Uma falta de atenção muito comum durante o
canto do Hino Nacional Brasileiro é colocar a expressão que usamos no título da
presente abordagem no plural. Muita gente ainda canta no referido trecho:
“(...) conseguimos conquistar com braço forte (...)” – que é o correto,
diga-se: no singular –, usando o plural e cantando com braços fortes, que não
está correto. O correto é no singular mesmo: com braço forte!
Parece um detalhe insignificante, mas é preciso
prestar atenção e respeitar o texto original. Até para educação de nossas
crianças e formação da mentalidade cívica nacional, estimulada com a beleza da
letra e da própria música, em si. Como se sabe a letra do hino foi escrita por
Joaquim Osório Duque Estrada (1870 – 1927) e a música é de Francisco Manuel da
Silva (1795 – 1865).
Mas a desatenção é mesmo um problema humano
generalizado, onde todos estamos incluídos, nesta ou outras situações.
Desatenção com horários e compromissos e pronúncias equivocadas, opiniões sem
fundamentos ou conhecimento do assunto, preconceitos e a espontaneidade de
nossa gente, até pela diversidade cultural e extensão de um país continental,
são ocorrências que acabam se tornando normais, aceitas e incorporadas no
cotidiano.
É comum ouvir-se: “perca total”, quando o
correto é “perda total”, especialmente nos casos de sinistros com automóveis.
Ou “vou passar daí” quando o correto é “vou passar aí”. E por aí vai, com
supressão ou acréscimos de letras ou palavras indevidas ou incorretas.
Isso referindo-nos apenas à pronúncia das
palavras. Se adentrarmos à questão da interpretação ou entendimento de palavras
e frases, a questão se torna ainda mais grave, porque a dificuldade aumenta. A falta
do hábito de leitura, com mais frequência e mesmo atenção às palavras, é a
principal causa dessa grande dificuldade de interpretação de textos.
Isso, porém, não é nada em comparação com a
índole brasileira: bondosa por excelência, cativante na alegria, acolhedora e
solidária, apesar da exceção dos que ainda não perceberam a grandeza do país em
que nascemos, a quem devemos imensa gratidão e participação consciente na vida
cotidiana, e ainda insistem na corrupção ou nas manipulações que tantas misérias
e tragédias geram. E não me refiro apenas às tragédias com mortes, mas sim às
tragédias morais que infelicitam a vida humana.
O fato final, porém, é que o sentimento de amor
à Pátria, os princípios de civilidade e patriotismo precisam ser semeados no
coração das crianças. E, claro, que igualmente a pronúncia correta das
palavras, a explicação do significado de palavras e expressões, pois tudo isso
somado vai formando a personalidade, o caráter, a sensibilidade.
Vivemos essa época de desamor e de desrespeito
à vida porque em algum momento da história desvalorizamos esses pequenos
detalhes da educação. E agora estamos com um desafio social imenso, nunca
visto. Retomemos, pois, às origens, fazendo o melhor ao nosso alcance,
procurando entender a vida e não nos deixando contaminar pelo egoísmo, pelo
orgulho ou pela vaidade, responsáveis diretos pelo caos social da atualidade,
transmitindo às crianças que iniciam a própria vida a alegria de viver, o
respeito à vida, a conduta correta.
É o braço forte da decisão de amar e prosseguir
trabalhando com Jesus para construir paz e harmonia, individual e
coletivamente.
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