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REENCARNAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO (PARTE III)



 


Meu prezado leitor e amigo, continuaremos nesta edição com nossos estudos sobre a reencarnação no Novo Testamento.

Falaremos sobre uma grande advertência seguida de uma promessa de esperança feita por Jesus. Ela se encontra no capítulo 5 do Evangelho de João:

Não vos admireis com isto: vem a hora em que todos os que repousam nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão. Os que tiverem feito o bem para uma ressurreição de vida e os que tiverem praticado o mal para uma ressurreição de julgamento (João 5:28 e 29). Bíblia de Jerusalém.

 
Estes dois versículos têm sido apresentados com traduções curiosas diferentes e contraditórias, com um conceito completamente estranho ao que se encontra na mensagem que Jesus desejava nos passar através deles. Confira em alguns evangelhos em português e constate o que estamos lhe informando.

Ao contrário do muito que se tem divulgado, nestes versículos, Jesus apresenta a certeza das inúmeras chances que Deus nos oferece para repararmos os erros por nós cometidos. Em resumo: Existem chances para todos os que erram.

Jesus nos fala destas oportunidades dadas por Deus, através das diversas existências que podemos receber, até atingirmos o despertar na VIDA com Ele, ou a Ressurreição final. É impossível se atingir a “Ressurreição Final” em uma só existência. Este é o conceito de todas as religiões que professam as múltiplas existências, princípio divino que Kardec nomeou de “Reencarnação”.

É natural, para os que não aceitam a reencarnação, não acreditarem e nem se esforçarem para aprofundar o entendimento do verdadeiro significado destes versículos. Outros ainda existem que não querem nem ouvir falar em mudar o seu conceito religioso, ou a sua fé; no entanto, o lógico é que este comportamento não muda a verdade nem o projeto de Deus.

Não é pelo fato de alguém não acreditar na reencarnação que Deus a retira do seu projeto divino. Por isto, não custa nada a você, caro leitor, acompanhar o que lhe apresentaremos a seguir e tirar suas conclusões.

Você tem realmente certeza de que Deus não dá uma segunda chance ou oportunidade aos seus filhos? Onde ficaria a Sua Misericórdia e o Seu AMOR, se Ele agisse assim?

Você acha que uma só existência é suficiente para progredirmos, aperfeiçoarmo-nos e conseguirmos chegar a Deus? E os que morrem na tenra infância? E as diferenças sociais, culturais e pessoais entre os homens? Como se explicaria a Justiça divina diante de tudo isso sem as múltiplas existências? Como esclarecer os contrastes culturais, morais e sociais? E por que nos Evangelhos e no Apocalipse (20:5 e 6) é apresentada a existência de duas Ressurreições? Como pode existir uma segunda ressurreição sem mais uma reencarnação? Ressurreições como frutos de OBRAS e não de FÉ.

O que demonstraremos a seguir é a confirmação da misericórdia divina apresentada por Jesus como conforto e consolo diante das nossas imperfeições.

Em nossas pesquisas e análises nos três idiomas básicos e originais dos evangelhos, não encontramos nenhuma condenação eterna para aquele que erra. Graças a Deus fiquei muito feliz e por isso quero levar a minha alegria e esperança até você.

Confira o texto nos três idiomas, hebraico, grego e latim e reflita sobre as nossas pesquisas.

Do texto Hebraico – temos:

“Não vos admireis com isto: Porque eis que vem uma hora em que todos os que dormem nos sepulcros ouvirão a sua voz e subirão ou despertarão; os que tiverem feito o bem despertarão para vida e os que tiverem praticado o mal despertarão para um julgamento”.

Vejamos agora ao que diz o texto grego:

TEXTO GREGO DE NESTLE-ALAND – João 5:28 e 29.

“Não vos admireis disto: Porque vem uma hora na qual todos os que dormem nos túmulos ouvirão a voz dele e sairão. Os que tiverem feito as coisas boas para uma ressurreição de vida e os que fizeram coisas ruins para uma ressurreição de juízo ou julgamento.

O texto da Vulgata latina, de São Jerônimo, afirma:

Não queirais olhar (ver, mirar, maravilhar-se, admirar) isto, porque vem uma hora na qual todos, os quais nos túmulos estão, ouvirão a voz dele (a sua voz).

E sairão (aparecerão, sairão para fora) os que fizeram coisas boas, (em latim: bona) para a ressurreição da vida, e os que de fato fizeram coisas más, (em latim: mala) para a ressurreição do juízo ou julgamento.

Como podemos observar, existem muitas semelhanças entre os três textos traduzidos dos idiomas originais. A questão é analisar o porquê do mau entendimento em sua análise e interpretação.

Destes três textos traduzidos, a primeira conclusão a se tirar é que existem, para os que chegam ao mundo espiritual, duas situações distintas: os que praticaram o bem, que terão um despertar para a “Vida” – aqui, entendido como vida eterna. Uma vida com Deus. A colheita de todo o bem praticado, mediante este despertar, entra na plenitude da vida eterna, a essência de Deus. Estes não necessitam mais voltar à vida física ou reencarnar. Já os que praticaram o mal (veja Apocalipse 20:12), recebem o julgamento, realizado segundo as nossas obras no “Livro da Vida”. Também o Apocalipse 20:14 está de acordo com esse julgamento. O lago de fogo representa a depuração a que devemos nos submeter através dos processos das reencarnações.

Está claro, ainda, que a participação na primeira ressurreição depende das nossas atitudes, das nossas obras, do bem que tivermos praticado e não da nossa “FÉ”. A Fé serve como o grande suporte para nossas atitudes no bem, mas segundo Jesus, neste versículo, não é ela (A FÉ) que conta, mas as obras, ou seja, o BEM que foi feito. Mesmo porque a palavra FÉ, em seu conceito original, hebraico – EMUNÁ – significa exercício ou prática do bem. Não tem simplesmente o significado de crença como entende a maioria dos cristãos. É Tiago quem nos fala que a Fé sem obras é morta. Veja também o comentário de Jesus em Mateus (11:19) “...Mas a sabedoria foi justificada pelas suas obras.”

O julgamento para os que praticaram o mal é um julgamento muito incompreendido pela maioria dos teólogos e tradutores.

A palavra chave e mais importante destes dois versículos é a última palavra que o hebraico chama deלָקוּם לַדִּין׃ - lakum ladin = despertar para um julgamento. O grego chama ἀνάστασιν κρίσεως = anástassin kríseos = uma ressurreição de juízo. E o latim de São Jerônimo, de resurrectionem iudicii= uma ressurreição de juízo.

Em todos os textos analisados, nos três idiomas, existe um “despertar” para JULGAMENTO, e não uma CONDENAÇÃO e muito menos eterna.

A condenação não é condição predefinida para quem é julgado, este poderá ser absolvido ou condenado. Entendemos este julgamento como um balanço sobre o que fizemos em nossa última existência. Jesus coloca este julgamento com base em nossas obras, boas ou más. Por isso é que existem duas ressurreições e Jesus, como realizador destas, dá sempre uma nova oportunidade aos que não atingiram a ressurreição da vida.

Lembre-se de que Jesus diz que seu jugo é suave e seu fardo, leve. Mt.11:30. Por que então muitos tradutores fazem opção pela palavra CONDENAÇÃO no final do versículo 29, uma palavra que não existe nos textos originais, como vimos nos textos expostos e traduzidos?

A inexistência da palavra CONDENAÇÃO ETERNA nestes textos, no original, não me surpreendeu, pois sempre acreditei na misericórdia divina.

Alguns exemplos a seguir servirão para esclarecer o que estamos afirmando.

Analisando as diversas traduções em português, encontramos situações interessantes. A Bíblia de estudos pentecostais, tradução de João Ferreira de Almeida, edição de 1995, traz, como tradução final do versículo 29, a palavra CONDENAÇÃO.

O mesmo ocorre com os tradutores da Bíblia Viva, Editora Mundo Cristão, 11ª edição de 1999. Os tradutores da Bíblia, Editora “Ave Maria”, bíblia católica, 35ª edição, 1982, também usam o termo “Condenação”. Interessante é o fato de que alguns tradutores que usam a tradução Almeida como referência, colocam em uma tradução a palavra “Julgamento” e, na outra, “Condenação”. Realmente não dá para entender. A Bíblia de Estudo Almeida (1999), editora Mundo Cristão, por exemplo, utiliza a palavra Juízo ou Julgamento.

O Novo Testamento Interlinear Grego-Português, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, (2007), realiza um trabalho de tradução do Grego e coloca, lado a lado, a tradução de João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada, e do outro, a tradução do Novo Testamento na Linguagem de hoje. Neste Versículo 29 do Evangelho de João, os tradutores colocam lado a lado as duas traduções em português, uma falando de “Juízo” e a outra, de “Condenação”.

Em tudo isto, para que possamos entender realmente o que se encontra no versículo, é necessário que, além de buscarmos o verdadeiro significado nos textos originais, devemos entender e aceitar que existe uma misericórdia divina, e não uma condenação sem nenhuma chance para os seus filhos. Este julgamento é o balanço e o despertar das consciências para o arrependimento.

Temos um exemplo prático dado por Jesus na parábola do “Rico” e “Lázaro” em Lucas 16:20-31. O rico despertou, e vendo a nova realidade se arrependeu a tal ponto, que até queria vir avisar aos seus familiares para que não caíssem na mesma situação que ele. Como é que um homem que estava, segundo alguns, “condenado eternamente”, como aquele “Rico” na parábola, e que como se tem divulgado, para ele não havia mais saída e, mesmo assim, aquele homem tomou uma atitude de preocupação e amor com relação à sua família...? A pergunta que cabe aqui é a seguinte: aquele homem que estava perdido PARA SEMPRE teve preocupação com os SEUS e será que Deus não tem nenhuma misericórdia, nem preocupação com relação a nós, SEUS FILHOS?

Neste despertar, conseguiremos o direito de recomeçar de onde erramos. É um despertar para uma avaliação do que foi feito em nossa existência física. E como nos informa Jesus, esta avaliação é feita segundo as nossas obras. Os que ainda não atingiram a perfeição serão encaminhados após o julgamento, para uma vida de reconciliação e pagamentos. Estes entrarão numa nova existência na carne (reencarnação) para receberem a tarefa do ressarcimento e reconciliação com os seus desafetos após o julgamento.

Veja que, em Mateus 5:25, ele nos aconselha: “Apressa-te em pagar o que deves ao teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que ele te entregue ao juiz e o juiz ao guarda e assim sejas lançado na prisão”. (A prisão vem após o julgamento, para os que fizeram o mal, nela se paga o que se deve). E acrescenta Jesus: “Em verdade te digo: dali não subirás, enquanto não pagares o último ceitil”.

Em tudo isto fica claro que existe uma justiça divina aplicada sobre todos os nossos atos. E que pagando as nossas dívidas estaremos livres.

A segunda ressurreição representa a SUA misericórdia divina dando oportunidades aos que falharam. Por meio de reencarnações sucessivas, teremos a oportunidade de finalmente chegarmos à perfeição e assim atingirmos finalmente a ressurreição de VIDA com Deus sem mais a necessidade de outras encarnações.

Que bom descobrirmos que Deus é Misericordioso, Justo e Bom.

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