“...
eu estou esperando alguém!
Imediatamente?
Não,
mas a qualquer minuto.
Qualquer
minuto? Muita gente vive uma vida num minuto.
O
que está fazendo agora?
(Diálogo do filme “Perfume de Mulher”
Por Jorge Luiz (*)
Quem assistiu ao filme “Perfume de Mulher” (1992), não deve ter-se esquecido da cena marcada
pelo diálogo acima entre Frank (Al Pacino), e Donna (Gabrielle Anwar). A
interpretação fantástica de Al Pacino, que lhe rendeu o Oscar de melhor ator,
consegue dar veracidade encantadora a essas palavras, em tom, gestos intensos.
A
arte é recurso pedagógico fabuloso. O Espírito Lamennais, na Revista
Espírita, junho de 1862, avisa que a arte sem originalidade é hipócrita. Os
Espíritos, segundo ele, aplaudem toda a arte cuja idealidade é haurida na
natureza simples e verdadeira e, por conseguinte, bela em toda a acepção do
termo. Perfume de Mulher é assim. Nos
leva a refletir sobre os conflitos do tenente-coronel cego, e da forma que
consegue resignificar sua vida na convivência com um jovem, Charlie Simms,
que o acompanha naquela que seria sua última viagem, - intencionava suicidar-se
- ao se interessar pelos problemas pessoais de Charlie. É um chamado à Vida!