Pular para o conteúdo principal

A AUTORIDADE DA DOUTRINA ESPÍRITA




“Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.” (Epígrafe de O Evangelho Segundo O Espiritismo- Ed. FEB)


Por Francisco Castro (*)



O título desse artigo é o mesmo dado por Allan Kardec a um texto que ele publicou na Revista Espírita de abril de 1864. Posteriormente, esse texto foi, por ele, incorporado na Obra O Evangelho Segundo O Espiritismo, obra que, na sua edição inicial, foi noticiada na página imediatamente anterior ao artigo que dá título a esse artigo, sobo título de Imitação do Evangelho – Segundo O Espiritismo.
Na edição da Revista Espírita de novembro de 1865, encontramos a seguinte nota bibliográfica: “No prelo, para aparecer em alguns dias, O Evangelho segundo o Espiritismo – 3ª edição – Revista, corrigida e modificada.” E ele acrescenta: 

“Esta edição foi objeto de um remanejamento completo da obra. Além de algumas adições, as principais alterações consistem numa classificação mais metódica, mais clara e mais cômoda das matérias, o que torna sua leitura e as buscas mais fáceis.”


Nessa terceira edição, que passou a ser a definitiva, Kardec alterou o título, que passou de Imitação do Evangelho – Segundo Espiritismo, para O Evangelho Segundo O Espiritismo, no item II da introdução, ele incorporou o texto título desse artigo, como também no item I da introdução, que teve alterado o primeiro período que, na primeira edição assim iniciava: Podem dividir-se em quatro partes as matérias contidas nos Evangelhos, “os atos comuns da vida do Cristo; os milagres; as predições; e o ensino moral.”
Da terceira edição em diante, esse primeiro período passou a ter a seguinte redação: Podem dividir-se em cinco partes as matérias contidas nos Evangelhos, “Os atos comuns da vida do Cristo; os milagres; as predições; as palavras que serviram para o estabelecimento dos dogmas da Igreja e o ensino moral.”
No período seguinte Kardec acrescenta: “As quatro primeiras têm sido objeto de controvérsias; a última, porém, conservou-se constantemente inatacável.” Vê-se, assim que, o Evangelho Segundo O Espiritismo, contém apenas o ensino moral de Jesus, cujos trechos são transcritos da tradução original de Sacy, comentários do próprio Allan Kardec e por último o que ele chamou de Instruções dos Espíritos.
Voltando ao título desse texto e que se encontra no item II da Introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo sob o título AUTORIDADE DA DOUTRINA ESPÍRITA tendo como subtítulo Controle Universal do Ensino dos Espíritos, ressaltamos que esse texto foi publicado por Allan Kardec, originalmente, na edição da Revista Espírita de abril de 1864, onde consta com destaque, tanto na revista Espírita como em O Evangelho Segundo O Espiritismo o seguinte:
Uma só garantia séria existe para o ensino dos Espíritos: a concordância que haja entre as revelações que eles façam espontaneamente, servindo-se de grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em vários lugares.

Agora chegamos ao ponto onde, desde o princípio desse texto, queríamos chegar, ou seja, a de que não podemos nos afastar do referencial que Kardec nos deixou, e que são para nós uma verdadeira chave para interpretarmos o que vem dos Espíritos, mesmo ostentando nomes os mais veneráveis!

Num espaço de sete dias o Blog Canteiro de Ideias publicou dois artigos de pessoas com grande cultura espírita e pelos quais temos o maior respeito, em que ambos esposam teses diametralmente opostas. O primeiro, publicado no Blog em 21 deste mês de março vem assinado por Sérgio Aleixo sob o título: O Rustenismo nas Obras de Chico Xavier. O segundo, publicado no Blog em 27 também deste mês de março por Alkindar de Oliveira com o título: Não Podemos Ler Roustaing?

Sem querer emitir nenhum juízo de valor sobre a obra enfocada pelos dois articulistas, me reportarei especialmente ao que dela disse Allan Kardec na Revista Espírita de junho de 1866, publicada no Brasil pela Federação Espírita Brasileira, tradução de Evandro Noleto Bezerra, 2ª edição – 1ª reimpressão – Rio de Janeiro – 2007. 

Nesse número da Revista Espírita de junho de 1866, em que Allan Kardec divulga essa publicação, há uma nota de rodapé, na qual ficamos sabendo que a obra Os Quatro Evangelhos contém os mandamentos explicados em espírito e em verdade pelos evangelistas, assistidos pelos apóstolos. Recolhidos e coordenados por J.B. Roustaing, advogado na corte imperial de Bordeaux, antigo bastonário. 3 volumes.

Em seu comentário, Kardec afirma que:

“Esta obra compreende a explicação e a interpretação dos evangelhos, artigo por artigo, com a ajuda de comunicações ditadas pelos espíritos. (...) As partes correspondentes às que tratamos em O Evangelho segundo o Espiritismo o são em sentido análogo. Aliás como nos limitamos às máximas morais que, com raras exceções, geralmente são claras, elas não poderiam ser interpretadas de diversas maneiras; por isso jamais foram objeto de controvérsias religiosas.”

Como se vê, Kardec se refere exclusivamente ao ensino moral de Jesus, portanto, ele não faz nenhuma consideração no que se refere aos atos comuns da vida do Cristo, aos milagres, às predições e às palavras que a igreja tomou para fundamento de seus dogmas! No parágrafo seguinte Kardec afirma:

“O autor dessa nova obra julgou dever seguir outro caminho; em vez de proceder por gradação, quis atingir o fim de um salto. Assim, tratou de questões que não tínhamos julgado oportuno abordar ainda e das quais, por consequência, lhe deixamos a responsabilidade, bem como aos Espíritos que as comentaram.”

Como o leitor que não tiver um conhecimento bastante aprofundado da Doutrina Espírita vai poder identificar quais são os pontos que, naquela obra, representam o salto do autor a que se refere Allan Kardec?

Assim, se pode depreender que não será a qualquer pessoa que se deva aconselhar a leitura dessa obra, pois será necessário que o leitor tenha um sólido conhecimento da Doutrina Espírita para tanto. Diz mais Allan Kardec:

(...) Convém, pois, considerar essas explicações como opiniões pessoais dos Espíritos que as formularam, opiniões que podem ser justas ou falsas, e que, em todo o caso, necessitam da sanção do controle universal, e, até mais ampla confirmação, não poderiam ser consideradas como partes integrantes da Doutrina Espírita.”  

No parágrafo seguinte Kardec faz a seguinte promessa:

“Quando tratarmos dessas questões, fá-lo-emos categoricamente. (...) Já dissemos cem vezes: Para nós a opinião de um Espírito, seja qual for o nome que ele traga, tem apenas o valor de uma opinião individual; nosso critério está na concordância universal, corroborada por uma lógica rigorosa, para as coisas que não podemos controlar com nossos próprios olhos.”

Allan Kardec conclui seu comentário na Revista Espírita sobre essa obra fazendo um comentário que considero de capital importância para que se entenda os motivos que levaram Allan Kardec a adotar tanta cautela em relação a essa obra: 

“È assim, por exemplo, que ele dá ao Cristo, em vez de um corpo carnal, um corpo fluídico concretizado, tendo todas as aparências da materialidade, e dele faz um agênere. (...) Assim se explicaria o mistério de seu nascimento: Maria não teria tido senão as aparências da gravidez. Este ponto colocado como premissa e pedra angular, é a base sobre a qual ele se apoia para a explicação de todos os fatos extraordinários ou miraculosos da vida de Jesus.”

Sobre essa questão relatada no parágrafo em destaque acima, Allan Kardec se pronuncia de forma lapidar:

“(...) Sem nos pronunciarmos a favor ou contra essa teoria, diremos que ela é, pelo menos, hipotética, e que se um dia fosse reconhecida como errônea, faltando a base, o edifício desabaria. (...) Sem a prejulgar, diremos que já foram feitas sérias objeções a essa teoria, e que, em nossa opinião, os fatos podem ser explicados sem sair da humanidade corporal.”

Para deixar bem claro o seu pensamento sobre a natureza corporal de Jesus, Allan Kardec afirma no segundo parágrafo do item 2 do capítulo XV do livro A Gênese, publicado dois anos após ao que ele afirmara no parágrafo anterior:
Como homem, tinha a organização dos seres carnais; porém como Espírito puro, desprendido da matéria, havia de viver mais na vida espiritual, do que na vida corporal, de cujas fraquezas não era passível. A sua superioridade com relação aos homens não derivava das qualidades particulares do seu corpo, mas das do seu Espírito, que dominava de modo absoluto a matéria e da do seu perispírito, tirado da parte mais quintessenciada dos fluidos terrestres.

Podemos concluir nossos comentários afirmando que, qualquer pessoa que tenha um bom conhecimento das obras básicas, certamente poderá ler com proveito a obra Os Quatro Evangelhos de J. B. Roustaing, caso contrário é melhor não empreender tal tarefa. Como se vê, não basta ter fé, é preciso que essa fé seja capaz de enfrentar a razão face a face em todas as épocas da humanidade!

(*) membro da AMLEF de Fortaleza, integrante da equipe do programa Antena Espírita e voluntário do C.E. Grão de Mostarda. 

Comentários

  1. Caro amigo Castro,
    Vc conseguiu, de uma forma clara e concisa, expressar o pensamento de Allan Kardec.
    Parabéns!

    ResponderExcluir
  2. Francisco Castro de Sousa29 de março de 2015 às 12:24

    Jorge, obrigado pelo estímulo!

    ResponderExcluir
  3. Parabéns Castro! Muito bem explicado, o pensamento de Allan Kardec!

    ResponderExcluir
  4. Prezado amigo Castro, eu não encontraria palavras melhores para nortear a respeito da importante e necessária polêmica. Antes de qualquer aceitação e objeção é fundamental consultar a Pedra de Toque, ou seja a opinião abalizada da Codificação, a qual não dependeu apenas do pensamento de Kardec para se alicerçar, mas deste revestido pela universalidade do ensino dos Espíritos. Roberto Caldas

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

PESTALOZZI E KARDEC - QUEM É MESTRE DE QUEM?¹

Por Dora Incontri (*) A relação de Pestalozzi com seu discípulo Rivail não está documentada, provavelmente por mais uma das conspirações do silêncio que pesquisadores e historiadores impõem aos praticantes da heresia espírita ou espiritualista. Digo isto, porque há 13 volumes de cartas de Pestalozzi a amigos, familiares, discípulos, reis, aristocratas, intelectuais da Europa inteira. Há um 14º volume, recentemente publicado, que são cartas de amigos a Pestalozzi. Em nenhum deles há uma única carta de Pestalozzi a Rivail ou vice-versa. Pestalozzi sonhava implantar seu método na França, a ponto de ter tido uma entrevista com o próprio Napoleão Bonaparte, que aliás se mostrou insensível aos seus planos. Escreveu em 1826 um pequeno folheto sobre suas ideias em francês. Seria quase impossível que não trocasse sequer um bilhete com Rivail, que se assinava seu discípulo e se esforçava por divulgar seu método em Paris. Pestalozzi, com seu caráter emotivo e amoroso, não era de ...

DIA DE FINADOS À LUZ DO ESPIRITISMO

  Por Doris Gandres Em português, de acordo com a definição em dicionário, finados significa que findou, acabou, faleceu. Entretanto, nós espíritas temos um outro entendimento a respeito dessa situação, cultuada há tanto tempo por diversos segmentos sociais e religiosos. Na Revista Espírita de dezembro de 1868 (1) , sob o título Sessão Anual Comemorativa dos Mortos, na Sociedade Espírita de Paris fundada por Kardec, o mestre espírita nos fala que “estamos reunidos, neste dia consagrado pelo uso à comemoração dos mortos, para dar aos nossos irmãos que deixaram a terra, um testemunho particular de simpatia; para continuar as relações de afeição e fraternidade que existiam entre eles e nós em vida, e para chamar sobre eles as bondades do Todo Poderoso.”

OS FILHOS DE BEZERRA DE MENEZES

                              As biografias escritas sobre Bezerra de Menezes apresentam lacunas em relação a sua vida familiar. Em quase duas décadas de pesquisas, rastreando as pegadas luminosas desse que é, indubitavelmente, a maior expressão do Espiritismo no Brasil do século XIX, obtivemos alguns documentos que nos permitem esclarecer um pouco mais esse enigma. Mais recentemente, com a ajuda do amigo Chrysógno Bezerra de Menezes, parente do Médico dos Pobres residente no Rio de Janeiro, do pesquisador Jorge Damas Martins e, particularmente, da querida amiga Lúcia Bezerra, sobrinha-bisneta de Bezerra, residente em Fortaleza, conseguimos montar a maior parte desse intricado quebra-cabeças, cujas informações compartilhamos neste mês em que relembramos os 180 anos de seu nascimento.             Bezerra casou-se...

O DISFARCE NO SAGRADO: QUANDO A PRUDÊNCIA VIRA CONTRADIÇÃO ESPIRITUAL

    Por Wilson Garcia O ser humano passa boa parte da vida ocultando partes de si, retraindo suas crenças, controlando gestos e palavras para garantir certa harmonia nos ambientes em que transita. É um disfarce silencioso, muitas vezes inconsciente, movido pela necessidade de aceitação e pertencimento. Desde cedo, aprende-se que mostrar o que se pensa pode gerar conflito, e que a conveniência protege. Assim, as convicções se tornam subterrâneas — não desaparecem, mas se acomodam em zonas de sombra.   A psicologia existencial reconhece nesse movimento um traço universal da condição humana. Jean-Paul Sartre chamou de má-fé essa tentativa de viver sem confrontar a própria verdade, de representar papéis sociais para evitar o desconforto da liberdade (SARTRE, 2007). O indivíduo sabe que mente para si mesmo, mas finge não saber; e, nessa duplicidade, constrói uma persona funcional, embora distante da autenticidade. Carl Gustav Jung, por outro lado, observou que essa “másc...

TRÍPLICE ASPECTO: "O TRIÂNGULO DE EMMANUEL"

                Um dos primeiros conceitos que o profitente à fé espírita aprende é o tríplice aspecto do Espiritismo – ciência, filosofia e religião.             Esse conceito não se irá encontrar em nenhuma obra da codificação espírita. O conceito, na realidade, foi ditado pelo Espírito Emannuel, psicografia de Francisco C. Xavier e está na obra Fonte de Paz, em uma mensagem intitulada Sublime Triângulo, que assim se inicia:

UM POUCO DE CHICO XAVIER POR SUELY CALDAS SCHUBERT - PARTE II

  6. Sobre o livro Testemunhos de Chico Xavier, quando e como a senhora contou para ele do que estava escrevendo sobre as cartas?   Quando em 1980, eu lancei o meu livro Obsessão/Desobsessão, pela FEB, o presidente era Francisco Thiesen, e nós ficamos muito amigos. Como a FEB aprovou o meu primeiro livro, Thiesen teve a ideia de me convidar para escrever os comentários da correspondência do Chico. O Thiesen me convidou para ir à FEB para me apresentar uma proposta. Era uma pequena reunião, na qual estavam presentes, além dele, o Juvanir de Souza e o Zeus Wantuil. Fiquei ciente que me convidavam para escrever um livro com os comentários da correspondência entre Chico Xavier e o então presidente da FEB, Wantuil de Freitas 5, desencarnado há bem tempo, pai do Zeus Wantuil, que ali estava presente. Zeus, cuidadosamente, catalogou aquelas cartas e conseguiu fazer delas um conjunto bem completo no formato de uma apostila, que, então, me entregaram.

O CORDEIRO SILENCIADO: AS TEOLOGIAS QUE ABENÇOARAM O MASSACRE DO ALEMÃO.

  Imagem capa da obra Fe e Fuzíl de Bruno Manso   Por Jorge Luiz O Choque da Contradição As comunidades do Complexo do Alemão e Penha, no Estado do Rio de Janeiro, presenciaram uma megaoperação, como define o Governador Cláudio Castro, iniciada na madrugada de 28/10, contra o Comando Vermelho. A ação, que contou com 2.500 homens da polícia militar e civil, culminou com 117 mortos, considerados suspeitos, e 4 policiais. Na manhã seguinte, 29/10, os moradores adentraram a zona de mata e começaram a recolher os corpos abandonados pelas polícias, reunindo-os na Praça São Lucas, na Penha, no centro da comunidade. Cenas dantescas se seguiram, com relatos de corpos sem cabeça e desfigurados.

09.10 - O AUTO-DE-FÉ E A REENCARNAÇÃO DO BISPO DE BARCELONA¹ (REPOSTAGEM)

            Por Jorge Luiz     “Espíritas de todos os países! Não esqueçais esta data: 9 de outubro de 1861; será marcada nos fastos do Espiritismo. Que ela seja para vós um dia de festa, e não de luto, porque é a garantia de vosso próximo triunfo!”  (Allan Kardec)                    Cento e sessenta e quatro anos passados do Auto-de-Fé de Barcelona, um dos últimos atos do Santo Ofício, na Espanha.             O episódio culminou com a apreensão e queima de 300 volumes e brochuras sobre o Espiritismo - enviados por Allan Kardec ao livreiro Maurice Lachâtre - por ordem do bispo de Barcelona, D. Antonio Parlau y Termens, que assim sentenciou: “A Igreja católica é universal, e os livros, sendo contrários à fé católica, o governo não pode consentir que eles vão perverter a moral e a religião de outr...

SOBRE ATALHOS E O CAMINHO NA CONSTRUÇÃO DE UM MUNDO JUSTO E FELIZ... (1)

  NOVA ARTICULISTA: Klycia Fontenele, é professora de jornalismo, escritora e integrante do Coletivo Girassóis, Fortaleza (CE) “Você me pergunta/aonde eu quero chegar/se há tantos caminhos na vida/e pouca esperança no ar/e até a gaivota que voa/já tem seu caminho no ar...”[Caminhos, Raul Seixas]   Quem vive relativamente tranquilo, mas tem o mínimo de sensibilidade, e olha o mundo ao redor para além do seu cercado se compadece diante das profundas desigualdades sociais que maltratam a alma e a carne de muita gente. E, se porventura, também tenha empatia, deseja no íntimo, e até imagina, uma sociedade que destrua a miséria e qualquer outra forma de opressão que macule nossa vida coletiva. Deseja, sonha e tenta construir esta transformação social que revolucionaria o mundo; que revolucionará o mundo!

O MEDO SOB A ÓTICA ESPÍRITA

  Imagens da internet Por Marcelo Henrique Por que o Espiritismo destrói o medo em nós? Quem de nós já não sentiu ou sente medo (ou medos)? Medo do escuro; dos mortos; de aranhas ou cobras; de lugares fechados… De perder; de lutar; de chorar; de perder quem se ama… De empobrecer; de não ser amado… De dentista; de sentir dor… Da violência; de ser vítima de crimes… Do vestibular; das provas escolares; de novas oportunidades de trabalho ou emprego…