Pular para o conteúdo principal

LIVROS, LIVROS, LIVROS À MANCHEIA!

 

          Era uma vez, na história de todos nós, o livro. Aparentemente, apenas um conglomerado de folhas de papel simplesmente. Misterioso instrumento que trazia caracteres que os nossos olhos não conseguiam compreender. E ele nos alfabetizou ensinando a descobrir desde o “A” de abelha até o “Z” de zebra, a mágica da leitura e com isso a descoberta do mundo. Na condição de provedor de ideias, das simples às complexas, o livro aparece na base da evolução humana, como um mensageiro que fomenta o progresso.

            A importância do livro na formação e qualificação da pessoa é tão essencial que a sua disseminação é dramaticamente exigida nos empreendimentos que pretendam uma escalada de conquistas superiores em qualquer campo da evolução humana, enquanto as empreitadas que intentam destruição e controle ditatorial propagandeiam a sua destruição, seja pela queima ou censura. A síntese é que a presença do livro na rotina dos dias é capaz de gerar grupamentos humanos capacitados na solução dos seus problemas. Difícil encontrar alguém a quem falte a referência de uma obra que catapultou a sua existência.  

            Múltiplo em suas informações, derivadas do campo em que se aplica e da densidade da mente que o criou, o livro é uma das mais completas ferramentas para a transformação da humanidade e a sua leitura se constitui numa das atividades responsáveis pela manutenção da saúde do cérebro. Rico na produção de conhecimentos guarda a potência de nos fazer viajar muito além do espaço físico limitado e destampa o mundo em todas as dimensões: poética, científica, espiritual, artística, lúdica, histórica. Revela toda a grandiosidade da vida. Terá sido o encanto por todas as possibilidades que desperta que terá levado o grande poeta Castro Alves (Salvador - 14/03/1847 a 06/07/1861) que em sua obra Espumas Flutuantes (1870) a fazer uma confissão de amor: Oh! Bendito o que semeia/Livros à mão cheia/E manda o povo pensar! /O livro caindo n’alma/É germe – que faz a palma/É chuva que faz o mar!

            Muito antes de aportar nos estudos e debates que levariam ao advento do Espiritismo, Hippolyte Léon, se notabilizara pela sua capacidade de ler, aprender e produzir livros que se tornaram importantes veículos na transformação da educação na França. Pela sua formação intelectual não poderia ser diferente, agora que descobrira verdades espirituais capazes de educar num nível muito mais amplo, a educação do Espírito. Adotando o pseudônimo da Allan Kardec, de pronto se dispôs a nos deixar o legado da Codificação Espírita, cujo laboratório de criação – A Revista Espírita - completa o arcabouço de obras que descortinaram um dos mais importantes caminhos, senão o mais importante, que esclarece a humanidade quanto à grandiosidade do Universo, a Vida Imortal, a Transcendência humana, a Mecânica de Deus.

            Sem dúvidas, o livro enobrece a vida e presta grande contributo para a evolução humana, auxiliando no debate, na renovação dos pensamentos, no progresso experimentado pela civilização. Convém que o elejamos como companheiro de nossas horas. Quanto ao livro espírita, notadamente aqueles da lavra de Allan Kardec, aprenda a tê-lo como um emissário de luzes espirituais, tenha-o e presenteie aos amigos. Permita que a mensagem iluminativa da Doutrina Espírita alcance a maior divulgação possível, cumprindo a sua missão de esclarecer e orientar os caminhos da humanidade em busca da vida plena.    

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PESTALOZZI E KARDEC - QUEM É MESTRE DE QUEM?¹

Por Dora Incontri (*) A relação de Pestalozzi com seu discípulo Rivail não está documentada, provavelmente por mais uma das conspirações do silêncio que pesquisadores e historiadores impõem aos praticantes da heresia espírita ou espiritualista. Digo isto, porque há 13 volumes de cartas de Pestalozzi a amigos, familiares, discípulos, reis, aristocratas, intelectuais da Europa inteira. Há um 14º volume, recentemente publicado, que são cartas de amigos a Pestalozzi. Em nenhum deles há uma única carta de Pestalozzi a Rivail ou vice-versa. Pestalozzi sonhava implantar seu método na França, a ponto de ter tido uma entrevista com o próprio Napoleão Bonaparte, que aliás se mostrou insensível aos seus planos. Escreveu em 1826 um pequeno folheto sobre suas ideias em francês. Seria quase impossível que não trocasse sequer um bilhete com Rivail, que se assinava seu discípulo e se esforçava por divulgar seu método em Paris. Pestalozzi, com seu caráter emotivo e amoroso, não era de ...

OS FILHOS DE BEZERRA DE MENEZES

                              As biografias escritas sobre Bezerra de Menezes apresentam lacunas em relação a sua vida familiar. Em quase duas décadas de pesquisas, rastreando as pegadas luminosas desse que é, indubitavelmente, a maior expressão do Espiritismo no Brasil do século XIX, obtivemos alguns documentos que nos permitem esclarecer um pouco mais esse enigma. Mais recentemente, com a ajuda do amigo Chrysógno Bezerra de Menezes, parente do Médico dos Pobres residente no Rio de Janeiro, do pesquisador Jorge Damas Martins e, particularmente, da querida amiga Lúcia Bezerra, sobrinha-bisneta de Bezerra, residente em Fortaleza, conseguimos montar a maior parte desse intricado quebra-cabeças, cujas informações compartilhamos neste mês em que relembramos os 180 anos de seu nascimento.             Bezerra casou-se...

ALLAN KARDEC, O DRUIDA REENCARNADO

Das reencarnações atribuídas ao Espírito Hipollyte Léon Denizard Rivail, a mais reconhecida é a de ter sido um sacerdote druida chamado Allan Kardec. A prova irrefutável dessa realidade é a adoção desse nome, como pseudônimo, utilizado por Rivail para autenticar as obras espíritas, objeto de suas pesquisas. Os registros acerca dessa encarnação estão na magnífica obra “O Livro dos Espíritos e sua Tradição História e Lendária” do Dr. Canuto de Abreu, obra que não deve faltar na estante do espírita que deseja bem conhecer o Espiritismo.