terça-feira, 17 de novembro de 2020

ESPIRITISMO E MILITÂNCIA POLÍTICA

 

Onde começa a identidade política e a política de religiosidade, fé ou transcendência, pouco importa no contexto de uma existência, pois o que merece observação é a direção na qual se conduz a vida, sob os parâmetros erguidos.

Como é possível perceber, na vida social, política é como o fluido universal, está em tudo! Portanto, negá-la é insistir no discurso alienado. Há quem afirme que a própria negação é em si uma ação política.

Afirmar-se espírita sem comungar com as bases do espiritismo também merece um tanto de reflexão, afinal, não se trata de um simples termo, mas de um legado de descobertas sobre a supremacia da vida e a eternidade dos seres.

Temos então, a alegre percepção da possibilidade de conciliar espiritismo e política sem precisarmos negar nenhuma das plataformas de pensamento, orientação de princípios e condutas individuais e coletivas.

Urge acendamos esta candeia em múltiplas formas de expressões; pois sair do aconchego das redes sociais para atuar na concretude desafiadora da cotidianidade é prova de fé e manifestação de posicionamento político.

Neste ponto, unamos a linha da coerência cristã ao perfil que desejamos fortalecer no campo dos interesses sociais, pois é na seara da verdade feita cotidiano, onde se enroscam desigualdades e gemidos abafados, que o rosto de Cristo se estampa.

Talvez tenhamos como diferencial neste mundo de tantas provas, a alegria de muito nos amar, e assim, podermos localizar uns aos outros, no apoio e acolhida mútua mesmo durante as lutas.

Amar não enfraquece a militância, mas areja as relações e possibilita convívios baseados na fraternidade, um princípio cristão, do qual não precisamos abdicar.

Portanto, o espiritismo não é negação, mas reforço qualitativo da militância política, que por sua vez, pode ser elevação social, cultural e humanitária com reflexos globais.

2 comentários:

  1. Queria ter escrito esse texto... Jesus era um ativista político pela concordia e inclusão de excluídos. Jesus era ação e verbo. No plano material a política ainda é o caminho mais adequado à transformação dos contextos de vivência coletiva e proteção à direitos. Nunca entendi a omissão do movimento espírita em tratar desse tema e de incentivar aos que já compreenderam isso. Fácil trazer as práticas Cristãs (o caminho) pra dentro de um contexto político ainda tão amiudado e acostumado às velhas práticas, não é! Mas os que ja compreenderam a importância espalhar a Boa Nova por todos os espaços, inclusive o espaço político, têm o dever moral de fazer.

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  2. O Espiritismo nos obriga a tomar posições ante a vida; assim sendo, podemos dizer que o Espiritismo nos estimula a nos tornar militantes políticos em prol de um planeta melhor.

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