quinta-feira, 30 de junho de 2016

APRENDENDO COM OS PRÓPRIOS ERROS







Ambrósio recebeu o assistente Rogério, que se fazia acompanhar de um visitante.
– Este é Dagoberto, velho amigo, pai de Mariana, que reencarnou sob orientação de nossa casa.
O diretor da respeitável instituição, no Plano Espiritual, contemplou com simpatia o recém-chegado.
– Temos acompanhado a trajetória de Mariana, amparando-a na medida do possível. Conhecemos seus problemas atuais.
– Sabe, então, que minha filha casou-se há duas se­manas, em virtude de inesperada gravidez... Estou preocupado. Ela tem apenas 17 anos e o ma­rido 20. Ambos abandonaram os estudos por força da nova situação, assumindo atividades profissionais. Sinto-os apreensivos e perturbados. Venho pedir-lhe um favor...

segunda-feira, 27 de junho de 2016

"O" HOMEM E "A" MULHER ANTE A QUESTÃO DE GÊNERO APÓS A MORTE









O homem moderno é modelado dentro de uma cultura racista, patriarcal, misógina e homofóbica. O Evangelho é um convite perene à prática da fraternidade, do amor, da não-violência, especialmente diante dos dessemelhantes que compõem o universo minoritário de uma sociedade densamente machista. Não obstante seja avesso à ideia de grupos de “minorias” ou “maiorias” sociais, reconheço que os termos já estão consagrados pelo uso e ademais é inaceitável qualquer tipo de discriminação perante os “desiguais”.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

DIÁLOGO, UM DOS QUATRO PILARES DO RELACIONAMENTO SAUDÁVEL


O ARTIGO "DIÁLOGO, UM DOS QUATRO PILARES DO RELACIONAMENTO SAUDÁVEL, DE AUTORIA DE ALKÍNDAR DE OLIVEIRA, É O 8º NO RANKING DOS MAIS ACESSADOS - 614 ACESSOS - NO BLOG CANTEIRO DE IDEIAS DESDE A SUA CRIAÇÃO, EM 13.05.2012.
            Ouve-se que é preciso discutir à exaustão determinado tema conflitante, para chegar-se a um consenso. Há nesta corriqueira afirmação um equívoco: numa discussão dificilmente chega-se a um consenso, pois o termo “discussão” pressupõe a existência de perdedor e ganhador. Portanto, como regra, não há como chegar a um consenso numa discussão. Na discussão a pessoa chega com determinado pressuposto e procura vencer, com suas idéias, as opiniões dos outros participantes. Um exemplo clássico de discussão são os debates em campanha eleitoral, onde cada candidato procura impor suas teses e derrotar as dos adversários.
                Se for preciso chegar a um consenso, o mais adequado instrumento da comunicação é o diálogo.
            A diferença básica entre a discussão e o diálogo é que, enquanto no primeiro caso a pessoa já chega com suas idéias prontas procurando impô-las, no segundo, a pessoa despe-se de suas verdades ou pressupostos. No diálogo o grupo está aberto e predisposto a explorar diversos pontos de vista para se chegar a um bom resultado. Não há, no diálogo, pessoas perdedoras e ganhadoras, mas, sim, idéias vencedoras.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

COMUNICADO







Comunicamos que o nosso blog está passando por uma reestruturação. O atual layout é provisório. Pedimos a compreensão dos nossos leitores (as), seguidores (as) e articulistas. Estamos abertos para sugestões que possam ser introduzidas no novo layout, sempre observado o caráter doutrinário espírita. Atenciosamente.

ONDE ESTÁ O REINO DE DEUS?¹



              


          

            Ser feliz é uma atitude. Razoável que alguém em ouvindo essa afirmativa ponderasse na inflexão evangélica “o meu reino não é deste mundo”, frase que se atribui a Jesus e logo pensasse que é impossível a conquista da felicidade. Cabe, no entanto que entendamos o que o Mestre quis dizer ao proferir a sentença.
            Ao referir que “o meu reino não é deste mundo”, Jesus se dirigia ao mundo terreno, especificamente ao planeta Terra, sabidamente uma escola de aprendizados difíceis à altura dos aprendizes imperfeitos que o povoavam à época e atualmente ainda não é diferente. É importante que façamos uma reflexão que para Jesus havia uma distinção muito profunda entre o mundo externo e o mundo interior. Ao expressar o seu pensamento, Ele declarava aos que pretendiam a “construção já” do paraíso sobre a Terra, que isso não era possível.

terça-feira, 21 de junho de 2016

AMOR DE PROVAÇÃO



Release



RICHARD SIMONETTI LANÇA SEU 60º LIVRO





AMOR DE PROVAÇÃO
Temas como amor proibido, não correspondido, frustrado e almas gêmeas, entre outros, são a tônica deste romance.

Richard Simonetti, autor com mais de dois milhões de exemplares vendidos no Brasil e diversos títulos traduzidos para mais de oito línguas lança sua 60º obra, Amor de Provação, pela Editora CEAC.
Em pleno mês dos namorados, junho, Richard explora o mais espinhoso dos temas, o amor proibido, em moderna versão de Romeu e Julieta, adaptado ao nosso tempo através do reencontro de almas afins em diferentes compromissos cármicos. Partindo de um triângulo amoroso, Amor de Provação é uma história que convida o leitor a refletir sobre as origens e desafios do chamado amor proibido e outras nuances como o amor platônico, frustrado, obsessivo, infiel, os tormentos do amor. Reportando-se aos postulados da Doutrina Espírita, a obra esclarece porque situações dessa natureza penalizam os apaixonados e, principalmente, como lidar com elas sem perder a serenidade nem a capacidade de ser feliz.
Aproveitamos para convidar sua equipe de jornalismo espírita a participar da tarde de autógrafos e bate-papo com o autor, caso queira elaborar suas próprias perguntas.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

OS ESPÍRITAS E OS GASPARETTOS



“Não tenho a menor pretensão de
falar para quem não quer me ouvir.
Não vou perder meu tempo.
Não vou dar pérolas aos porcos.”
(Zíbia Gaspareto)

“Às vezes estamos tão separados,
ao ponto de uma autoridade religiosa,
de um outro culto dizer:
“Os espíritas do Brasil conseguiram um prodígio:
 conseguiram ser inimigos íntimos.” ¹
(Chico Xavier)


     


        
            Li com interesse a reportagem publicada na revista Isto É, de 30 de maio de 2013, sobre a matéria de capa intitulada “O Império Espírita de Zíbia Gasparetto”.(leia matéria na íntegra)
            A começar pelo título inapropriado já que a entrevistada confessou não ter religião e autodenominou-se ex-espírita, a matéria trouxe poucas novidades dos eventos anteriores. Afora o movimento financeiro e patrimonial gerado pela família Gasparetto, que é progressivo, constatei que o número de integrantes da família no conglomerado também cresce.
            Como me insiro no universo dos “porcos” para quem ela não lança suas “pérolas”, não tenho condições de julgar o conteúdo de suas obras. Por outro lado, sendo a mediunidade uma faculdade humana o seu direcionamento está vinculado ao livre-arbítrio de quem a possui.
            Alguns pontos, no entanto, são dignos de notas:
a)    o sucesso das vendas mostra a força do Espiritismo;
b)    muitas casas espíritas expõem em suas livrarias as obras da Sra. Zíbia;
c)    são muitos os que se tornaram espíritas através das suas obras;
d) frequência de lideranças de centros espíritas nos cursos, palestras e workshops promovidos por Luiz Gasparetto;
e)    desvirtuamento do que é Espiritismo;
f)     o segmento editorial espírita está repetindo o mesmo ethos dos Gasparettos.
            É fácil de identificar que os espíritas brasileiros formam a expressiva massa de consumidores dos produtos ofertados pelos Gasparettos, o que é uma demonstração inequívoca que o Espiritismo ainda não é conhecido por muitos que se afirmam espíritas. O sucesso financeiro da família é diretamente proporcional à indigência doutrinária nas demandas do movimento espírita brasileiro.
             Portanto, tecer considerações sobre os fatos apresentados seria forçado abordar nuanças várias que poderiam me levar a incorrer em julgamentos, o que não é ético. Afinal de contas, a própria ética espírita fez com que eles se afastassem do Espiritismo.

domingo, 19 de junho de 2016

O AMOR NOS TEMPOS DE WEB¹










É tudo diferente nesses tempos atuais. Os saudosistas haverão de dar suspiros ao lembrarem os tempos passados. Aproximar-se da garota pretendida poderia render meses de cobiça e olhares. Havia barreiras começando pelo pai da moça, cuja chance de encontro dependia do humor daquele. Permitida aproximação, essa jamais ocorreria na condição do ‘a sós’, alguém estaria muito próximo para avaliar as intenções e os gestos do pretenso intruso que estava querendo ciscar em terreiro alheio. Pegar na mão, depois de alguns dias, falar ao ouvido era pretensão de longo prazo, beijo na boca só depois de ensaiar tímidos tocar de faces, mão além dos ombros era ultraje a ser repreendido. Havia olhares não disfarçados que comunicava claramente: estamos vendo tudo, não se atrevam. Não fosse confortável, parece que ajudava no lirismo e no romantismo. Gastava-se mais tempo na sedução e se estabelecia uma espécie de seleção natural que acabava por eleger aquele que fosse mais persistente.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

UMA CARTA ABERTA À FEB NUMA FRATERNA ADMOESTAÇÃO









Várias vezes recomendamos, mormente aos líderes do M.E.B. – Movimento EspÍrita Brasileiro, o imperativo da composição dos membros do Conselho Superior da Federação Espírita Brasileira através dos presidentes das federativas estaduais ao lado dos sócios efetivos. Tal proposta mira a possibilidade lógica das federativas estaduais contraírem o direito de VOZ e VOTO em todas as discussões e deliberações relevantes, seja na administração da FEB, seja na coordenação do M.E.B.

Estranhamente, no mês de maio de 2016, a maioria dos sócios efetivos foram colhidos de surpresa ao cientificarem-se, uns casualmente, (pasmem!) que no dia 28/5/2016, ocorreu Assembleia Geral Ordinária da FEB, com eleição dos membros do Conselho Superior da FEB, incluindo alguns poucos representantes do Conselho Federativo Nacional da FEB junto a esse Conselho, além de outros assuntos relativos a modificação estatutária.

terça-feira, 14 de junho de 2016

INFLUÊNCIAS ESPIRITUAIS










1 –       Brigamos muito em casa. Será alguma influência espiritual?
                           Sim, provavelmente de seus próprios Espíritos, quando não controlam as emoções. Assédio espiritual inferior é sempre consequência, nunca causa dos desajustes familiares. Primeiro nos perturbamos; depois somos perturbados por Espíritos. Abrimos a porta para eles e reclamamos que nos assaltam.

2 –       Meu marido anda muito nervoso. Disseram-me que é influência de algum Espírito e que devo levar uma roupa dele para ser benzida no Centro Espírita. Dá certo?
                           Roupas são precários veículos de magnetização. O ideal, nesse particular, é a água. Quando magnetizada é um autêntico passe engarrafado. Roupas para levar ao Centro Espírita são aquelas guardadas no fundo do guarda-roupa, que não usamos há anos. Com elas vestiremos os nus, os nossos irmãos carentes. Se possível, leve também o marido, para que assimile noções de vivência cristã que o ajudem a controlar suas emoções.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

HÁ MILAGRES?¹








                As muitas dificuldades enfrentadas pelo ser humano em sua saga de existir num mundo cada dia mais competitivo, e o acirramento das disposições em se alcançar resultados que permitam a cada um lograr saúde e bem estar numa paisagem de profunda desigualdade e ambições superlativas, transportam a pessoa a buscar no transcendental a resposta para diversas demandas. É muito comum ouvirmos frases que delegam a Deus o poder de modificar determinadas circunstâncias do cotidiano, há aqueles que vêem a Sua intervenção até mesmo no resultado final de disputas nos esportes, o que pensar quando alguém desenganado pela Medicina se levanta do leito e retoma as atividades?
            Por conceito (Dicionário Priberam) o milagre significa “fato sobrenatural oposto às leis da natureza”. Se as leis da natureza são a assinatura de Deus, como serem derrogadas? E o sobrenatural representaria além de Deus? Provável que precisamos nos entender quando o assunto deriva para a compreensão de tais temas. Sucede que desconhecemos a totalidade das leis universais, pois toda a nossa ciência ainda é lago raso em relação à profundidade do Universo. Somos verdadeiros ignorantes a respeito da Enciclopédia da Vida, ainda meros iniciantes nas pesquisas que cuidam do que há de mais imediato em torno do cotidiano. Lógico que sejamos surpreendidos com fenômenos que desafiam os patamares de nossas crenças.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

ACEITAÇÃO



          Perguntavam a Chico como conseguia conservar a tranquilidade ante tantas solicitações de multidões ávidas de consolo e conforto que o procuravam.
             O médium respondia com uma única palavra: aceitação.

     Se bem analisarmos, verificaremos que muitas de nossas perturbações e desajustes nascem de reações negativas, ante as situações que se sucedem no cotidiano:


         – O trânsito lento.

         – A agressividade do familiar.

         – A sobrecarga no serviço.

         – As críticas do companheiro.

         – O problema inesperado.


         Em situações mais graves, a não aceitação gera sérios problemas, passíveis de nos desajustarem.


         – A morte de um ente querido

         – A doença grave.

         – O prejuízo financeiro.

         – A deserção de um amigo.

         – A traição de um afeto.


          Chico nos oferece a chave mágica para não nos perturbarmos: aceitar.

         Eu diria, leitor amigo, que noventa por cento de nossos sofrimentos, tensões e angústias, ante os desafios da existência, desde os simples contratempos às cobranças cármicas, sustentam-se em reações negativas, quando nos irritamos ou nos rebelamos.

         Toneladas de tranquilizantes e analgésicos são consumidas no Mundo por pessoas inquietas, irritadas, em face de situações que fogem ao seu controle.

         Crimes, agressões, desentendimentos, afligem multidões atormentadas porque não admitiram algo que lhes aborreceu ou prejudicou.

         Há o desastroso suicídio, cometido por aqueles que não se dispõem a enfrentar uma situação difícil.

                                                                    ***

         A cruz simboliza, tradicionalmente, a carga das atribulações que devemos carregar na jornada humana.

         No Espiritismo aprendemos que ela representa, acima de tudo, o resgate de nossos débitos do pretérito, quando infringimos as Leis Divinas que nos regem na intimidade da própria consciência.

         Considerando que jamais Deus colocaria sobre nossos ombros peso insuportável, é óbvio que a transportadora celeste jamais comete equívocos na entrega dos madeiros.

         Nossa cruz é exatamente aquela que nos foi destinada.

         Ocorre que sentimentos negativos – revolta, irritação, desespero, funcionam como sobrecarga indevida, pesos que subtraem méritos e acrescentam deméritos que complicam a jornada.

         Ao cultivar a aceitação, livramo-nos desses indesejáveis adicionais e a cruz nos parecerá bem leve, tolerável.

                                                                    ***  

         Considere, entretanto, leitor amigo, duas nuances importantes no ato de aceitar.

         A primeira é a aceitação passiva de quem simplesmente se dispõe a carregar sua cruz sem murmúrios e queixas.

         A segunda é a aceitação ativa de quem faz dela um arado para fertilizar o solo dos corações, com exemplos de dedicação ao Bem, conservando a disposição de servir.

         Na primeira, acertamos nossas contas com o passado.

         Na segunda, investimos para o futuro.

         Exatamente como fazia Chico.

Aceitava de forma positiva os percalços de sua condição de missionário sem contas do passado, para investir em favor do futuro de todos aqueles que têm a felicidade de conhecer os livros que psicografou e de mirar-se em seus exemplos de dedicação ao Bem.

(*) É colaborador assíduo de jornais e revistas espíritas, notadamente "O Reformador", "O Clarim" e "Folha Espírita".
Algumas de suas obras:   Abaixo a Depressão!,  Antes que o Galo Cante, Mediunidade - Tudo o que Você Precisa Saber, Para Rir e Refletir, Quem Tem Medo da Morte? Reencarnação, Tudo o que Você Precisa Saber, Rindo e Refletindo com Chico Xavier, Setenta Vezes Sete.        

quarta-feira, 1 de junho de 2016

VERDADE RELATIVA



O melhor caminho para encontrar a verdade, que é relativa, pois se revela aos poucos, está na simplicidade porque é direta (não confundir com simplório), não retarda a marcha em opções intelectivas fora de hora, antes da capacitação obtida pela verdade relativa cuja validade depende apenas de forças sentimentais e racionais, representadas pelo binômio amor-razão (é bom entender que intelectualidade não significa certeza presencial da razão, ambas contribuem na busca do objetivo da vida humana - o aperfeiçoamento direcionado à Felicidade - mas não, necessariamente, em conjunto, podem, sim, atuarem separadamente). A vantagem do amparo na simplicidade evidencia-se pela objetividade e, acima de tudo, pela motivação que propicia ao sentir efeitos harmonizados com a natureza que cresce em lentidão contínua para revelar benesses ao alcance de todos, pequenos e grandes, cultos e aculturados, belos e desairosos, assim, passos da caminhada serão adiante e, em velocidade de vanguarda proporcional.

Com comprovação, infelizmente não é incomum identificar intelectuais, de fala bonita e convincente, porém com sua verdade atrofiada por falta de uso em recursos sentimentais, amor subdesenvolvido e fraternidade desprestigiada, tal situação abre portas à vaidade que desconhece o outro, em prejuízo do atendimento da Vontade Divina que condiciona o estado de felicidade à prática do Bem incondicional no relacionamento com o irmão, seja ele atencioso ao Pai ou não.

(*) poeta e escritor espírita.