Só é capaz de se questionar e questionar a realidade aquele que construiu em si a capacidade de reflexão crítica. Quando somos apenas adestrados a produzir determinado produto ou a cumprir determinada tarefa, sem a compreensão do contexto em que estamos inseridos, o resultado é a alienação, que faz com que o trabalhador esfolado pelas relações de produção desiguais não possa sequer compreender a sua situação de oprimido.
É assim que surgem os incoerentes "pobres de direita" e trabalhadores que defendem a sua própria perda de direitos.
Por isso a direita se esmera em precarizar ao máximo a educação, impedindo que o trabalhador possa perguntar-se, afinal, "por quê?", como bem disse Paulo Freire. A estratégia de precarização da educação passa pelo esvaziamento de seus conteúdos, impedindo que o trabalhador possa ter a oportunidade de construir reflexões críticas; passa pelo corte de verbas destinadas à educação, fazendo com que a pedagogia e as licenciaturas tornem-se áreas pouco atrativas, por conta dos baixíssimos salários dos professores; e passa pela marginalização do conhecimento, difamando quem o constrói e replica e enaltecendo os fundamentalistas pouco elaborados.
Há uma batalha sendo travada. E essa batalha é entre as luzes do conhecimento e da educação e as trevas do fundamentalismo fideísta mais abjeto.
E nós, espíritas, de que lado estaremos? De que lado estaria Kardec? E Jesus? Pensamos que essas respostas são fáceis e imediatas.
É uma luta muito grande para tentar produzir uma educação de cunho crítico, pois temos dificuldade até mesmo em despertar esse senso crítico nos alunos. Na maior parte das vezes, os questionamentos estão na tentativa de adquirir privilégios, ou seja, sempre pensando no individualismo.
ResponderExcluirKardec foi extremamente crítico; no caso de Jesus, ficamos com os textos que chegaram por discípulos e discípulos dos discípulos.