Pular para o conteúdo principal

NOSSAS VÍTIMAS

 


Com o mesmo título que usei, Eurípedes Barsanulfo afirma em capitulo constante do magnífico livro Seareiros de Volta (FEB, psicografia de Waldo Vieira), pulicado em 1966, que “(...) somos, em muitas circunstâncias, algozes de outras vidas (...)”. Acrescenta que não se trata dos insetos que eliminamos, nem da alimentação da carne animal e tampouco se refere às vítimas de existências passadas. Todavia, refere-se às vítimas de nossos comportamentos, relacionando uma série de exemplos como comparações ultrajantes que fazemos, a desonestidade dos julgamentos e opiniões, os que abandonamos e ainda a ironia que nos permitimos ou da inconveniência de certos comentários ou abusos de verbos e falas agressivas. 

Também inclui as acusações, os desprezos, as omissões variadas, a falta de atenção e gentileza e uma lista diversificada poderá seguir se pararmos para analisar com isenção os inconvenientes e agressividade normalmente utilizados, ferindo, agredindo pessoas, instituições, sonhos e esperanças. 

Por isso, indica que “(...) a humildade é a maior prova de sabedoria humana, e eis porque carecemos, acima de tudo, de doar o perdão incondicional, a fim de merecê-lo conforme as nossas próprias necessidades. (...) Todo ser consciente tem suas vítimas pessoais, vítimas conhecidas e insuspeitas, vítimas de dentro e de fora do lar (...)”. 

E conclui: “(...) Desiste de viver desapercebidamente dos nossos deveres de serviço e fraternidade, à frente uns dos outros. Não te esqueças de orar por tuas vítimas e nem te negues a perdoar quem te magoa. Não raro, aqueles que nos rogam perdão são aquelas mesmas criaturas de quem precisamos recebê-lo... (...)”.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PESTALOZZI E KARDEC - QUEM É MESTRE DE QUEM?¹

Por Dora Incontri (*) A relação de Pestalozzi com seu discípulo Rivail não está documentada, provavelmente por mais uma das conspirações do silêncio que pesquisadores e historiadores impõem aos praticantes da heresia espírita ou espiritualista. Digo isto, porque há 13 volumes de cartas de Pestalozzi a amigos, familiares, discípulos, reis, aristocratas, intelectuais da Europa inteira. Há um 14º volume, recentemente publicado, que são cartas de amigos a Pestalozzi. Em nenhum deles há uma única carta de Pestalozzi a Rivail ou vice-versa. Pestalozzi sonhava implantar seu método na França, a ponto de ter tido uma entrevista com o próprio Napoleão Bonaparte, que aliás se mostrou insensível aos seus planos. Escreveu em 1826 um pequeno folheto sobre suas ideias em francês. Seria quase impossível que não trocasse sequer um bilhete com Rivail, que se assinava seu discípulo e se esforçava por divulgar seu método em Paris. Pestalozzi, com seu caráter emotivo e amoroso, não era de ...

OS FILHOS DE BEZERRA DE MENEZES

                              As biografias escritas sobre Bezerra de Menezes apresentam lacunas em relação a sua vida familiar. Em quase duas décadas de pesquisas, rastreando as pegadas luminosas desse que é, indubitavelmente, a maior expressão do Espiritismo no Brasil do século XIX, obtivemos alguns documentos que nos permitem esclarecer um pouco mais esse enigma. Mais recentemente, com a ajuda do amigo Chrysógno Bezerra de Menezes, parente do Médico dos Pobres residente no Rio de Janeiro, do pesquisador Jorge Damas Martins e, particularmente, da querida amiga Lúcia Bezerra, sobrinha-bisneta de Bezerra, residente em Fortaleza, conseguimos montar a maior parte desse intricado quebra-cabeças, cujas informações compartilhamos neste mês em que relembramos os 180 anos de seu nascimento.             Bezerra casou-se...

ALLAN KARDEC, O DRUIDA REENCARNADO

Das reencarnações atribuídas ao Espírito Hipollyte Léon Denizard Rivail, a mais reconhecida é a de ter sido um sacerdote druida chamado Allan Kardec. A prova irrefutável dessa realidade é a adoção desse nome, como pseudônimo, utilizado por Rivail para autenticar as obras espíritas, objeto de suas pesquisas. Os registros acerca dessa encarnação estão na magnífica obra “O Livro dos Espíritos e sua Tradição História e Lendária” do Dr. Canuto de Abreu, obra que não deve faltar na estante do espírita que deseja bem conhecer o Espiritismo.