Este relato é uma partilha.
Nestes tempos de atividades online tenho buscado interagir com diversas vozes religiosas na escancarada fome de educação para minha subjetividade moldada pelas religiões hegemônicas, para que consiga (sem vernizes) conviver legítima e amorosamente com os sagrados que moram além do cristianismo.
Não é por modismo, pois sou avessa a todos eles. Este anseio cresceu quando não me bastei sequer com a alcunha de “espírita progressista” e desejei mais liberdade.
Tal experiência não poderia ser mais rica (levando em conta a capacidade assimilativa e quebra de paradigmas). Pois estou encontrando muito amor e leveza.
Adianto que a busca não é por perfeição, nem carrego o desespero de superar traumas. Estou me permitindo sentir uma brisa livre que lança os sentidos e os sentimentos em outras epistemologias de crenças.
De cada experiência tenho saído mais espírita! Não por afã de superioridade ou purismo, mas pela reforçada ideia de que posso abrir um leque de respeito e admiração por outras vivências de religiosidade sem largar minha estrada pessoal, cheia de histórias construídas.
O diálogo inter-religioso é um caminho de progresso pessoal. Experiência de humildade, onde admitimos nada saber e aos poucos um processo de alfabetização em linguagens marginais ganha corpo; já consigo balbuciar alguns signos.
Jesus está comigo cada vez menos institucional. A energia primeira não carece linguagens formais, e todos os nomes que lhes dão soam poéticos, filiais, reverência verdadeira.
Este é o caminho que o livre pensamento tem me indicado e agradeço aos espíritos amados que na interface encarnação/desencarnação propiciaram esta peregrina descoberta.
Eis a linha multicor que ora utilizo para tecer o livre pensamento espírita para além das querelas devassadoras de saúde nesta hora em que nos descobrimos dela precisados.
Liberdade de fé é a essência da própria vida!
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