Por Wilson Garcia A Dora Incontri me provoca questionando se não quero entrar na polêmica da pureza doutrinária, um fenômeno tão antigo quanto o trabalho de Kardec, basta ver as edições da Revista Espírita ainda ao tempo da direção do codificador. Mas tem ela passado ao longo do tempo por mudanças pontuais devido, especialmente, à cultura predominante em cada época, pois, como se sabe, o fenômeno cultural sofre um processo contínuo de mudanças, como é de sua natureza, e muda mais acentuadamente ao passo que as tecnologias e o conhecimento se modificam. Na era digital em que vivemos, as mudanças correm frenéticas, e com elas o modo como o pensamento se comporta.
Por Jorge Luiz Seria possível um regime como o nazista emergir hoje, no Brasil ou em qualquer outro país democrático? A frase acima, dita em uma sala por um aluno de uma escola pública em Palo Alto, Califórnia, em 1967, levou um professor norte-americano a fazer uma simulação para que os alunos entendessem o que é seguir a orientação de um líder. A experiência começou pela forma adequada de postura, respiração e respeito. Nos dias seguintes, as experiências foram se somando, disciplina, nome para o grupo – Terceira Onda –, um slogan, cartão de sócio, forma de se vestir, maneira de se saudarem, até que se instituiu uma “polícia” de estudantes para vigiar as ações uns dos outros. A ficção extrapolou a sala de aula e passou-se a acreditar que seria um movimento que iria dominar o país.