo Mandamento, que corresponde não mais a amar o próximo como a si mesmo, e sim mais ainda do que a si próprio, ao ponto da abnegação e do sacrifício de si pelo outro, pois ninguém possui um amor maior do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos.
Além de aperfeiçoar o sentido da antiga lei, Jesus o selou com exemplificação singular. Que fez Maomé? E já 600 anos depois de Jesus... Reconduziu tribos idólatras à crença num único Deus, dando-lhes identidade nacional, exatamente o que Moisés fizera aos hebreus, 2000 anos antes.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O PERSONALISMO: "ESPELHO, ESPELHO MEU..."




“O maior entre vós será vosso servo.”
Jesus (Mt 23:11)




Dicas importantes para se tornar uma pessoa pior: primeiro passo: você é a pessoa mais importante neste mundo; segundo passo: 1º lugar, Eu; 2º lugar, Eu.... 7º lugar, Eu; terceiro passo: em algum lugar no final desta lista vem o outro; quarto passo: o outro não tem poder sobre mim, logo, eu não preciso me comportar como os outros pensam ou falam de mim. Estas dicas fazem parte do monólogo “Como se tornar uma pessoa pior”, em cartaz em São Paulo, estrelado pela atriz Lulu Pavarin. Segundo Pavarin, ao término de um dos espetáculos para mais de setecentas pessoas, foi procurada pelos expectadores que demostraram o seu alívio por se autoreconhecerem: “nossa, estou me sentindo tão bem, eu sou uma pessoa pior!” Isto reflete o individualismo que marca a nossa sociedade.

Sem querer entrar no mérito da proposta do monólogo, não tenho dúvida em afirmar que os passos caracterizam o indivíduo personalista. 

O personalismo é estudado na dimensão humana de duas maneiras, eminentementes paradoxais. Como doutrina filosófica, contempla a personalidade humana como o valor fundamental da sociedade, tendo como seu fundador o filósofo francês Emmanuel Mounier (1905-1950), cujas obras influenciaram o surgimento da “Democracia Cristã.” O personalismo de Mounier se opõe ao individualismo. Enquanto este mantem o homem centrado em si mesmo, a maior preocupação do personalismo Mounieriano é descentrá-lo para colocá-lo voltado para o Mundo e para as outras pessoas.