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Sabemos todos que “natal” significa “nascimento”, o que nos proporciona ocasião para inúmeras reflexões...
Usualmente, ao falarmos de natal, o primeiro pensamento que nos ocorre é o da festa natalina, a data de comemoração do nascimento de Jesus... Entretanto, tantas são as coisas que nos envolvem, decoração, luzes, presentes, ceia, almoço, roupa nova, aparatos, rituais, cerimônias etc., que a azáfama e o corre-corre dos últimos dias fazem-nos perder o sentido real dessa data, desse momento; fazem com a gente muitas vezes se perca até de nós mesmos, do essencial em nós...
Se pararmos um pouquinho para pensar, refletir sobre o tema, talvez consigamos compreender um pouco melhor o significando do nascimento daquele Espírito de tão alto nível naquele momento conturbado aqui na Terra, numa família aparentemente comum, envergando a personalidade de Jesus, filho de Maria e José. Talvez consigamos perceber o elevado significado do sacrifício daqueles missionários, obviamente antecipadamente preparados para tal empreendimento... O exemplo de seus pais, acatando tranquilamente as ordens do mandatário da época, deslocando-se por longa distância apesar do estado avançado de gravidez em que se encontrava Maria; a aceitação serena do alojamento simples e rústico, numa cidade superlotada.
Já nesse ato, mesmo que não levemos em conta nada mais do que se seguiu, podemos recolher lições valiosas para a nossa vida presente.
Todos temos o nosso dia de natal, o dia em que aqui renascemos, na família que nos compete, no momento em que nos foi possível, nas condições e situações que nos são inerentes em função das nossas necessidades educativas e perspectivas de progresso, espiritual, físico e material. Chegamos todos com uma tarefa, encargos, uma missão, e sejam quais forem, tudo com um só objetivo: nosso crescimento e fortalecimento ético-moral-fraterno.
A primeira das lições daquela sublime família é a obediência serena e consciente de um desígnio superior – algo que muitas vezes nos custa muito, pois nosso orgulho em geral nos impede de reconhecer a posição em que nos achamos e que nos coloca sob a regência, coordenação e até vigilância de outrem. Frequentemente nos revoltamos até contra as leis naturais, leis divinas criadas por Deus, rebelando-nos inutilmente, tudo maldizendo e, em certos casos, tentando inclusive subtrair-nos a essas leis por meio de fugas dolorosas...
Outro exemplo, entre tantos, e um dos maiores, foi o de simplicidade e humildade, sem exigências, nem mesmo daquela mulher num momento físico difícil e por vezes crítico que é o de final de gravidez, sujeitando-se a uma situação precária e de desconforto – conta-nos a história que ali mesmo nasceu o menino Jesus, o Messias anunciado e esperado por alguns, cercado apenas pelos desvelos e carinho de seu pai José e dos animais que os cercavam e passeavam pelo local... Nada ali havia que pudesse demonstrar o menor resquício de vaidade...
Apenas essas qualidades – obediência consciente, simplicidade e humildade – tão bem apresentadas naquela ocasião, já seriam suficientes para nos proporcionar algumas condições indispensáveis, e eu as classificaria entre as fundamentais, para o nosso progresso espiritual, poupando-nos o rosário de dores e sofrimentos que elaboramos no decorrer da nossa trajetória, através de incontáveis existências que só não podemos classificar como perdidas porque, qualquer tenha sido o caminho escolhido, bom ou mau, é sempre uma lição, mesmo que o entendimento seja tardio...
O natal de cada um de nós não é apenas o dia em que nascemos, nem o dia do nosso aniversário – mas todos os dias, todas as horas, todos os minutos, todos os segundos. A cada pensamento emitido, a cada palavra expressa, a cada atitude assumida, a cada gesto, a cada ação, estamos celebrando o nosso natal individual, renascendo a cada instante em conformidade com a qualidade desses cometimentos. Isso porque já sabemos que tudo é energia e que, consequentemente, essa energia terá a qualidade que lhe imprimirmos; sabemos ainda que tudo interage, do macro ao micro, do mais elevado ao mais inferior; e que essa energia é irradiada todo tempo e pode renovar-se e renascer transformada a qualquer momento.
Há uma canção de Alexandre Sankor que diz o seguinte: “... e Jesus mandou dizer que todo dia é Natal – todo dia é Natal essa mensagem é pra ficar – todo é sempre dia de amar...”
Assim, amigos, irmãos, vamos tentar vivenciar O NATAL DE CADA UM de nós com simplicidade de anseios, humildade de pensamentos e atos e acato aos princípios de justiça, amor e caridade transmitidos naquele natal especial, que marcou a humanidade em antes e depois dele, ainda com esforço, ainda mesmo que com dificuldade, mas conscientes de que já somos capazes se assim o quisermos, porque também já sabemos que amparo e ensinamentos de Espíritos Superiores, emissários de Deus, não nos faltam nunca.

COMENTÁRIO ELABORADO PELA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL - IA (GEMINI)
ResponderExcluirO texto propõe uma reflexão sensível sobre o Natal como um processo contínuo de renovação espiritual, indo além das festividades comerciais.
O autor destaca três lições fundamentais da Sagrada Família — obediência consciente, simplicidade e humildade — e as transpõe para a jornada individual de cada ser humano. O ponto central do artigo é a ideia de que o "Natal individual" ocorre a cada instante: cada escolha, palavra ou pensamento é uma oportunidade de renascimento e progresso ético-moral.
Em suma, é um convite para que o espírito natalino não seja um evento anual, mas uma atitude diária de transformação e alinhamento com as leis divinas.