segunda-feira, 28 de abril de 2014

REENCARNAÇÃO E RENOVAÇÃO ESPIRITUAL



“Importa-vos saber: Aquele que não nascer da água
e do espírito, não entrará no Reino dos Céus”.
(Jesus de Nazaré in João, 03: 05)



Jesus de Nazaré usa a metáfora do “Reino dos Céus” para falar da felicidade futura assegurada por Deus a todas as Suas criaturas. Os seus coevos e contemporâneos não estavam dotados dos conhecimentos necessários para a compreensão daquele estado e, por esse motivo, foi necessário utilizar-se desse recurso didático.
Ainda hoje, a despeito de todo o progresso intelectual da Humanidade, ainda se tem grande dificuldade para apreender-lhe o significado, sendo expectado, mais pela fé que pela razão, como um lugar e/ou um estado indefinido e aguardado para o futuro.
O Mestre dos Mestres, no entanto, assegura-nos que o “Reino de Deus” é construído de dentro para fora da criatura humana e não de forma inversa: “O Reino de Deus está dentro de vós”.

A Providência Divina, que revela o amor e a misericórdia de Deus por todos nós (posto que somos todos seus filhos), patrocina-nos aquela edificação, conferindo-nos os elementos indispensáveis ao seu desenvolvimento. Em primeiro lugar, dota-nos, já por ocasião do seu ato criativo, dos potenciais de virtude que nos caracterizam como Espíritos perfectíveis, “criados à imagem e semelhança de Deus”. Além disso, insere-nos em seu Projeto Pedagógico, criando-nos uma escola apropriada (o planeta Terra) e nela matriculando-nos com todo o material didático requerido, através da reencarnação. O corpo físico, o fardamento; os livros, nas lições daqueles ditos sagrados; e as provas das vivências e experiências do cotidiano.
Como se pode entender do ensinamento evangélico em epígrafe, a construção do “Reino dos Céus” é tarefa pessoal e intransferível de cada um, a partir da ação e do aprendizado conferidos pelas experiências palingenésicas e as múltiplas oportunidades e experiências fomentadoras do florescimento daquelas sementes de virtudes, das quais a mais excelente é o amor.
O Reino dos Céus é, em verdade um estado d’alma, um estado de consciência adquirido pelo esforço e pelo bom aproveitamento de todo o manancial oferecido à nossa potencialidade perfectível, através das provas e lições das múltiplas existências, dos relacionamentos com o mundo e com as criaturas que nos são irmãs.
É, pois, imprescindível “nascer da água”, ou seja, reencarnar (a vida biológica tem origem na água) e “nascer do espírito”, quer dizer, renovar-se espiritualmente, para alcançar aquele desiderato de felicidade.
A consciência dessa necessidade urge em ser alcançada, a partir do esforço de cada um por bem e melhor aproveitar as dádivas recebidas e, assim, de lição em lição, plantar ações de amor e de paz na construção do Reino de Amor e de Paz, o “Reino dos Céus” na Terra.

O Espiritismo nos permite o ampliar dessas planícies que nos conclamam a caminhada e nos abre vislumbres infinitos dos horizontes à frente e ao alto, ao iluminar-nos com o conhecimento das nossas responsabilidades e ao enriquecer-nos com a interpretação dos Evangelhos do Mestre Galileu, “em espírito e verdade”.


Um comentário:

  1. Parabéns pelo texto Cajazeiras!
    Com amor desejo que nós consigamos construir o Reino do Céus dentro do nosso íntimo.

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