Vamos juntos!...Seja por onde for...
Seja serena, ou árdua a caminhada,
Importará a vida entusiasmada...
E as brisas do céu serão a favor!
Vamos juntos!...Seja por onde for...
Seja serena, ou árdua a caminhada,
Importará a vida entusiasmada...
E as brisas do céu serão a favor!
Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará.
Andai prudentemente, não como néscios e, sim, como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual é a vontade do Senhor. (Epístola aos Efésios, 5:14-17)
Considerando o tempo como o grande tesouro que Deus nos oferece em favor de nossa evolução, onde estivermos poderemos adquirir valiosos patrimônios de experiência e conhecimento, virtude e sabedoria, se não deixarmos que se escoem os minutos, as horas, os dias, os anos, mergulhados no sonambulismo que caracteriza tanta gente, que dorme o sono da indiferença, sob o embalo da ilusão.
Existe um ponto que reúne o melhor de mim nesta curta jornada pelas estradas pedagógicas da vivência espírita: a mesa mediúnica!
Lembro como agora da primeira participação, e como aquilo mudou minha percepção de mundo, com um sentimento de vastidão insondada para tão distante de todos os conceitos construídos pelos setores formais aos quais me ligava.
Há extremos nas atitudes que adotamos na vida em sociedade, que os espíritas e cristãos em geral, deveriam evitar. Aliás, como bem diziam tanto Buda como Aristóteles, a virtude está no caminho do meio.
É fato que o mundo em que vivemos ainda é um mundo de grandes sofrimentos e se há sofrimentos é porque há aqueles que fazem sofrer e porque nós mesmos estamos enredados em complexos de dor. As guerras, o domínio dos que exploram, as injustiças em todos os níveis, a violência contra crianças e mulheres, os abusos, a fome diante de uma civilização de fartura, em que países inteiros apresentam índices de obesidade e toneladas de comida são inutilizadas, para não “desequilibrar o mercado”… poderia preencher páginas e páginas com as mazelas do mundo. Chocamo-nos com elas todos os dias.
Sinta, chega o tempo de enxugar o pranto dos homens.
Se fazendo irmão e estendendo a mão...
Venha, já é hora de acender a chama da vida
e fazer a Terra inteira feliz!
(A Paz. Homenagem a Paulinho/Roupa Nova)
É bem comum, a cada final de ano, pensarmos sobre o ano que finda e projetarmos expectativas, sonhos e planos para o ano vindouro. Fazer isso é bom! Afinal, pensar sobre o que fizemos, avaliar o que houve de bom e o que precisa ser melhorado pode nos ajudar a depurar nossas ações, para tentarmos ser melhores e, consequentemente, fazer um ano melhor. Santo Agostinho nos ensinou esse exame de consciência. Toda noite, ele passava o dia a limpo, observando seus atos e pensando a melhor maneira de corrigir seus erros e chegar mais perto de Deus.
Neste final de ano diferenciado pela pandemia do coronavírus muitas famílias reinventaram a forma de celebrar a festa cristã que tradicionalmente reúne parentes e amigos em gostosas reuniões. Mas em 2020 apenas os incautos resolveram aglomerar, pois distanciamento social é a medida mais segura enquanto não estivermos vacinados.
As pessoas vivem numa corrida frenética e imediatista, ou melhor, viviam. Esse último ano impôs uma velocidade diferente. Todos os conceitos precisaram ser repensados, assim como as práticas, essas com maior intensidade. Depois de tantos anos de hegemonia nos meses de dezembro, a figura do papai Noel deixou de ser a mais representativa, apesar de esforços intentarem descolar o Natal verdadeiro sentido, o simbólico nascimento de Jesus.
1 - Por que o Natal converteu-se nessa gastança e comilança que nada tem a ver com Jesus?
É uma velha tendência. Alimentando interesses imediatistas, sob inspiração da superficialidade, o homem sempre transforma o sagrado em profano.
Há quase dez anos participo de reunião mediúnica semanal que já foi apresentada nesse blog como Grupo de Mediunidade Pedagógica. O grupo tem como finalidade desenvolver a mediunidade, sem hierarquia de funções entre o grupo e com atividades de desenvolvimento mediúnico, inclusive com jovens e adolescentes.
No diálogo com o doutor Nicodemos, o Mestre de Nazaré foi muito objetivo quando disse: “Necessário vos é nascer de novo”. (1) Não obstante a lógica da reencarnação, ainda hoje, pastores e “bispos” evangélicos (ou protestantes), o clero católico, os reverendos anglicanos, líderes da igreja ortodoxa, teólogos “independentes” e outros teólogos recusam a Pluralidade das existências, fundamentados principalmente no “versículo 27 inserto no capítulo 9, constante na intrigante epístola conferida a Paulo, dirigida aos hebreus que narra: “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo”. (2) Pronto!… Caso encerrado. Está definitivamente decretada a “morte” da reencarnação entre os homens.
Natal de 2020. Quisera ter braços e presença para abraçar todos os que amo, os amigos próximos e distantes e mesmo os supostos adversários. Pois somos todos humanos, frágeis, nesse barco terrestre, em meio a tempestades, nevoeiros e zonas de incerteza e obscuridade.
Esse momento vivenciado pela humanidade está longe de ser a primeira vez em que o mundo se vê numa arapuca. A diferença conceitual entre o problema atual e outros também graves é exatamente a universalidade da extensão, associada à vulnerabilidade da exposição. Apesar de haver determinadas condições que comprovam o risco muito maior para as camadas de vulneráveis sociais que se conta em bilhões, planeta afora, não há qualquer pessoa que se possa dizer isenta de ser abordada pela inoportuna visita microscópica.
Alguns brasileiros acreditam que a pandemia do coronavírus é uma espécie de benção sadomasoquista em benefício da humanidade, e como este perfil de gente costuma apresentar fortes tendências ao bolsonarismo, também pode figurar entre os reprodutores de misticismos vacinais e outras falácias.
A fonte “Q”
A fonte "Q" é definida como o material "comum" encontrado em Mateus e Lucas, mas não no Evangelho de Marcos. Este texto antigo supostamente continha a logia ou várias palavras e sermões de Jesus. Seu conteúdo abrange 225 versículos encontrados nos Evangelhos de Mateus e de Lucas, mas se admite que parte de seu texto não foi aproveitada naqueles Evangelhos Canônicos, sendo portanto desconhecida. (grifos nossos)
Cristianismo e social-democracia
A conclusão da
introdução escrita por Friedrich Engels (1820-1895), empresário industrial e
teórico revolucionário prussiano, que junto com Karl
Marx (1818-1883) revolucionário
socialista, nascido na Prússia,:fundaram o chamado socialismo científico ou marxismo, para a nova edição de As lutas de classes na França de
1848 a 1850, assim explicita:
O Papa Francisco, em conferência internacional franciscana, proferiu a seguinte afirmação: “a tradição cristã nunca reconheceu como absoluto e intocável o direito à propriedade”. E arrematou: “o direito de propriedade é um direito natural secundário, derivante do direito que todos têm que nasce da destinação universal dos bens criados”. As afirmativas ditas à época do cristianismo primitivo não teriam nada de revolucionárias, como hoje se pode imaginar o alvoroço que causou ao mundo secular.
Quando uma obra vem à lume, a sensação indescritível de alegria invade nossos corações! Mas além desta reação pessoal, íntima, sentimos necessidade de partilhar o escrito com outras pessoas que também apreciem a linha de análise feita, desdobrando o prazer da leitura em reforço ao senso de criticidade que eleva nossos espíritos resistentes.
Conta Platão (428-348 a.C.), em seu Protágoras, que gregos famosos, que ele situa como os sete sábios da Grécia, reuniram-se no templo de Apolo, em Delfos, no século VI a.C.
Eram Tales de Mileto, Pítacos de Mitilene, Bias de Priene, Sólon, Cleóbulo de Lindos, Mison de Khene e Chilon.
Após intensos debates fizeram gravar duas inscrições numa das paredes do templo. A primeira é bastante conhecida, sempre lembrada quando se cogita da edificação de uma vida melhor:
RÁDIO CIDADE AM 860 - TODOS OS SÁBADOS DE 13:30 AS 14;30H |
É possível lembrar, com se fosse hoje, a primeira hora em que adentramos o estúdio da Radio Cidade AM 860. Com raras exceções ali se encontravam pessoas que já haviam frequentado aquele ambiente outras vezes, mas aquele dia havia uma emoção diferente. Ninguém ali estava na qualidade de convidado como sempre ocorrera. Estava em nossas mãos o compromisso de utilizar um microfone para fazer viajar a mensagem da Doutrina Espírita muito além das quatro paredes que nos guardavam naquele domingo, dia 06/09/2006. Naquele dia, sob a coordenação de Jean Rodrigues – Mario Kaúla, Marcus Vinicius, Fernando Cunha, Paulo Eduardo, Francisco Castro, Rosi Caldas, Rute Barrocas e Roberto Caldas – faziam a primeira de tantas e muitas orações, o abre-alas de uma parceria entre dois mundos.
É muito gratificante recebermos notícias sobre jovens infratores que aproveitam as oportunidades que as instituições de ressocialização lhes oferecem, ingressando, alguns poucos, na universidade, com direito inclusive a bolsas de estudos integrais. Nesse aspecto, sabemos que cada ser recebe da vida segundo seus esforços e méritos.
Não tenho sido enfática com as febres desse tempo que para lutar pelo conjunto tem proposto mais separação, e como vejo esse florescer impensado de guetificação das lutas sociais ganhar maior termo, com rugir espantoso – em silêncio me afasto para os terrenos da irmandade chamada Pátria Grande, latinoamérica irmã em desditas e forte na mesma luta.
No dia em que enterrei o corpo do meu filho eu me despedi agradecendo àquele espírito desligado do corpo traumático por cima das cicatrizes que a experiência terrena lhe impôs à alma, por ter sido meu professor de Direitos Humanos!
Sua saga dolorosa me imunizou o olhar das ilusões tirânicas! Porque como mãe a dor de acompanhar foi inenarrável! E como gente eu aprendi de modo intensivo como estes Direitos precisam ser defendidos, conquistados a cada dia, mantidos e preservados, pois o abutre que mora no poder instiga a tirania sobre corpos e mentes como alavancas que determinam rumos.
O assunto é pesado, mas não podemos nos omitir em tecer algumas reflexões em torno de um episódio ocorrido na Federação Espírita do Estado de São Paulo (07/2017). Chequei a informação em diversas fontes, antes escrever esse texto. Resumindo, para quem não soube ou não leu nas redes sociais, um companheiro espírita, Claudio Arouca, ficou desaparecido mais de 48 horas e a última notícia que se tinha dele era de que ele estava na FEESP. A família, depois de algumas horas do desaparecimento, desesperada, procurou a instituição e, pelo que narraram, não foi acolhida, não lhe foram fornecidas as gravações das câmeras e ninguém procurou pelo desaparecido. Apenas 48 horas depois, receberam da própria FEESP um telefonema dizendo que o corpo tinha sido encontrado no banheiro. Mas nem assim, foram melhor tratados. Não puderam ter acesso imediato ao familiar que havia morrido de um enfarte, porque estava havendo uma festa na Federação.
Os jornais noticiam a todo o momento a necessidade do ato verdadeiramente cristão da doação de sangue, desde que os hospitais, principalmente os de emergência carecem do precioso líquido imprescindível à vida. Infelizmente, a ação doadora que deveria ser rotineira passou a ser exceção. Por quê? Como explicar sob o ponto de vista espiritual, precisa a comunicação constante da mídia, convocando a população para se engajar na prática grandiosa da doação? Por que o descaso e a inércia diante do sofrimento alheio?
Marcos, 12:41-44 - Lucas, 21:1-4
No Pátio das Mulheres, no templo, em Jerusalém, havia as treze arcas do tesouro, com o formato de chifre de carneiro, onde os judeus depositavam suas contribuições. Fazia parte do culto. Indeclinável dever.
Há uma narrativa que conta da existência de uma tribo africana de um costume muito peculiar e especial. Toda mulher que engravida é levada pelas outras até um espaço sagrado e lá, em conjunto, criam uma música que irá acompanhar por toda a vida a criança que se encontra em gestação. Será cantada nos rituais de passagem, em todas as oportunidades felizes e mais adequadamente nos momentos de crise e dor, inclusive nas homenagens funerais. A canção serve de bússola para que cada integrante da tribo permaneça atento a sua origem e à sacralidade das relações com os demais. Diante de um cometimento infeliz a pessoa é convidada ao centro de uma roda e escuta a sua melodia numa viagem de volta a si.
Há uma doença que infesta todas as manifestações religiosas e tradições espirituais do planeta: o farisaísmo. Até Jesus se indignou com isso. As pessoas aderem a uma proposta espiritual e aspiram rapidamente à santidade. E se apresentam como tal.
Imagem da internet |
Anne Leitrim, uma inglesa de 70 anos de idade, residia sozinha em Bournemouth, no sul da Inglaterra, e foi encontrada morta no quarto do seu apartamento (após seis anos). Os vizinhos supunham que ela tinha se mudado e a família (pasmem!) não sentiu sua ausência durante todo esse tempo. Diante do caso, o servidor Cliff Rich, membro da organização Contact the Elderly, instituição filantrópica de apoio a idosos, alegou que muitos anciães são praticamente “invisíveis” para o resto da sociedade inglesa.(1)
Foram eles que provocaram os fenômenos, que buscaram os médiuns, que responderam às instigantes questões propostas pelo Codificador. Também, em diferentes casos, submeteram-se às pesquisas de nobres cientistas que investigaram os ditos e variados fenômenos, que inspiraram textos e ditaram páginas e livros que orientam, elucidam, ensinam.
Desnecessário repetir ao espírita quanto ao nicho social onde Jesus nasceu e desenvolveu toda a sua caminhada espiritual sobre a Terra. Jesus decidiu que nasceria e morreria pobre e excluído, cujas companhias não frequentariam os grandes salões nem possuiriam autoridade política ou eclesial, enfim que não estaria amparado pelos poderosos de sua época. Às voltas com os pobres do mundo dava espaço para que todos os desafortunados participassem da partilha dos parcos recursos e alimentos, em parte chegados por doações. Seria um fracasso a sua missão caso tivesse decidido outros amigos, outro ambiente? Não o sabemos, apenas sabemos que foi dessa forma.
Dois autores clássicos estudaram a distinção entre um fenômeno mediúnico e um fenômeno anímico: Alexander Aksakof (1832-1903), em Animismo e Espiritismo e Ernesto Bozzano (1862-1943), em Animismo ou Espiritismo. Ambos pretendiam demonstrar através de sólida pesquisa com diversos médiuns, que a tese animista – de que qualquer fenômeno é sempre manifestação do próprio médium – é insuficiente para explicar todas as manifestações, pois há muitas em que a identidade de uma outra inteligência comunicante se faz evidente. Isso não invalida que haja de fato fenômenos anímicos, onde é o Espírito do médium que está em ação, como nos casos de telepatia, clarividência, sonambulismo ou desdobramento ou o que hoje chamamos “estados alterados de consciência”.
O que é política? Realizei rápida pesquisa, achei em termos claros esse significado para política: Política é a ciência da governança de um Estado ou Nação e também uma arte de negociação para compatibilizar interesses. O termo tem origem no grego politiká, uma derivação de polis que designa aquilo que é público. O significado de política é muito abrangente e está, em geral, relacionado com aquilo que diz respeito ao espaço público.
Pesquisas indicam que a “mudança climática tem matado cerca de 315 mil pessoas por ano, de fome, de doenças ou de desastres naturais, e o número deve subir para 500 mil, até 2030”.(1) O estudo estima que o problema do clima afete 325 milhões de pessoas, anualmente, e que, em duas décadas, esse número irá dobrar, atingindo o equivalente a 10% da população mundial da atualidade. Para minimizar o impacto, “seria preciso multiplicar por cem os esforços de adaptação à alteração do clima nos países em desenvolvimento.” (2) O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), em sua vasta avaliação sobre a questão, feita em 2008, concluiu que, desde que as temperaturas começaram a aumentar rapidamente, nos anos 70, os gases de efeito estufa, produzidos pelo homem, tiveram um peso 13 vezes maior no aquecimento global que a variação da atividade solar.
Espíritos que somos, envergando transitoriamente um traje de carne, podemos ser avaliados por nossa aura. Por isso os benfeitores espirituais nos conhecem tão bem. Ainda que simulemos virtudes que não possuímos, jamais os iludiremos, porquanto eles veem como somos realmente, pela natureza de nossas vibrações.
“O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos.” (Simone de Beauvoir)
O orador espírita baiano Divaldo Franco comumente relata que em viagem a uma cidade para palestra visitou, a convite da casa espírita anfitriã, família que o grupo espírita já prestava assistência há três gerações. Divaldo interpelou-os como teria sido possível que em três gerações as ações ensejadas não foram capazes de tirá-los do estado de miséria.
Um dos primeiros posts que lançamos nesse blog da ABPE, escrito por Cláudia Mota, foi sobre nossa experiência no grupo de Mediunidade Pedagógica, em ação há vários anos. A reação favorável e os comentários do público demonstram o quanto estamos carentes de boas, consistentes e aprofundadas discussões sobre a prática mediúnica no movimento espírita. E mais, como rareiam reuniões e médiuns com trabalhos mais criteriosos, controlados e atitudes críticas e racionais em relação a essa prática.
Impossível de aceitar o derramamento de sangue que mancha de cumplicidade toda a humanidade. Contraditoriamente, confessamos asco pelas marchas das guerras homicidas relatadas em livros de história e nos emocionamos pelas cenas reproduzidas da sanha racista e preconceituosa que impôs a crucificação de Jesus, enquanto testemunhamos na atualidade a chacina de mulheres, negros e pobres, impedidos de respirar, falar e se expressarem.
Nos evangelhos é fácil verificar o quanto Jesus foi contra a idolatria à sua pessoa. Ele direcionava ao Pai toda sua a atenção e pedia àqueles à sua volta que também o fizessem. Afinal só Deus poderia ser chamado de bom, ele no máximo de mestre.
Mestre no grego, e posteriormente no latim, está relacionado aquele que tem notório saber em alguma coisa e que o transmite para outros. Alguns definem a ação do mestre como puro exercício dialético, pois todo discípulo poderia sobrepujar o mestre, como Jesus também afirmou aos apóstolos.
Após o ano de 1945, a Alemanha despedaçada era um cenário caótico sob o ponto de vista psíquico, social e econômico. Foi um desafio para nova liderança reorganizar a Nação, dividida entre duas disposições ideológicas: a Alemanha Ocidental (capitalismo) e a Alemanha Oriental (socialismo). Nesse panorama, encontramos a juventude europeia, notadamente a germânica, completamente sem rumo. Sociólogos, filósofos, pedagogos, psicólogos e professores muito se preocuparam com aquela geração de jovens marcada por inimagináveis agonias psíquicas, físicas e morais resultantes de um conflito estúpido, testemunhas oculares de uma guerra que teve início a 1º de setembro de 1939 com a invasão de Hitler à Polônia e se estendeu até agosto de 1945, com as detonações das duas bombas termonucleares em Hiroshima e Nagasaki, no Japão.
Angustiado visitante reclamava com Chico Xavier:
– Tentei cumprir rigorosamente o Evangelho, mas devo lhe dizer que não deu certo.
– O que houve, meu irmão?
Onde começa a identidade política e a política de religiosidade, fé ou transcendência, pouco importa no contexto de uma existência, pois o que merece observação é a direção na qual se conduz a vida, sob os parâmetros erguidos.
Como é possível perceber, na vida social, política é como o fluido universal, está em tudo! Portanto, negá-la é insistir no discurso alienado. Há quem afirme que a própria negação é em si uma ação política.
Este é um tema sempre presente nos relacionamentos e, claro, na vida individual. O cultivo de tal postura pode levar ao pânico, daí a importância do investimento de prevenção no assunto.
As eleições municipais estão chegando. Com elas, retoma-se' de forma mais intensa, o debate sobre qual projeto de sociedade nós queremos. Afinal, é fundamental conhecer a proposta política daqueles que elegeremos, seja para a Câmara, seja para a Prefeitura.
O Coletivo Girassóis, Espíritas pelo Bem Comum se formou após o pleito de 2018, pela insatisfação diante do resultado daquelas eleições. Apesar disso, assumimos uma conduta sem partido, embora progressista.
Coragem, coragem
Se o que você quer é aquilo que pensa e faz
Coragem, coragem
Eu sei que você pode mais
(Por quem os sinos dobram. Raul Seixas)
A leitura superficial de uma obra tão vasta e densa como é a obra espírita, deixada por Allan Kardec, resulta, muitas vezes, em interpretações limitadas ou, até mesmo, equivocadas. É por isso que inicio fazendo um chamado, a todos os presentes, para que se debrucem sobre as obras que fundamentam a Doutrina Espírita, através de um estudo contínuo e sincero.
O corpo físico é o instrumento pedagógico da alma. A codificação kardequiana ensina que “a união do ser extrafísico e da matéria é necessária” (O Livro dos Espíritos, Q. 25), já que os “espíritos têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal” (Q. 132 de “OLE”) e que “todos os Espíritos são criados simples e ignorantes e se instruem nas lutas e tribulações da vida corporal” (Q. 133 de “OLE”).
Quando voltamos à terra num corpo de criança, esquecemos o que somos, o que fomos, o que sabemos, para nos tornarmos total sensibilidade, para abrirmo-nos para todas as influências, para absorvermos todo o nosso ambiente. Os espíritos, enquanto crianças, estão puros, esquecidos, inocentes, sensíveis e amam com mais profundidade, com mais sinceridade, sem meias medidas. Um psicólogo, que anda fazendo sucesso nas redes, ultimamente soltou a barbaridade de que as crianças não sabem ainda o que é amar e precisam primeiro aprender a respeitar! O que?! Basta conviver com as crianças para sabermos o quanto elas sabem amar e muito melhor que os adultos. A sua delicadeza de sentimento, a sua percepção do outro, a sinceridade transbordante, o senso de justiça agudo – quem nunca sentiu e viu isso nas crianças?
Com o mesmo título que usei, Eurípedes Barsanulfo afirma em capitulo constante do magnífico livro Seareiros de Volta (FEB, psicografia de Waldo Vieira), pulicado em 1966, que “(...) somos, em muitas circunstâncias, algozes de outras vidas (...)”. Acrescenta que não se trata dos insetos que eliminamos, nem da alimentação da carne animal e tampouco se refere às vítimas de existências passadas. Todavia, refere-se às vítimas de nossos comportamentos, relacionando uma série de exemplos como comparações ultrajantes que fazemos, a desonestidade dos julgamentos e opiniões, os que abandonamos e ainda a ironia que nos permitimos ou da inconveniência de certos comentários ou abusos de verbos e falas agressivas.
Sigmund Freud defendia a tese de que todo homem é instigado pela busca da felicidade, contudo essa procura soa como ilusória no mundo real, porquanto a pessoa tem experiências de fracassos e desencantos e o máximo que pode alcançar é uma “felicidade” ilusória. Contrastando porém com a tese freudiana, um grupo de consultores da Spectrem Group entrevistou 1.200 pessoas, interrogando-as sobre o nível de felicidade em relação a trabalho, casamento, hobbies, dinheiro entre outros temas. Constatou-se que quanto mais dinheiro possua uma pessoa maiores são os seus níveis de felicidade. (1) Todavia, será que o dinheiro compra a felicidade?
Nos dois primeiros artigos, trouxemos um problema e procuramos aspectos que a doutrina espírita permitiria um embasamento teórico.
Passemos agora para algumas propostas vislumbradas a partir dos artigos, bem como algumas experiências práticas bem interessantes.