Pular para o conteúdo principal

VOCÊ É UM ESPÍRITA-RAIZ?

 


Por Marcelo Henrique

 

A juventude é uma fase maravilhosa da nossa existência física.

vigor desta etapa permite um dinamismo incrível, capaz de produzir muita coisa boa, útil e importante para as transformações sociais.

O jovem é responsável por muitas mudanças de paradigmas, em vários dos campos dos relacionamentos humano-sociais.

Um desses exemplos da criatividade juvenil diz respeito à existência de uma diferenciação entre os padrões “raiz” e “nutella”.

A “tradução” mais comum para essa dicotomia apresenta o primeiro como a “essência”, a “verdade”, o “original”, o “autêntico”; já o segundo, se refere ao “popular”, ao “moderno”, ao “alterado”, ou, para usar um termo também da moda “gourmetizado”, isto é, cheio de acréscimos e inserções indevidas. Nas redes sociais é possível conhecer vários banners ou imagens, “memes” (postagens jocosas, engraçadas), até, em que se comparam pessoas do tipo “raiz” e as do tipo “nutella”.

Há, neles, uma valorização do primeiro, que simboliza o perfil mais adequado e coerente para profissões, habilidades, competências, perfis e jeitos de ser. Diríamos, até, que a criação deste comparativo foi inspirada na ideia da falsificação, da aparência, do parecer, que são contrárias à realidade, à essência e ao ser, de cada um. Como ficaria esta dualidade no campo da filosofia espírita?

Como seriam conceituados ou visualizados os espíritas de um ou de outro tipo?

Entendemos que o espírita-raiz é aquele que conhece, de fato e a fundo, a vasta obra (32 livros publicados por ele em vida e mais uma após a sua morte, “Obras Póstumas) e incessantemente continua a estudar, inclusive comparativamente, tudo aquilo que Allan Kardec legou à Humanidade, como produção literária sua, em concurso com os Espíritos que se manifestaram por meio de diversos médiuns, de várias partes do mundo, no Século XIX.

A produção kardequiana, como se sabe, durou de 1857 a 1869, ainda que, seus seguidores, tenham continuado com as atividades da instituição que ele fundou e dirigiu, a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas (SPEE) e tenham continuado, por mais algum tempo a editar e publicar o primeiro veículo de comunicação social espírita, a Revue Spirite (Revista Espírita), sem, é claro, o mesmo brilho e acuidade do Codificador.

Inclusive, com problemas de “conteúdo”, os quais fizeram com que pessoas fiéis ao “espírito kardeciano” se afastassem da SPEE e fundassem outros grupos e editassem um outro periódico, fiel, este, às origens e aos princípios espiritistas.

Só quem estuda sabe todos os percalços

Que o “movimento espírita” perpassou, ainda na França e, depois, no Brasil, tido como o maior país espírita do mundo, dada a profusão de adeptos e simpatizantes e o expressivo quantitativo de instituições com o adjetivo “espírita” que funcionam em nosso país, atualmente.

Os espíritas, assim, são muitos e diversificados, quando não se diz díspares, no que concerne à forma de “entendimento” dos fundamentos espíritas e a adoção (ou não) de comunicações espirituais posteriores ao trabalho de Kardec, sobretudo no Brasil, com a presença de muitos médiuns psicógrafos e a assinatura de muitos espíritos – tidos como “mentores” ou “guias espirituais” – os quais, infelizmente, são responsáveis pela introdução de teorias outras, distantes e até contrárias aos princípios e às explicações espirituais contidas nas obras que o professor francês legou ao mundo contemporâneo.

O espírita-raizEspirita-Raiz-Nutella

O espírita-raiz consegue perceber as “inserções”, as “diferenças”, as “teorias pessoais”, informadas por espíritos (geralmente, desencarnados) que têm visões particulares e bastante imperfeitas, ainda, sobre as questões deste e do “outro” mundo, ou seja, explicações que contradizem a teoria espírita original, em relação às situações do mundo físico (o dos encarnados) e do mundo espiritual (o dos desencarnados).

Estudar e comparar, sempre, aliás, foi a premissa adotada nos quase doze anos de profícuo trabalho daquele educador francês, em obediência às suas próprias convicções, seu bom senso, sua lógica e atendendo à premissa estabelecida pelo Espírito Erasto, que disse: “é preferível rejeitar dez verdades a aceitar uma só mentira”.

E quem seria o espírita-nutella?

O espírita-nutella é aquele “adepto por demais entusiasmado”, feliz expressão de outro expoente do pensamento espírita mundial, o brasileiro Herculano Pires, igualmente professor, como Kardec, e considerado o maior filósofo espírita de todos os tempos, com uma vasta obra que supera os oitenta livros publicados, sobre Espiritismo.

Herculano dizia da necessidade de, individual e pessoalmente, termos cautela em relação ao “universo” que se descortinaria a partir da leitura de obras, da atuação em grupos espíritas e dos diálogos travados com as inteligências invisíveis, para que não nos tornássemos ufanistas, e esse entusiasmo desmedido pudesse cegar nossas (ainda) imperfeitas pupilas.

E, em consequência, adotarmos o mesmo cuidado em relação aos outros, tidos ou ditos como espíritas, igualmente, consideradas as imperfeições humanas, tanto dos encarnados quanto dos desencarnados – posto que o fenômeno da morte física não transforma ninguém em sábio, tampouco a condição de estada no mundo espiritual permite, de pronto, que sejam feitas narrativas que correspondam à efetiva realidade dos fatos, sendo, no máximo, visões imperfeitas, parciais, limitadas à condição evolutiva de cada ser.

Isto significa que, por mais respeitável e honesto seja um médium que possamos conhecer, isto não significa que as suas produções mediúnicas (páginas, depois livros) sejam a correta descrição e explicação das questões que interessam aos espíritas e à Humanidade. O espírita-nutella adora os romances. Aquelas histórias romantizadas, por vezes, até fantasiosas, em que personagens desfilam suas dores e dificuldades, buscando-se, sempre, como um folhetim, uma novela da televisão brasileira, um “final feliz”.

No contexto das estórias contidas em tais narrativas – alguns best-sellers – há uma série de informações, de condicionantes, de detalhes, de regras, atribuídas a “questões espirituais” que não subsistem minimamente ao cotejo com os elementos contidos na vasta obra do professor francês. Há incompatibilidade, mesmo! Há defeitos incorrigíveis…

Há a inserção de ideias que jamais foram ou são espíritas, algumas visíveis em outras filosofias espiritualistas e outras composições pessoais, individuais, de quem as escreve – seja o espírito, tido como autor das obras, seja o médium que é o intermediário, e, neste ponto, considerados os muitos “tipos” de mediunidade que são destacados de forma pedagógica e pontual por Kardec, no seu “manual de mediunidade”, a obra “O livro dos médiuns”, com maior ou menor interferência deste último, o médium, no resultado final, o livro.

O espírita-nutella está sempre ávido por novidades.

Está sempre querendo os últimos lançamentos deste ou daquele autor, que já conhece, ou de um “novo médium” que apareceu e já arrebata seus seguidores “fiéis”.

Vive comentando, nos corredores das instituições espíritas ou, agora, mais fortemente, nas redes sociais, sobre os “detalhes maravilhosos” do livro que leu ou está lendo, e que “explica direitinho” as coisas que o “ultrapassado” Kardec, um homem do século XIX (e já estamos nós no século XXI, dizem eles!) não pôde dizer, porque não faziam parte, essas questões, daquele cenário temporal.

É isso mesmo que você está lendo.Espirita-Raiz-Nutella

O velho professor francês, que morreu aos 65 anos de idade, está ULTRAPASSADO! Suas ideias – e suas obras – não resistiram ao curso do tempo e é preciso “atualizar” a obra.

Então, os nutellas dizem que o “médium da vez” ou o “guia do momento” está APONDO CONTRIBUIÇÕES IMPORTANTES para a Doutrina Espírita. E que não devemos ficar “presos” à obra kardeciana, como os crentes ficam à letra da Bíblia (Sagrada).

É preciso avançar, dizem eles.

E para que o “enredo” fique, ainda mais, factível e convincente, eles pegam alguns trechos – sim, da obra de Kardec! – para “alicerçar” essa teoria esdrúxula e descabida de que os médiuns brasileiros e os “seus” guias “de estimação”, estão “complementando e atualizando” Kardec!

Reportam-se por exemplo à afirmação kardeciana de que o Espiritismo deveria acompanhar, passo a passo, lado a lado, os progressos das ciências (humanas).

Que novas “revelações” – dando, assim, um caráter místico e religioso às comunicações mediúnicas, que são, do contrário, fatos naturais e comuns na conjuntura humana, atribuindo-lhes uma solenidade e uma “permissão divina” para as mensagens – estão sendo trazidas por espíritos “comprometidos” e “autorizados”, e que estes, tanto quanto os médiuns, são especiais e “diferentes” dos outros que, via de regra, se manifestam nas centenas de milhares de instituições espíritas de norte a sul do Brasil, e em várias partes do mundo em que há agremiações de espíritas que exercitam a comunicabilidade.

Ou seja, o chamado “movimento espírita” já “elegeu”, há muito tempo, seus médiuns e espíritos oficiais, embora alguns continuem “correndo por fora”, e amealhando adeptos, ainda que suas obras, francamente, sejam tudo, menos Espiritismo.

Sejam uma mistura “apimentada”, por vezes, entre os diversos sincretismos religiosos que grassam nesse maravilhoso, multicolorido, multifacetado e riquíssimo país do hemisfério sul.

Há, então, nestes livros “tidos como espíritas”, elementos de filosofias cristãs, esotéricas, orientais e um misto de elementos da própria formação étnico-cultural do povo brasileiro, dos índios, dos negros e dos europeus e suas crenças.

Esta “salada mista”

Tem sido entendida, pelos nutellas, como “atualizações do pensamento de Kardec”. Santo Deus! Por Erasto! Valha-me Espírito Verdade!

Os nutellas estão por aí, dando consultas, palestras, explicações em redes sociais ou escrevendo seus textos e livros. Nada há de mal, francamente, nisto, dentro dos princípios constitucionais e sociais da liberdade de pensamento e de comunicação.

O problema – GRAVE – está no incorporar, associar, conceituar tudo isto que aí está como “espírita”, quando deveria ser, apenas, “espiritualista”.

Felizmente, têm aparecido muitos espíritas-raiz.

Eles acabam se encontrando, seja nas próprias instituições das cidades brasileiras (e de algumas outras, em distintos países), ou, mais fortemente, nos grupos das redes sociais, com destaque para o Facebook.

Aproximam-se por afinidade, pelo estudo, pelo raciocínio lógico, pelo bom senso, pela negação das “adulterações”, dos “acréscimos”, das “leviandades” que são ditas e escritas “em nome” do Espiritismo, e consumidas por milhares ou milhões de pessoas que não conhecem os fundamentos, porque jamais estudaram a fundo Kardec ou exerceram aquilo que ele mais fez durante o tempo em que laborou PELO Espiritismo, qual seja o exercício metódico, sistemático e permanente de COMPARAÇÃO entre as mensagens mediúnicas e entre as afirmações, verbais ou escritas, de pensadores do seu tempo. E você, o que é? Está mais para um espírita-raiz? Ou será que você é um espírita-nutella? Conheça-te a ti mesmo e seja mais um a valorizar a condição de espírita-raiz, conquista de quem estuda e se interessa pelo Espiritismo real, e não por aquilo que “dizem ser” Doutrina Espírita.

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

PESTALOZZI E KARDEC - QUEM É MESTRE DE QUEM?¹

Por Dora Incontri (*) A relação de Pestalozzi com seu discípulo Rivail não está documentada, provavelmente por mais uma das conspirações do silêncio que pesquisadores e historiadores impõem aos praticantes da heresia espírita ou espiritualista. Digo isto, porque há 13 volumes de cartas de Pestalozzi a amigos, familiares, discípulos, reis, aristocratas, intelectuais da Europa inteira. Há um 14º volume, recentemente publicado, que são cartas de amigos a Pestalozzi. Em nenhum deles há uma única carta de Pestalozzi a Rivail ou vice-versa. Pestalozzi sonhava implantar seu método na França, a ponto de ter tido uma entrevista com o próprio Napoleão Bonaparte, que aliás se mostrou insensível aos seus planos. Escreveu em 1826 um pequeno folheto sobre suas ideias em francês. Seria quase impossível que não trocasse sequer um bilhete com Rivail, que se assinava seu discípulo e se esforçava por divulgar seu método em Paris. Pestalozzi, com seu caráter emotivo e amoroso, não era de ...

OS FILHOS DE BEZERRA DE MENEZES

                              As biografias escritas sobre Bezerra de Menezes apresentam lacunas em relação a sua vida familiar. Em quase duas décadas de pesquisas, rastreando as pegadas luminosas desse que é, indubitavelmente, a maior expressão do Espiritismo no Brasil do século XIX, obtivemos alguns documentos que nos permitem esclarecer um pouco mais esse enigma. Mais recentemente, com a ajuda do amigo Chrysógno Bezerra de Menezes, parente do Médico dos Pobres residente no Rio de Janeiro, do pesquisador Jorge Damas Martins e, particularmente, da querida amiga Lúcia Bezerra, sobrinha-bisneta de Bezerra, residente em Fortaleza, conseguimos montar a maior parte desse intricado quebra-cabeças, cujas informações compartilhamos neste mês em que relembramos os 180 anos de seu nascimento.             Bezerra casou-se...

DEUS¹

  No átimo do segundo em que Deus se revela, o coração escorrega no compasso saltando um tom acima de seu ritmo. Emociona-se o ser humano ao se saber seguro por Aquele que é maior e mais pleno. Entoa, então, um cântico de louvor e a oração musicada faz tremer a alma do crente que, sem muito esforço, sente Deus em si.

SOCIALISMO E ESPIRITISMO: Uma revista espírita

“O homem é livre na medida em que coloca seus atos em harmonia com as leis universais. Para reinar a ordem social, o Espiritismo, o Socialismo e o Cristianismo devem dar-se nas mãos; do Espiritismo pode nascer o Socialismo idealista.” ( Arthur Conan Doyle) Allan Kardec ao elaborar os princípios da unidade tinha em mente que os espíritas fossem capazes de tecer uma teia social espírita , de base morfológica e que daria suporte doutrinário para as Instituições operarem as transformações necessárias ao homem. A unidade de princípios calcada na filosofia social espírita daria a liga necessária à elasticidade e resistência aos laços que devem unir os espíritas no seio dos ideais do socialismo-cristão. A opção por um “espiritismo religioso” fundado pelo roustainguismo de Bezerra Menezes, através da Federação Espírita Brasileira, e do ranço católico de Luiz de Olympio Telles de Menezes, na Bahia, sufocou no Brasil o vetor socialista-cristão da Doutrina Espírita. Telles, ao ...

SOBRE ATALHOS E O CAMINHO NA CONSTRUÇÃO DE UM MUNDO JUSTO E FELIZ... (1)

  NOVA ARTICULISTA: Klycia Fontenele, é professora de jornalismo, escritora e integrante do Coletivo Girassóis, Fortaleza (CE) “Você me pergunta/aonde eu quero chegar/se há tantos caminhos na vida/e pouca esperança no ar/e até a gaivota que voa/já tem seu caminho no ar...”[Caminhos, Raul Seixas]   Quem vive relativamente tranquilo, mas tem o mínimo de sensibilidade, e olha o mundo ao redor para além do seu cercado se compadece diante das profundas desigualdades sociais que maltratam a alma e a carne de muita gente. E, se porventura, também tenha empatia, deseja no íntimo, e até imagina, uma sociedade que destrua a miséria e qualquer outra forma de opressão que macule nossa vida coletiva. Deseja, sonha e tenta construir esta transformação social que revolucionaria o mundo; que revolucionará o mundo!

ESPIRITISMO E POLÍTICA¹

  Coragem, coragem Se o que você quer é aquilo que pensa e faz Coragem, coragem Eu sei que você pode mais (Por quem os sinos dobram. Raul Seixas)                  A leitura superficial de uma obra tão vasta e densa como é a obra espírita, deixada por Allan Kardec, resulta, muitas vezes, em interpretações limitadas ou, até mesmo, equivocadas. É por isso que inicio fazendo um chamado, a todos os presentes, para que se debrucem sobre as obras que fundamentam a Doutrina Espírita, através de um estudo contínuo e sincero.

O AUTO-DE-FÉ E A REENCARNAÇÃO DO BISPO DE BARCELONA¹ (REPOSTAGEM)

“Espíritas de todos os países! Não esqueçais esta data: 9 de outubro de 1861; será marcada nos fastos do Espiritismo. Que ela seja para vós um dia de festa, e não de luto, porque é a garantia de vosso próximo triunfo!”  (Allan Kardec)             Por Jorge Luiz                  Cento e sessenta e três anos passados do Auto-de-Fé de Barcelona, um dos últimos atos do Santo Ofício, na Espanha.             O episódio culminou com a apreensão e queima de 300 volumes e brochuras sobre o Espiritismo - enviados por Allan Kardec ao livreiro Maurice Lachâtre - por ordem do bispo de Barcelona, D. Antonio Parlau y Termens, que assim sentenciou: “A Igreja católica é universal, e os livros, sendo contrários à fé católica, o governo não pode consentir que eles vão perverter a moral e a religião de outros países.” ...

É HORA DE ESPERANÇARMOS!

    Pé de mamão rompe concreto e brota em paredão de viaduto no DF (fonte g1)   Por Alexandre Júnior Precisamos realmente compreender o que significa este momento e o quanto é importante refletirmos sobre o resultado das urnas. Não é momento de desespero e sim de validarmos o esperançar! A História do Brasil é feita de invasão, colonização, escravização, exploração e morte. Seria ingenuidade nossa imaginarmos que este tipo de política não exerce influência na formação do nosso povo.

O ESPIRITISMO É PROGRESSISTA

  “O Espiritismo conduz precisamente ao fim que se propõe todos os homens de progresso. É, pois, impossível que, mesmo sem se conhecer, eles não se encontrem em certos pontos e que, quando se conhecerem, não se deem - a mão para marchar, na mesma rota ao encontro de seus inimigos comuns: os preconceitos sociais, a rotina, o fanatismo, a intolerância e a ignorância.”   Revista Espírita – junho de 1868, (Kardec, 2018), p.174   Viver o Espiritismo sem uma perspectiva social, seria desprezar aquilo que de mais rico e produtivo por ele nos é ofertado. As relações que a Doutrina Espírita estabelece com as questões sociais e as ciências humanas, nos faculta, nos muni de conhecimentos, condições e recursos para atravessarmos as nossas encarnações como Espíritos mais atuantes com o mundo social ao qual fazemos parte.

OS ESPÍRITAS E OS GASPARETTOS

“Não tenho a menor pretensão de falar para quem não quer me ouvir. Não vou perder meu tempo. Não vou dar pérolas aos porcos.” (Zíbia Gaspareto) “Às vezes estamos tão separados, ao ponto de uma autoridade religiosa, de um outro culto dizer: “Os espíritas do Brasil conseguiram um prodígio:   conseguiram ser inimigos íntimos.” ¹ (Chico Xavier )                            Li com interesse a reportagem publicada na revista Isto É , de 30 de maio de 2013, sobre a matéria de capa intitulada “O Império Espírita de Zíbia Gasparetto”. (leia matéria na íntegra)             A começar pelo título inapropriado já que a entrevistada confessou não ter religião e autodenominou-se ex-espírita , a matéria trouxe poucas novidades dos eventos anteriores. Afora o movimento financeiro e ...