terça-feira, 14 de agosto de 2018

LIÇÃO DA CAATINGA



As árvores, com galhadas desnudas,
Como espectros, para o alto dirigidas,
Até parecem que suplicam, mudas,
A insubstituível água da vida.

Mas esperam com calma, resignadas,
Pelas benesses do Pai que não faltam,
E, outrora, esplendorosas, orvalhadas,
Multicoloridas, os céus exaltam.


Deus, quando me visitar a aridez,
Se, então, convicções virarem talvez,
Fortalece a fé no meu coração.

Que brilhe em mim o lume da certeza,
Tal qual acontece com a natureza,
Esperando as águas da salvação.

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