Pular para o conteúdo principal

TEMPO DE CRISE








Quando surgem as crises – sejam de qualquer origem – o impositivo é de serenidade. Afinal, são nas crises que nos opomos uns aos outros.
 A renovação que necessitamos não é obra de um dia ou de décadas, pois a conquista da sublimação exige variadas matérias de domínio pessoal. Um dos significados da palavra sublimação é engrandecer.  Sim, podemos entender dessa forma, engrandecer a vida humana, valorizar, exaltar as vivências. Por outro lado, se pensarmos bem na expressão matérias de domínio pessoal veremos a abrangência do quanto precisamos fazer para domarmos nossos ímpetos agressivos ou egoístas, nossas tendências de arrogância e vaidade, de prepotência ou de imposição e veremos o quanto precisamos na área do domínio pessoal. O mais grave é que agimos ao contrário: queremos dominar os outros...

 Muitas vezes somos competentes na profissão, mas apegados. Em outras situações, somos abnegados, mas nos complicamos na afeição possessiva. Em determinados momentos, somos generosos, mas nos deixamos envaidecer ou nos perdemos na arrogância, na prepotência e mesmo na imposição...

 Quanto ainda por fazer!!! O progresso é mesmo muito lento até que surjam as épocas de exame ou avaliação que comprovem as aquisições. Isso tudo faz refletir.

 Se nos propomos a vencer, nas lições que a vida apresenta, é preciso usar a compreensão que se apoie no raciocínio e exercitar o amor uns aos outros.  Esta atitude de amor e compreensão vai encontrar as variadas expressões de opção da vida humana. Uns preferem o poder econômico e parecem agredir; outros querem a independência sem dever e enveredam em caminhos que resultarão em aprendizados amargos. Outro ilude-se e distancia-se da dignidade; outros ainda aceitam as sugestões dos tóxicos. É preciso mesmo muita paciência diante de opções e decisões nem sempre equilibradas e muitas vezes marcadas pelo orgulho e pelo egoísmo. E essas opções ou decisões partem de pais, filhos, cônjuges, irmãos, amigos, parentes...

 Por isso, quem já possua equilíbrio, que ajude ao desorientado. Quem raciocine com segurança, ampare o que se afastou do bom-senso. Quem disponha de qualquer luz, que clareie o caminho os que jazem na escuridão dos vícios ou dos condicionamentos perniciosos. E, claro, se estamos de pé, socorramos os caídos, porque tempo de crise é tempo de teste e somente se honra com a distinção desejada, quem procura esquecer-se para compreender e auxiliar os demais. Afinal, somos todos irmãos uns dos outros e as sábias leis de Deus nunca se modificam.

Comentários

  1. O Orson esteve recentemente em Fortaleza - 16 e 17/09 -, participando do 25º ENESE, com que travamos contato e tivemos dele o consentimento em ser colaborador desse espaço espírita.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

PESTALOZZI E KARDEC - QUEM É MESTRE DE QUEM?¹

Por Dora Incontri (*) A relação de Pestalozzi com seu discípulo Rivail não está documentada, provavelmente por mais uma das conspirações do silêncio que pesquisadores e historiadores impõem aos praticantes da heresia espírita ou espiritualista. Digo isto, porque há 13 volumes de cartas de Pestalozzi a amigos, familiares, discípulos, reis, aristocratas, intelectuais da Europa inteira. Há um 14º volume, recentemente publicado, que são cartas de amigos a Pestalozzi. Em nenhum deles há uma única carta de Pestalozzi a Rivail ou vice-versa. Pestalozzi sonhava implantar seu método na França, a ponto de ter tido uma entrevista com o próprio Napoleão Bonaparte, que aliás se mostrou insensível aos seus planos. Escreveu em 1826 um pequeno folheto sobre suas ideias em francês. Seria quase impossível que não trocasse sequer um bilhete com Rivail, que se assinava seu discípulo e se esforçava por divulgar seu método em Paris. Pestalozzi, com seu caráter emotivo e amoroso, não era de ...

OS FILHOS DE BEZERRA DE MENEZES

                              As biografias escritas sobre Bezerra de Menezes apresentam lacunas em relação a sua vida familiar. Em quase duas décadas de pesquisas, rastreando as pegadas luminosas desse que é, indubitavelmente, a maior expressão do Espiritismo no Brasil do século XIX, obtivemos alguns documentos que nos permitem esclarecer um pouco mais esse enigma. Mais recentemente, com a ajuda do amigo Chrysógno Bezerra de Menezes, parente do Médico dos Pobres residente no Rio de Janeiro, do pesquisador Jorge Damas Martins e, particularmente, da querida amiga Lúcia Bezerra, sobrinha-bisneta de Bezerra, residente em Fortaleza, conseguimos montar a maior parte desse intricado quebra-cabeças, cujas informações compartilhamos neste mês em que relembramos os 180 anos de seu nascimento.             Bezerra casou-se...

ALLAN KARDEC, O DRUIDA REENCARNADO

Das reencarnações atribuídas ao Espírito Hipollyte Léon Denizard Rivail, a mais reconhecida é a de ter sido um sacerdote druida chamado Allan Kardec. A prova irrefutável dessa realidade é a adoção desse nome, como pseudônimo, utilizado por Rivail para autenticar as obras espíritas, objeto de suas pesquisas. Os registros acerca dessa encarnação estão na magnífica obra “O Livro dos Espíritos e sua Tradição História e Lendária” do Dr. Canuto de Abreu, obra que não deve faltar na estante do espírita que deseja bem conhecer o Espiritismo.