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O NATAL DE JESUS PARA OS ESPÍRITAS ¹






Jesus é, para os espíritas, a luz maior a nos guiar no mundo. A maior prova disso é a pergunta feita por Allan Kardec aos espíritos reveladores, no Livro dos Espíritos na questão 625: “Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e modelo?”. Os espíritos responderam simplesmente: “Vede Jesus”.

Jesus fez da sua vida a maior obra de educação que a humanidade teve a oportunidade de nutrir-se.

O eminente espírita paulista e escritor de inumeráveis obras espíritas, professor José Herculano Pires, afirma em seu livro “O Infinito e o Finito”:


“Os grandes mestres já trazem a vocação de ensinar ao nascer. E por isso costumam ensinar desde cedo. Jesus, ainda menino, quando os outros estão aprendendo, ensinava aos doutores do Templo em Jerusalém. Fatos semelhantes ocorreram com muitas criaturas geniais em todo o mundo. Mas não há registro positivo de alguém que fizesse de toda a sua vida, desde o ato de nascer até a morte, uma didaxis contínua, uma lição incessante. Este é um dos fatos que destacam o Mestre Supremo entre todos os mestres, que caracterizam o Gênio dos gênios.”

Ao nascer, trouxe aos homens o conhecimento da lei maior, a lei do amor, sentimento existente no íntimo de todos e cume do desenvolvimento intelectual e moral de todos. Seus ensinos brilham no mundo tal qual farol gigantesco indicando o verdadeiro caminho para a paz e para a felicidade.

E assim o foi durante toda a sua trajetória, até ser assassinado no madeiro infame, por aqueles que não conseguiram entender a sua mensagem de amor e paz.

A simplicidade com que viveu Jesus, desde seu nascimento na manjedoura até o seu retorno ao Pai da vida, nos demonstra que não necessitamos das riquezas terrenas para a conquista da felicidade plena. Mas de um modo de viver no bem, indispensável para angariar os tesouros do amor em relação a Deus e ao nosso próximo.

Fernando Bezerra, Vice-Presidente Instituto de Cultura Espírita do Ceará - ICE
¹ publicado originalmente na coluna opinião do jornal "O Povo", de 24.12.2016

Comentários

  1. Bom ter a colaboração do confrade Fernando Bezerra neste espaço. Que venham tantos outros, que serão bem-vindos.

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