segunda-feira, 13 de setembro de 2021

ANTENA ESPÍRITA 15 ANOS – TAPETE VERMELHO À VALORIZAÇÃO DA MULHER

 


            A complexidade do gênero sexual se expressa na condição fenotípica que caracteriza o corpo. Fora do corpo a valoração do sexo se encontra muito além da questão de natureza genotípica. Dizem os Espíritos que o sexo, como o entendemos, se encontra apenas na escultura física (LE – q. 200) e que ao reencarnar a admissão de assumir o gênero sexual é de menor importância do que a natureza da prova que se tenha decidido enfrentar (LE – q. 202).

            Infelizmente o desenrolar das civilizações trouxe consigo um senso de brutalidade que impediu por muito tempo a valorização dos espíritos encarnados no gênero feminino. Houve época em que sequer era discutível se havia alma em seus corpos, simplesmente era negado. Na metade do século XIX, quando a Doutrina Espírita surgiu, o predomínio masculino impedia a aceitação da mulher na sociedade, em parte pela ideia de fraqueza que lhe imputavam, uma vez que os postos de serviço exigissem a força física admitida apenas no homem.

            Ainda assim, o Espiritismo exibe uma filosofia invulgar de igualdade de gêneros, ferozmente confrontada pelo preconceito carregado de machismo e misoginia, cujos tentáculos eram muito mais poderosos em relação àquele que ainda testemunhamos nos dias atuais.

            Allan Kardec assim se expressa na Revista Espírita de janeiro de 1866, no texto ‘As Mulheres têm alma?’:” Com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; já não é uma concessão da força à fraqueza, mas um direito fundado nas próprias leis da Natureza. Dando a conhecer essas leis, o Espiritismo abre a era da emancipação legal da mulher, como abre a da igualdade e da fraternidade”.

            Moderna e renovadora a Doutrina Espírita brada aos quatro cantos do mundo a importância e a essencialidade do papel da mulher no mundo assinalando que uma sociedade que se anteponha a essa realidade simplesmente rasteja na barbárie.

            O Movimento Espírita, contemplando a histórica participação das mulheres no contexto que envolveu a missão de Jesus, há de reconhecer a necessidade crescente de abrir as suas fileiras para o aproveitamento da inteligência criativa e a força de trabalho da mulher.

            O Programa Antena Espírita, em continuidade aos festejos de 15 anos no ar, ao trazer em sua comemoração a discussão de vultos femininos que fizeram a diferença na produção, reflexão e divulgação do Espiritismo na esteira do tempo, abre espaço para o esclarecimento acerca da visão absolutamente justa e harmônica quanto à participação da mulher e sua importante contribuição à sociedade e ao Movimento Espírita.

            Trazendo a palavra abalizada de Aline Sousa, pedagoga, professora universitária, doutora em Educação, espírita e mulher, Antena Espírita se regozija de fazer tremular bem alto a bandeira de uma nova era, propalada por Allan Kardec, ensejando ao mundo a adoção da energia do feminino para agregar-se à energia do masculino e transformar a Terra num plano de respeito mútuo e consolidar a solidariedade entre as pessoas.   

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