Por Roberto Caldas (*)

Essa
obra simplesmente radiografa em linguagem direta toda a realidade que lança ao
pó todo o receio que foi construído pela ignorância dos séculos e utilizado
pelas religiões para manter fiéis cativos. O seu conteúdo é transformador
porque retira a morte do seu patamar de escuridão e destrona a figura de
Satanás da majestade a que fora alçado na tentativa de manter a humanidade
subjugada ao medo.
Grande
holofote da razão que subjuga crendices e dogmas, O Céu e o Inferno redesenha
com texto de boa degustação literária a continuidade da vida depois da morte,
numa época em que poucos eram capazes de compreender tal dimensão. Desfere
golpes destruidores à crença que defende o nada depois de findada a existência
e amplia os horizontes da imortalidade àqueles que já admitem a continuidade
sem contanto terem a menor ideia de como isso acontece. Ensaio teórico de Allan
Kardec que se mistura ao testemunho real de dezenas de personalidades que
relatam as suas experiências depois de adentrarem ao mundo espiritual, essa
obra mostra a verdadeira face da habitação dos seres incorpóreos e põe um ponto
final em qualquer elucubração que alimente a suposta destinação para regiões
que ficaram denominadas de céu e inferno e foram a causa de tormentos insanos
por muitos séculos aos crentes de várias filiações religiosas.
Quão
restauradora do ânimo pode ser uma informação que nos dispõe capaz de dirigir
os próprios passos diante daquele que antes do advento do Espiritismo foi o
maior dos enigmas humanos, a morte. Senão, vejamos o que nos traz o livro O Céu
e o Inferno em seu capítulo I da segunda parte (O Passamento) “O estado do Espírito por ocasião da morte
pode ser assim resumido: Tanto maior é o sofrimento, quanto mais lento for o
desprendimento do perispírito; a presteza deste desprendimento está na razão
direta do adiantamento moral do Espírito; para o Espírito desmaterializado, de
consciência pura, a morte é qual um sono breve, isento de agonia, e cujo despertar
é suavíssimo”. (o destaque é meu).
Sintamo-nos
convidados a dar um passeio pelo O Céu e o Inferno. Provavelmente voltaremos
desse passeio com uma visão mais ampla a respeito da Justiça de Deus operando
em nossas vidas, subtraídos do medo da morte e responsabilizados pelas
consequências dos nossos atos diante dos fatos da vida, pela absoluta convicção
de que as nossas atitudes são reveladoras das condições que haveremos de
encontrar no mundo espiritual quando chegada a nossa hora de deixar o corpo físico.
A
morte por inexorável é uma reveladora realidade divina, pois Deus nos alimenta
e nutre sempre, logo tem que se constituir numa excelente oportunidade de
renovação. O que sempre foi um temor se transforma em bênção, essa a mensagem
de O Céu e o Inferno, por Allan Kardec.
¹ editorial do programa Antena Espírita de 16.08.2015.
(*) escritor, editorialista do programa Antena e voluntário do C.E. Grão de Mostarda.
Caro amigo Roberto,
ResponderExcluirTivéssemos mil homenagens à obra O Céu e o Inferno de Allan Kardec, ainda seriam diminutas ante à sua grandeza.
Parabéns pela abordagem!