quarta-feira, 8 de abril de 2020

INSENSATO?





Por que essa vontade não cessa em mim,
De dizer, sobre o vulgar, o inusitado?
Tantos, se veem, sentem, deixam assim...
Frustro-me, porém, fico sufocado!


Demais, desejo o verbo da poesia
Que possa verbalizar a emoção,
Irradiando luz a cada dia...
A luz condensada numa canção!

Se essa vontade não produzir arte,
Que, do que não for bonito, me afaste
E, de Deus, me aproxime o coração.

Não será desejo sem sentido?
Descabido, ilegítimo pedido?
Insensato! É insana pretensão!

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