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SINAL VERDE





Por Paulo Eduardo (*)


Verde. Amarelo. Vermelho. Pare. Leia. Medite. Saia agora. Aproveite o sinal verde. É a passagem para o colorido da vida. Emitir forças retirando-as do pensamento voltado para o bem. Precisamos urgentemente atravessar as estradas do mundo. Sinal verde para a existência descomplicada. Ousar o tráfego por entre as regras do trânsito livre, na certeza de encontrar os sinais de luz convencionais para clarear sem sombras a própria vida. Vamos seguir adiante nos limites da velocidade da lei de causa e efeito. Na verdade temos pressa para chegar aos domínios da paz tão necessária à elevação dos sentimentos. Aproveitar o sinal verde para o progresso das ideias em busca da consciência tranquila. Escrevemos para leitores de jornal e nossa linguagem tem de ser direta à sua sensibilidade. Hoje estamos aproveitando para falar mais da lua e das estrelas, das luzes e mistérios que nos cercam. Esperar a compreensão do leitor exatamente para fugir da triste rotina das tragédias. Nossa tentativa de escrever sobre o bem querendo transitar por um oásis de paz. Por que tanta filosofia subjetiva quando somos acoçados pela violência das ruas, numa crua realidade do dia a dia? Sinal verde sim para dar passagem à harmonia. Estamos precisando de calma, muita calma, a fim de asserenar ímpetos. Urge sair incólumes dessa onda abusiva de terror. Somos seres humanos da criação e podemos caminhar sem medos improdutivos desde que saibamos respeitar nossos sinais interiores. O trânsito interno das nossas ideias tem tudo para movimentar a comunicação dentro dos padrões de escrever construindo, edificando o ambiente de paz. 

(*) jornalista e integrante da equipe do programa Antena Espírita.


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