Por Roberto Caldas (*)
O capítulo IX de O Livro dos Espíritos traz
uma discussão muito rica a respeito das intervenções dos Espíritos no mundo
corporal. Certamente um dos temas que mais curiosidades gera entre os
aspirantes ao estudo das relações entre os dois mundos, por isso um campo
constante de risco a quem resolva expor-se à prática de fenômenos mediúnicos de
intercessões.
As
informações práticas relativas ao mundo espiritual datam de muitos anos e
vários precursores do Espiritismo, entre eles Swedenborg e Irving, já retratavam
a existência das diversas faixas de mundos no plano invisível antes mesmo que
André Luiz, através do médium Chico Xavier, lançasse o best seller “Nosso Lar” na década de 40 do século passado, obra que
contém detalhes e particularidades da vida depois da morte e fala dos limites frágeis
entre encarnados e desencarnados.
A
informação de que a vida segue depois da morte com a constatação de que aquela
não modifica por si mesma as tendências de quem rasga o seu véu, ricamente
demonstrada por Allan Kardec em O Livro dos Médiuns (cap. I - Há Espíritos?), é
um dos conhecimentos que pode influenciar genuinamente a mudança do
comportamento de uma pessoa, pela constatação de que vivemos numa constante
troca de influências.
A
forma como esse conceito tem sido utilizado é que precisamos repensar. O
desconhecimento quase pueril da lei de sintonias tem conduzido a interpretações
descabidas e disfuncionais das ações recíprocas entre os planos. A pressa em se
obter contato com aqueles que partiram para o mundo das pessoas sem corpo, é um
dos mais recorrentes erros cometidos. Os diagnósticos apressados que cravam as
obsessões como responsáveis por problemas que não passam de problemas físicos
ou mesmo anímicos encabeçam a lista de equívocos publicados. A busca de
aconselhamentos mediúnicos acerca de projetos de trabalhos no campo material em
busca de se alcançar o sucesso em empreendimentos financeiros pode ser
entendido como uma quase patologia.
O
Codificador adverte que os Espíritos guardam os caracteres dos grupamentos
humanos em que existiram enquanto encarnados e que entre eles há os que se
ocupam de temas sérios acorrendo em auxílio àqueles que são judiciosos, da
mesma forma em que se encontram os estouvados que não se ocupam com a verdade e
a tudo respondem, como se fossem detentores de conhecimentos que
verdadeiramente lhes faltam.
Um
fato, porém, não nos podemos eximir de admitir. É que estamos encarnados para o
aprendizado de renovadas posturas diante de antigos desafios, sob os quais
sucumbimos no passado. Daí convém aprendermos a aguçar a capacidade de intuição
como a principal fonte de contato com os amigos desencarnados deixando para os
contatos mediúnicos apenas aqueles temas atinentes aos trabalhos espirituais,
sem confundir alhos com bugalhos. Significa que precisamos ser competentes o
suficiente para prescindir de médiuns e conselhos espirituais para a nossa jornada
humana. Vale entendermos que espírito superior que se preze jamais vai intervir
na vida particular de quem quer que seja. Nesse particular é importante ouvir o
que nos disse Jesus, pois apenas Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.
¹ editorial do programa Antena Espírita de 12.07.2015.
(*) editorialista do programa Antena Espírita, voluntário do C .E. Grão de Mostarda e articulista do blog Canteiro de Ideias.
CARO IRMÃO ROBERTO CALDAS.
ResponderExcluirESTE EDITORIAL, É MUITO RICO E IMPORTANTE PARA ESCLARECER E ORIENTAR AQUELAS PESSOAS Q UE QUEREM FAZER CURSOS MEDIUNICOS E PRATICAR NA AJUDA AO PRÓXIMO. COMO VC COLOCA EXISTEM MUITAS PESSOAS Q QUEREM TEREM CONTATOS COM PARENTES, AMIGOS DESENCARNADOS, E FICAM ANSIOSAS PRA ISSO, E ESQUECEM QUE NO ESPIRITISMO E NA VIDA TDO VEM A SEU TEMPO,. É PRECISO QUE OS RESPONSAVEIS PELAS CASAS ESPIRITAS, TENHAM SEMPRE CUIDADO DE ORIENTAR NO SENTIDO DE Q NINGÚEM SE APRESSE, E SIM TENHA CALMA, E SE APROFUNDE SOBRE OS TRABALHOS FEITOS NO CENTRO.
UM ABÇO. E TO LIGADO NO PROGRAMA.
BRUNO FILHO
SOCIEDADE ESPIRITA DR. ANTONIO JUSTA.