quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

A ENCARNAÇÃO DO DEMO

 

Mãe fica assustada com ultrassom: bebê de Rosemary (imagens internet)

Em O Bebê de Rosemeire, o famoso diretor Roman Polanski aborda o planejamento de um grupo de pessoas para favorecer a encarnação do diabo.

Sabemos que o demo, ser devotado ao mal eterno, em disputa com Deus pelas almas humanas, é mera fantasia teológica.

Ninguém se contrapõe ao Eterno. Situamo-nos todos, Espíritos encarnados e desencarnados, como o relativo diante do Absoluto, a criatura perante o Criador.

Diabo, como ensina a Doutrina Espírita, é todo filho de Deus transviado, comprometido pela rebeldia, a exercitar más ações, a conturbar a Criação. Há sempre gente endiabrada ao nosso redor e, não raro, nós mesmos exercitamos diabruras.

Não obstante, estamos todos sob a regência de leis divinas, que fatalmente nos reconduzem aos roteiros do Bem, sempre que deles nos afastamos, porque essa é a vontade de Deus, que não falha jamais em seus objetivos.

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  Há uma pergunta frequente em relação ao assunto:

É possível um movimento da espiritualidade inferior, de Espíritos desenvolvidos intelectualmente e subdesenvolvidos moralmente, planejando a reencarnação de um de seus pares, para semear a confusão no Mundo?

Avaliemos, por exemplo, Adolf Hitler (1889-1945).

Sua biografia sugere a encarnação de tenebroso agente do mal.

Dezenas de milhões de pessoas morreram na gigantesca hecatombe que foi a Segunda Guerra Mundial. Dentre elas, seis milhões de judeus, na mais ensandecido e perverso genocídio de todos os tempos.

Quando, em fotos, vemos montanhas de cadáveres das vítimas do nazismo, eliminadas de forma sádica, planejada, sistemática, com o propósito de dizimar toda uma raça, concluímos que isso só pode ser arte do demo encarnado.

Considerada a dinâmica da reencarnação, podemos admitir essa possibilidade. Entidades trevosas elegem um representante que se aproxima de um casal com o qual tenha afinidade. Estabelece-se a sintonia vibratória e, a partir de uma concepção, poderá ser atraído à reencarnação, que ocorre naturalmente.

Seria um missionário do mal, assim como os temos do Bem.

Ocorre que se trata de uma experiência complicada. Esse agente das trevas estará sujeito às contingências da reencarnação. Experimentará possíveis limitações físicas e mentais, a partir de suas inferioridades.

Passará pela dependência do período infantil, em estado de dormência, sofrendo influências do meio ambiente. Experimentará as perplexidades do despertar para a Vida, na adolescência.

Por outro lado, as limitações do corpo lhe imporão sofrimentos e dificuldades, que trabalharão suas tendências inferiores.

Seria um investimento complicado, difícil, de resultados problemáticos.

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 Os Espíritos que desejam semear a confusão no Mundo agem de forma diferente: exploram as fraquezas humanas.

Hitler foi um pintor frustrado.

Não conseguiu ingressar na Academia de Belas-Artes, em Viena. Durante algum tempo ganhou a vida pintando cartões-postais.

Tivessem seus contemporâneos pálida ideia do que ele aprontaria e haveriam de fazer dele o mais vitorioso autor de cartões postais, comprando-lhe toda a produção. Consagrariam o artista medíocre para evitar a consagração do déspota sanguinário e ensandecido.

Quando eclodiu a Primeira Guerra Mundial, Hitler alistou-se para ter um emprego regular. Um homem comum, que em nada se assemelhava a um agente das trevas.

No entanto, deixou-se envolver pela ambição, conquistou o poder, e a partir daí foi facilmente envolvido pelas sombras.

Considere, ainda, amigo leitor, que os desastres provocados pelo nazismo não foram obra de um homem.

Havia toda uma retaguarda de prepostos sintonizados com suas idéias.

Pior: o povo embarcou nessa barca furada.

Hitler, de certa forma, foi apenas a materialização das tendências à belicosidade e pretensões de hegemonia racial do povo alemão.

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 Individual e coletivamente, estamos sujeitos à influência do Mundo Espiritual.

Podemos refletir luzes ou sombras.

Depende do direcionamento de nossa vida.

Como sentimos, como pensamos, como agimos…

Somos, portanto, acima de tudo, agentes de nós mesmos.

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