Pular para o conteúdo principal

ERAS ESPERANÇOSAS! BRASIL - CORRUPÇÕES ANCESTRAIS E AS NOVAS GERAÇÕES








Nesses inquietantes tempos de desonra moral desabando sobre o povo brasileiro, em que políticos geram supostas manobras sorrateiras, dispondo rebaixar as atuais estruturas investigativas no âmbito policial e judicial, é urgente permanecermos em estado de vigília e oração ininterrupta em favor da paz social no Brasil.

Mas a despeito do preocupante cenário social, político e econômico, enxergamos um horizonte promissor de uma nova geração que vem surgindo em nosso país composta de executivos, professores, médicos, advogados, engenheiros, historiadores, delegados, procuradores e juízes, todos trabalhando com entusiasmo e intrepidez pela consagração da ética em nosso país. Isso nos pacifica sob a expectativa decisiva de transformação dos valores morais que tem manchado esta nação dilacerada pela corrupção destruidora.


Tal conjuntura nos envia ao último capítulo do livro A Gênese, de Allan Kardec. Aí arranjamos algumas adequações para fins de comparação com a realidade supra descrita. Vislumbramos uma nova geração de brasileiros, desenfaixados dos detritos do velho sistema corrupto. Observamos pessoas mais moralizadas e imbuídas de ideias e de sentimentos muito diferentes da velha geração que está sendo deportada para mundos afins. [1]

As sociedades se modificam, como já se transformaram noutras épocas, e cada transformação se distingue por uma crise moral. Contudo, nessas ebulições sociais, a fraternidade deve ser a pedra angular da nova ordem social. Mas inexiste fraternidade real sem o avanço moral. Somente o progresso moral pode fazer com que entre nós reinem a honestidade, a concórdia, a paz e a fraternidade.

A velha geração (daqueles atolados nas arapucas da corrupção) que está se despedindo (da Terra) levará consigo seus erros e estragos sociais; a geração que surge imprimirá à sociedade o progresso moral que assinalará a nova fase da evolução geral no Brasil e no mundo.

Essa fase já se revela atualmente no Brasil em razão do conjunto de práticas revolucionárias no combate à improbidade, à imoralidade, à falcatrua, através de efetivas e duras punições. Nesse contexto, os espíritas estamos sendo convocados para irradiar compreensão, amor e paz em favor dos cidadãos de bem, a fim de facilitar o movimento de regeneração em nosso Pais.

Grande é ainda o número dos ímprobos, que nada poderão contra a ética da nova geração que surge. Os desonestos irão desaparecer aos poucos, mas ainda defenderão palmo a palmo os seus obscuros interesses de poder e tramoias.

Não nos enganemos, haverá um embate moral inevitável, desigual da geração degradada e já envelhecida, a cair em frangalhos contra o futuro da nova geração de seres audazes e incorruptíveis. Hoje no Brasil vemos com clareza quem é quem nesse cenário.

Para que haja paz em nosso país, preciso é que somente a povoem espíritos bons, encarnados e desencarnados. É chegado o tempo das grandes debandadas dos que praticam o mal pelo mal. Serão excluídos para não ocasionarem perturbação e obstáculo ao progresso.

Após a desencarnação, muitos irão expiar em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas. A época atual é sem dúvida uma fase de transição. Confundem-se os personagens das duas gerações. Assistimos à partida de uma e à chegada da outra. Têm ideias e pontos de vista opostos as duas gerações que se sucedem, pela natureza das disposições morais, porém sobretudo das disposições intuitivas e inatas, cabendo à nova geração fundar a era do progresso moral.

Essa nova geração se distingue pela coragem, inteligência e talentos precoces; tem sentimento inato da honestidade. Já os corrompidos ainda trazem a maldade, a malícia, a mentira. Em face disso, têm de ser expurgados porque são incompatíveis com o império da honradez, da fraternidade, e porque o contacto com eles (os corruptos e corruptores) constituirá sempre um sofrimento para os bons.

Quando o Brasil se achar livre dos desmoralizados, os homens de bem caminharão sem óbices para o futuro melhor. Opera-se presentemente um desses movimentos gerais dos tempos que chegaram, destinados a realizar uma higienização e remodelação moral da sociedade brasileira.


Referência bibliográfica:
[1]            Kardec, Allan. A Gênese, cap. 18, RJ: Ed. FEB, 1977

Comentários

  1. É preciso que se entenda que essa nova geração falada por Allan Kardec, em A Gênese, não é composta de Espíritos Superiores, infalíveis, mas apenas "predispostos a assimilar todas as ideias progressistas e aptos a secundarem o movimento regenerador." Portanto, alguns podem sim falir, considerando o que serão essas "ideias progressistas". Alguns sucumbirão à "mosca azul" da vaidade, outros, cumprirão os seus desideratos.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

PESTALOZZI E KARDEC - QUEM É MESTRE DE QUEM?¹

Por Dora Incontri (*) A relação de Pestalozzi com seu discípulo Rivail não está documentada, provavelmente por mais uma das conspirações do silêncio que pesquisadores e historiadores impõem aos praticantes da heresia espírita ou espiritualista. Digo isto, porque há 13 volumes de cartas de Pestalozzi a amigos, familiares, discípulos, reis, aristocratas, intelectuais da Europa inteira. Há um 14º volume, recentemente publicado, que são cartas de amigos a Pestalozzi. Em nenhum deles há uma única carta de Pestalozzi a Rivail ou vice-versa. Pestalozzi sonhava implantar seu método na França, a ponto de ter tido uma entrevista com o próprio Napoleão Bonaparte, que aliás se mostrou insensível aos seus planos. Escreveu em 1826 um pequeno folheto sobre suas ideias em francês. Seria quase impossível que não trocasse sequer um bilhete com Rivail, que se assinava seu discípulo e se esforçava por divulgar seu método em Paris. Pestalozzi, com seu caráter emotivo e amoroso, não era de ...

OS FILHOS DE BEZERRA DE MENEZES

                              As biografias escritas sobre Bezerra de Menezes apresentam lacunas em relação a sua vida familiar. Em quase duas décadas de pesquisas, rastreando as pegadas luminosas desse que é, indubitavelmente, a maior expressão do Espiritismo no Brasil do século XIX, obtivemos alguns documentos que nos permitem esclarecer um pouco mais esse enigma. Mais recentemente, com a ajuda do amigo Chrysógno Bezerra de Menezes, parente do Médico dos Pobres residente no Rio de Janeiro, do pesquisador Jorge Damas Martins e, particularmente, da querida amiga Lúcia Bezerra, sobrinha-bisneta de Bezerra, residente em Fortaleza, conseguimos montar a maior parte desse intricado quebra-cabeças, cujas informações compartilhamos neste mês em que relembramos os 180 anos de seu nascimento.             Bezerra casou-se...

ALLAN KARDEC, O DRUIDA REENCARNADO

Das reencarnações atribuídas ao Espírito Hipollyte Léon Denizard Rivail, a mais reconhecida é a de ter sido um sacerdote druida chamado Allan Kardec. A prova irrefutável dessa realidade é a adoção desse nome, como pseudônimo, utilizado por Rivail para autenticar as obras espíritas, objeto de suas pesquisas. Os registros acerca dessa encarnação estão na magnífica obra “O Livro dos Espíritos e sua Tradição História e Lendária” do Dr. Canuto de Abreu, obra que não deve faltar na estante do espírita que deseja bem conhecer o Espiritismo.