Por Alkíndar de Oliveira (*)
A terapia Gestaltica, um dos braços da
Psicologia, diz que nós somos determinantes e determinados, o que, em outras
palavras, significa: assim como o meio nos influencia, nós temos o poder de
influenciar o meio. Essa realidade corrobora uma verdade incontestável se
analisada sob o prisma do bom senso: nós somos donos do nosso destino. Nós
somos os únicos e exclusivos responsáveis pela nossa boa ou má forma de viver.
Se um meio terrível nos assola (pais brutos,
miséria social) podemos ser influenciados por esse meio e fazermos de nossa
vida um cipoal de sofrimento para nós e para os que conosco convivem. Mas
existem pessoas que escolhem bem viver (tudo é uma questão de escolha) e, não
obstante oriundas de ambientes altamente permissivos e negativos, mostram-se
capazes de ressurgir das cinzas almejando, lutando e, o que é mais importante,
conseguindo ter uma vida reta, digna e bem vivida. Existem pessoas que olham
para o alto, onde fulguram as estrelas. São as pessoas de personalidades
construtoras. Existem pessoas que olham para o chão onde existem a sujeira e a
lama. São as pessoas de personalidades destruidoras.
O texto a seguir, de Charles Chaplin,
elucida-nos como tudo na vida é produto da nossa escolha em utilizarmo-nos da personalidade
construtora, que nos eleva, ou da personalidade destruidora, que nos
rebaixa:
“Hoje
levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque
meia-noite. È minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso
reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso
ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar
minhas finanças, evitando o desperdício.
Posso
reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos
meus pais por não terem me dado tudo que eu queria ou posso ser grato por ter
nascido.
Posso
reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir
tédio com as tarefas da casa ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.
Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de
fazer novas amizades.
Se
as coisas não saírem como planejei, posso ficar feliz por ter hoje para
recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E,
aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim.”