Pular para o conteúdo principal

DIVULGAÇÃO ESPÍRITA: DESPERTEMO-NOS!



“Divulgar o Espiritismo por todos os meios e modos dignos ao alcance, é tarefa prioritária”. (Espírito Bezerra de Menezes)

 Por Alkíndar de Oliveira (*)


Percebe-se de forma clara, que começam a surgir no meio espírita, expressivo número de dirigentes e trabalhadores que abriram os olhos à importância premente da divulgação espírita além-paredes. Por exemplo, em Fortaleza-CE já se tornou tradição o TEATRO TRANSCENDENTAL, que é um evento anual aberto ao público, produzido por espíritas e dirigido com alta qualidade técnica e artística. Em eventos como este, subliminarmente – e também diretamente - os princípios espíritas são divulgados aos não-espíritas. No mesmo estado (será que é porque Bezerra de Menezes e outros ilustres espíritas nasceram por lá?), anualmente no jornal de maior circulação do Estado é lançado um suplemento com muitas páginas (em 2007, 16 páginas!) com o tema Semana de Chico Xavier! No estado da Paraíba, fato semelhante também ocorre.

Mas no estado em que resido (São Paulo) o mais rico do país, não vemos suplementos ou colunas espíritas nos jornais de maior circulação!!!

Disse o espírito Marcelo Ribeiro (pelas mãos de Divaldo Franco): “O Espiritismo é o antídoto eficiente e rápido para os males que grassam, na Terra, derruindo o materialismo e promovendo a vida”. Esta afirmação nos alerta que a divulgação dos princípios espíritas é um dos focos mais urgentes de nossa seara, como também reforça o amável irmão e mestre Bezerra de Menezes na introdução deste texto.

Se começa a surgir um número expressivo de seareiros abraçando a tarefa de divulgar o Espiritismo a quem não o conhece, por outro lado ainda é muito maior o número de dirigentes e trabalhadores que não têm esta visão. Lembro-me quando um amigo espírita alertou-me dizendo que “nós espíritas estamos falando para nós mesmos”. Este comentário me fez abrir os olhos - pela primeira vez – a esta realidade! O fato é que fazemos palestras para espíritas, congressos para espíritas, eventos para espíritas. Em contrapartida, Kardec deixa claro que, além do objetivo essencial do espiritismo (que é o nosso desenvolvimento espiritual) ele – o Espiritismo – veio para propiciar as bases para uma nova sociedade. O desafio é: como formaremos uma nova sociedade se continuarmos falando para nós mesmos?

Você sabia, caro leitor, que nos Estados Unidos - um país não-espírita - são proferidas mais palestras sobre reencarnação abertas ao público do que no Brasil, que é o maior país espírita do mundo? Será que não nos está faltando ousadia para quebrarmos os limites físicos dos nossos Centros Espíritas e levarmos a mensagem espírita além-paredes?

Na ausência de nossa atuação eficaz na divulgação espírita aos não-espíritas, a espiritualidade toma a iniciativa de fazer sua parte. Por exemplo: induz não-espíritas a produzirem sérias reportagens em revistas de grande circulação como ÉPOCA e ISTO É; a produzirem novelas com cunho espírita no canal de maior audiência do país (TV Globo); a produzirem filmes sobre temas espíritas, com sucesso mundial, vindos do país com maior capacidade técnica e diretiva de filmagens (os Estados Unidos). A espiritualidade está atuando. E nós, o que estamos fazendo em relação à divulgação aos não-espíritas?

a) Allan Kardec nos orienta a fazermos publicidade nos jornais mais divulgados!
“Uma publicidade, numa larga escala, feita nos jornais mais divulgados, levaria ao mundo inteiro, e até aos lugares mais recuados, o conhecimento das idéias espíritas, faria nascer o desejo de aprofundá-los, e, multiplicando os adeptos, imporia silêncio aos detratores que logo deveriam ceder diante do ascendente da opinião”. Allan Kardec – Projeto 1868 – Obras Póstumas

Questionemo-nos: ESTAMOS FAZENDO PUBLICIDADE DO ESPIRITISMO NOS JORNAIS MAIS DIVULGADOS?
Você sabia que na cidade do Rio de Janeiro, nas últimas décadas do século XIX, o havia uma coluna semanal espírita no jornal de maior circulação do país? O jornal chamava-se “O País” (seria a Folha de São Paulo de hoje) e o autor dos textos tinha o nome de Bezerra de Menezes.
A triste realidade de hoje é que o feito de Bezerra de Menezes não está se repetindo. Não temos mais colunas espíritas periódicas no jornal de maior circulação do país.
Imaginemos o que ocorrerá quando o Espiritismo ter uma divulgação/publicidade periódica de 2 minutos na Rede Globo de Televisão? Ou quando tivermos uma página nas revistas semanais de maior circulação explicando “o que é” e “o que não é” o Espiritismo? Imaginemos ainda o que ocorrerá quando tivermos um programa espírita em canal aberto de TV?

b) Cairbar Schutel divulgava o Espiritismo/no local de maior circulação pública de sua cidade!
“Vi Cairbar Schutel de relance: eu vinha do agreste com minha querida mãe e o trem se deteve em Matão. Era o trem da noite que havíamos tomado com destino a Minas Gerais. Eu era uma criança de grupo escolar e vi quando aquele homem de traje impecável, de brim, porte esbelto, com um maço de jornais debaixo do braço, ia colocando um exemplar em cada banco vazio. Curioso, tomei um deles. Era O Clarim. Mais tarde, através de fotografia tomei conhecimento de que o homem era Cairbar Schutel. Soube tempos depois que ele os esperava para distribuir a boa semente aos viajores fatigados que se destinavam às excursões mais distantes de São Paulo”. Wallace Leal Rodrigues – livro O Bandeirante do Espiritismo, Editora O Clarim – Eduardo Carvalho Monteiro e Wilson Garcia.

Questionemo-nos: ESTAMOS DIVULGANDO O ESPÍRITISMO NOS LOCAIS DE MAIOR CIRCULAÇÃO DE NOSSA CIDADE?
c) Marcelo Ribeiro (espírito) esclarece: Espiritismo, não é lícito impô-lo, nem justo deixar de apresentá-lo.
“O Espiritismo é um tesouro de alto valor que tem a missão de produzir lucros de amor e juros de paz. Ocultá-lo, sem o promover entre as criaturas, é o mesmo que enterrar uma fortuna, que assim perde a finalidade para a qual existe. Retê-lo, constitui crime de avareza, considerando-se a fonte de luz de que padecem as criaturas. (...) O Espiritismo é o antídoto eficiente e rápido para os males que grassam, na Terra, derruindo o materialismo e promovendo a vida. Difundi-lo, a rigor, é tarefa de quantos se identificam com as suas lições e nele encontram satisfação de viver. Não é lícito impô-lo, nem justo deixar de apresentá-lo”. Marcelo Ribeiro, psicografia de Divaldo Franco, livro Terapêutica de Emergência

Questionemo-nos: ESTAMOS SENDO JUSTOS, NÃO DIVULGANDO O ESPIRITISMO AOS NÃO-ESPÍRITAS?
d) Eurípedes Barsanulfo sugere levarmos suas palavras a toda a parte!
“Que vocês levem a nossa palavra a toda a parte. Aqueles que possam fazê-lo, transmitam-na através dos meios de comunicação. Precisamos contagiar nosso movimento com estas forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso país a crescer e caminhar no rumo do progresso”. Eurípedes Barsanulfo – artigo Mensagem de Esperança – psicografia de Suely Caldas Schubert

Questionemo-nos: ESTAMOS LEVANDO AS PALAVRAS DE EURÍPEDES A TODA A PARTE?
e) Herculano Pires nos mostra o tanto que temos a caminhar!
“Se os espíritas soubessem o que é o Centro Espírita, quais são realmente sua função e a sua significação, o Espiritismo seria hoje o mais importante movimento espiritual e cultural da Terra”.

Questionemo-nos: ESTAMOS FAZENDO NOSSA PARTE PARA QUE O ESPIRITISMO SEJA O MAIS IMPORTANTE MOVIMENTO ESPIRITUAL E CULTURAL DA TERRA?
f) André Luiz no orienta a divulgarmos o Espiritismo em cada programa de rádio e televisão!
Divulgar, em cada programa de rádio e televisão, ou programas outros de expansão doutrinária, conceitos e páginas das obras fundamentais do Espiritismo. A base é indispensável para qualquer edificação”. André Luiz – Livro Conduta Espírita, psicografia de Chico Xavier.

Questionemo-nos: ESTAMOS DIVULGANDO O ESPIRITISMO EM CADA PROGRAMA DE RÁDIO E TELEVISÃO?
g) Vianna de Carvalho (espírito) nos induz a deixarmos de ser indiferentes em relação à divulgação espírita.
“Na hora da informática, com os seus valiosos recursos, o espírita não se pode marginalizar, sob pretexto pueris, em que disfarça a timidez, o desamor à causa ou a indiferença pela divulgação”. Vianna de Carvalho – livro Reflexões Espíritas, psicografia de Divaldo Franco.

Questionemo-nos: ESTAMOS SENDO TÍMIDOS OU INDIFERENTES EM RELAÇÃO À IMPORTÂNCIA DA DIVULGAÇÃO AOS NÃO-ESPÍRITAS?
h) Allan Kardec nos orienta a popularizarmos o Espiritismo.
“Dois elementos devem concorrer para o progresso do Espiritismo; estes são: o estabelecimento teórico da Doutrina e os meios para popularizá-la”. Allan Kardec – Projeto 1868 – Obras Póstumas

Questionemo-nos: ESTAMOS UTILIZANDO-NOS DOS MEIOS ADEQUADOS PARA POPULARIZAR O ESPIRITISMO?
Diz Allan Kardec no capítulo XVIII do livro “A Gênese”: “Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude de suas vistas, pela generalidade das questões que abrange, o Espiritismo é mais apto, do que qualquer outra doutrina a secundar o movimento de regeneração”. Se o Espiritismo é, como diz Kardec, a Doutrina “mais apta a secundar o movimento de regeneração” (que se avizinha), será que devemos manter apenas conosco – seguidores do Espiritismo – este vastíssimo conhecimento que a Doutrina Espírita proporciona? Será que estamos exercendo a caridade que Emmanuel proclama: “O Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade de sua própria divulgação”? (livro “Estude e Viva”, psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, FEB).

Uma importante observação:
A divulgação do Espiritismo aos não-espíritas não pode ter o objetivo de convertê-los à nossa Doutrina. Alguém já disse que “O Espiritismo não será a religião do futuro, mas, o futuro das religiões”. O que equivale a dizer que as pessoas não precisam ser espíritas, mas todas devem ter conhecimento dos postulados espíritas, pois são leis naturais. Daí a importância da necessária, da premente e urgente, divulgação!

(*) É consultor de empresas, conferencista e professor de comunicação verbal, criador do método Auto-Estima em Alta. Fundador da Escola de Líderes, de Oratória e de Vendas, ministra aulas e seminários

Comentários

  1. Creio que na medida do possível, estou fazendo minha parte! Precisamos divulgar! Muito Obrigado!!!

    ResponderExcluir
  2. Hoje em dia ainda existe muito preconceito com a divulgaçao da doutrina espírita, em vista do que era no passado estamos bem melhor mais ainda falta muito para melhorar...

    ResponderExcluir
  3. Excelente artigo! Parabens!
    Hoje, 01/12/2012, iremos aa cidade de Mauriti, a 500 Km da capital Fortaleza, Cearah, para batermos um papo, com aqueles que tem "ouvidos de ouvir" sobre o tema: "O FIM DO MUNDO", que estah sendo veiculado pelos mais diversos meios de comunições, inclusive, através da internet.
    Eh um trabalho de "formiguinha" ou de "beija-flor", como queiram, eh progresso, como diz, Emmanuel: "se progredires um milimetro por dia, eh progresso"

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu Camilo!
      Parabéns pela iniciativa! Vamos aos "gentios"!
      Divulgue o blog aí no Cariri.
      Abração!

      Excluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

PESTALOZZI E KARDEC - QUEM É MESTRE DE QUEM?¹

Por Dora Incontri (*) A relação de Pestalozzi com seu discípulo Rivail não está documentada, provavelmente por mais uma das conspirações do silêncio que pesquisadores e historiadores impõem aos praticantes da heresia espírita ou espiritualista. Digo isto, porque há 13 volumes de cartas de Pestalozzi a amigos, familiares, discípulos, reis, aristocratas, intelectuais da Europa inteira. Há um 14º volume, recentemente publicado, que são cartas de amigos a Pestalozzi. Em nenhum deles há uma única carta de Pestalozzi a Rivail ou vice-versa. Pestalozzi sonhava implantar seu método na França, a ponto de ter tido uma entrevista com o próprio Napoleão Bonaparte, que aliás se mostrou insensível aos seus planos. Escreveu em 1826 um pequeno folheto sobre suas ideias em francês. Seria quase impossível que não trocasse sequer um bilhete com Rivail, que se assinava seu discípulo e se esforçava por divulgar seu método em Paris. Pestalozzi, com seu caráter emotivo e amoroso, não era de ...

OS FILHOS DE BEZERRA DE MENEZES

                              As biografias escritas sobre Bezerra de Menezes apresentam lacunas em relação a sua vida familiar. Em quase duas décadas de pesquisas, rastreando as pegadas luminosas desse que é, indubitavelmente, a maior expressão do Espiritismo no Brasil do século XIX, obtivemos alguns documentos que nos permitem esclarecer um pouco mais esse enigma. Mais recentemente, com a ajuda do amigo Chrysógno Bezerra de Menezes, parente do Médico dos Pobres residente no Rio de Janeiro, do pesquisador Jorge Damas Martins e, particularmente, da querida amiga Lúcia Bezerra, sobrinha-bisneta de Bezerra, residente em Fortaleza, conseguimos montar a maior parte desse intricado quebra-cabeças, cujas informações compartilhamos neste mês em que relembramos os 180 anos de seu nascimento.             Bezerra casou-se...

DIA DA ESPOSA DO PASTOR: PAUTA PARASITA GANHA FORÇA NO BRASIL

     Imagens da internet Por Ana Cláudia Laurindo O Dia da Esposa do Pastor tem como data própria o primeiro domingo de março. No contexto global se justifica como resultado do que chamam Igreja Perseguida, uma alusão aos missionários evangélicos que encontram resistência em países que já possuem suas tradições de fé, mas em nome da expansão evangélico/cristã estas igrejas insistem em se firmar.  No Brasil, a situação é bem distinta. Por aqui, o que fazia parte de uma narrativa e ação das próprias igrejas vai ocupando lugares em casas legislativas e ganhando sanções dentro do poder executivo, como o que aconteceu recentemente no estado do Pará. Um deputado do partido Republicanos e representante da bancada evangélica (algo que jamais deveria ser nominado com naturalidade, sendo o Brasil um país laico (ainda) propôs um projeto de lei que foi aprovado na Assembleia Legislativa e quando sancionado pelo governador Helder Barbalho, no início deste mês, se tornou a lei...

OS ESPÍRITAS E O CENSO DE 2022

  Por Jorge Luiz   O Desafio da Queda de Números e a Reticência Institucional do Espiritismo no Brasil Alguns espíritas têm ponderado sobre o encolhimento do número de declarados espíritas no Brasil, conforme o Censo de 2022, com abordagens diversas – desde análises francas até tentativas de minimizar o problema. O fato é que, até o momento, as federativas estaduais e a Federação Espírita Brasileira (FEB) não se manifestaram com o propósito de promover um amplo debate sobre o tema em conjunto com as casas espíritas. Essa ausência das federativas no debate não chega a ser surpreendente e é uma clara demonstração da dinâmica do movimento espírita brasileiro (MEB). As federativas, na realidade, tornaram-se instituições de relacionamento público-social do movimento espírita.

CONFLITOS E PROGRESSO

    Por Marcelo Henrique Os conflitos estão sediados em dois quadrantes da marcha progressiva (moral e intelectual), pois há seres que se destacam intelectualmente, tornando-se líderes de sociedades, mas não as conduzem com a elevação dos sentimentos. Então quando dados grupos são vencedores em dadas disputas, seu objetivo é o da aniquilação (física ou pela restrição de liberdades ou a expressão de pensamento) dos que se lhes opõem.

JUSTIÇA COM CHEIRO DE VINGANÇA

  Por Roberto Caldas Há contrastes tão aberrantes no comportamento humano e nas práticas aceitas pela sociedade, e se não aceitas pelo menos suportadas, que permitem se cogite o grau de lucidez com que se orquestram o avanço da inteligência e as pautas éticas e morais que movem as leis norteadoras da convivência social.  

O CERNE DA QUESTÃO DOS SOFRIMENTOS FUTUROS

      Por Wilson Garcia Com o advento da concepção da autonomia moral e livre-arbítrio dos indivíduos, a questão das dores e provas futuras encontra uma nova noção, de acordo com o que se convencionou chamar justiça divina. ***   Inicialmente. O pior das discussões sobre os fundamentos do Espiritismo se dá quando nos afastamos do ponto central ou, tão prejudicial quanto, sequer alcançamos esse ponto, ou seja, permanecemos na periferia dos fatos, casos e acontecimentos justificadores. As discussões costumam, normalmente e para mal dos pecados, se desviarem do foco e alcançar um estágio tal de distanciamento que fica impossível um retorno. Em grande parte das vezes, o acirramento dos ânimos se faz inevitável.

A FÉ COMO CONTRAVENÇÃO

  Por Jorge Luiz               Quem não já ouviu a expressão “fazer uma fezinha”? A expressão já faz parte do vocabulário do brasileiro em todos os rincões. A sua história é simbiótica à história do “jogo do bicho” que surgiu a partir de uma brincadeira criada em 1892, pelo barão João Batista Viana Drummond, fundador do zoológico do Rio de Janeiro. No início, o zoológico não era muito popular, então o jogo surgiu para incentivar as visitas e evitar que o estabelecimento fechasse as portas. O “incentivo” promovido pelo zoológico deu certo, mas não da maneira que o barão imaginava. Em 1894, já era possível comprar vários bilhetes – motivando o surgimento do bicheiro, que os vendia pela cidade. Assim, o sorteio virou jogo de azar. No ano seguinte, o jogo foi proibido, mas aí já tinha virado febre. Até hoje o “jogo do bicho” é ilegal e considerado contravenção penal.

O AUTO-DE-FÉ E A REENCARNAÇÃO DO BISPO DE BARCELONA¹ (REPOSTAGEM)

“Espíritas de todos os países! Não esqueçais esta data: 9 de outubro de 1861; será marcada nos fastos do Espiritismo. Que ela seja para vós um dia de festa, e não de luto, porque é a garantia de vosso próximo triunfo!”  (Allan Kardec)             Por Jorge Luiz                  Cento e sessenta e três anos passados do Auto-de-Fé de Barcelona, um dos últimos atos do Santo Ofício, na Espanha.             O episódio culminou com a apreensão e queima de 300 volumes e brochuras sobre o Espiritismo - enviados por Allan Kardec ao livreiro Maurice Lachâtre - por ordem do bispo de Barcelona, D. Antonio Parlau y Termens, que assim sentenciou: “A Igreja católica é universal, e os livros, sendo contrários à fé católica, o governo não pode consentir que eles vão perverter a moral e a religião de outros países.” ...

TRÍPLICE ASPECTO: "O TRIÂNGULO DE EMMANUEL"

                Um dos primeiros conceitos que o profitente à fé espírita aprende é o tríplice aspecto do Espiritismo – ciência, filosofia e religião.             Esse conceito não se irá encontrar em nenhuma obra da codificação espírita. O conceito, na realidade, foi ditado pelo Espírito Emannuel, psicografia de Francisco C. Xavier e está na obra Fonte de Paz, em uma mensagem intitulada Sublime Triângulo, que assim se inicia: