terça-feira, 31 de janeiro de 2023

O MEDO CAMUFLADO NA FÉ

Por Jerri Almeida
 

O historiador francês Jean Delumeau, na introdução de sua magnífica obra: História do medo no ocidente, em um depoimento pessoal[1], conta que quando tinha dez anos, em uma noite de março, um farmacêutico muito amigo de seus pais morrera de forma súbita. A notícia chegou em sua casa e, naquele momento, ele descobriu o soberano poder da morte. Ela atinge pessoas com boa saúde e de qualquer idade. Sentia-se frágil, ameaçado; um medo visceral instalou-se em sua mente. Ficou doente por três meses, durante os quais foi incapaz de ir à escola.

domingo, 29 de janeiro de 2023

HOLOCAUSTO, DITADURAS E IGNORÂNCIAS

 

 


 Por Ana Cláudia Laurindo

O que o povo brasileiro sabe sobre Holocausto e Ditadura Militar?

A impressão que temos a priori é muito desanimadora do ponto de vista humanitário.

Diásporas, holocaustos, ditaduras, parecem palavras desconexas para o brasileiro médio, que não se interessa pelas rotas coletivas, usando toda energia existencial no consumo de si e de coisas.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

VIVER NO MUNDO SOB LEIS ESPIRITUAIS

                

Por Roberto Caldas

             As leis que regem a relação entre as pessoas são fruto de um conjunto de preceitos e regras que estabelecem os direitos e os deveres dentro de uma sociedade. A forma e alcance de tais leis dependem da época em que foram definidas e do senso daqueles que são reconhecidos como legisladores, os seus autores.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

OS ESPÍRITOS E AS ESTRELAS

 


Por Ana Cláudia Laurindo

Em um certo dia, quando os passos vacilantes me guiavam entre dependências e crenças ingênuas, acreditei que as experiências vividas no espaço de atividade mediúnica deveriam manter-se em segredo, pois a pessoa que dirigia aquele Centro Espírita, assim recomendava.

domingo, 22 de janeiro de 2023

ESPIRITISMO, DEMOCRACIA E REVOLUÇÃO

 

Por Jorge Luiz

            Progresso e escassez, isto faz parte da dialética da ideologia do capital e é a grande tragédia das democracias. A grande tragédia para a vivência dos ensinamentos do Cristo, de onde a democracia tem a sua estrutura.

            Vive-se hoje no mundo uma tensão permanente entre a civilização e a barbárie, como a que se enfrentou e se continua enfrentando aqui no Brasil.

            As democracias nunca foram tão vilipendiadas, massacradas. A brasileira não poderia se proteger desses ataques que, na realidade, são sempre presentes desde a sua instituição; é uma questão histórica.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

ASSERTIVIDADE - UMA CARIDADE MORAL

 

 


 Por Doris Gandres

Há muito tempo Jesus nos recomendou “seja o vosso falar sim-sim, não-não”. E há séculos vimos barganhando com a nossa consciência e com os nossos deveres; há séculos vimos fugindo de nossas responsabilidades, vimos fingindo acreditar poder delegá-las a outrem – por que também quisemos ignorar outra afirmativa do Mestre nazareno: “quem quiser vir comigo, pegue a sua cruz e siga-me”, não disse que a carregaria para nós.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

CURA DAS FERIDAS

 


 

 Por Roberto Caldas

A trajetória de cada pessoa é uma viagem ímpar. Passado o momento de preparação, cujos eventos acontecem ainda no âmbito do mundo espiritual e vencido o período de gestação, eis que se defronta com o primeiro grande desafio – nascer.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

RESPOSTA JORNAL O POVO - CARTÃO CORPORATIVO PR - C.E. "O POBRE DE DEUS" - VIÇOSA DO CEARÁ

 



À Redação do Jornal O POVO

Avenida Aguanambi nº 282 - Bairro José Bonifácio

Fortaleza (CE)

 

 

Prezados (as) Senhores (as),

 

Reportamo-nos à matéria publicada por esse distinto jornal, na coluna Política, em 15/01/2023, intitulada "De padaria a centro espírita: veja os gastos de Bolsonaro no Ceará com cartão corporativo", na qual se refere a uma compra de R$ 7.277,10 feita a este Centro Espírita.(leia aqui)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

O DESAFIO DOS DEZ ANOS E A VAGUIDÃO CONTEMPORÂNEA

 

                                    

Por Mário Portela

A internet está novamente ouriçada com o desafio dos dez anos. A moda nos incita a postar nas redes sociais uma foto do ano de 2013 e outra, atual de 2023. Colocadas uma ao lado da outra, podemos observar o quanto mudamos. Será? A brincadeira é interessante, considerando-se o surgimento de diversos memes divertidos. Além disso, apareceram, também, postagens reflexivas apresentando o antes e o depois da natureza, alertando-nos para as agressões que estamos cometendo ao meio ambiente. Há, ainda, aqueloutros que expõem envaidecidos suas fotografias, testificando o quanto obtiveram progresso em suas características físicas. Mas, brincadeiras à parte, que mudanças significativas imprimimos em nós nesses dez últimos anos? Somos os mesmos e vivemos como os nossos pais, como afirmava o poeta? Ou saneamos com êxito o pensamento, conquistando maturidade e equilíbrio? Afinal, amadurecemos ou apenas envelhecemos? Diante de tantas expectativas e novidades da vida contemporânea, como entender a velha dicotomia essência versus aparência? As respostas para tais questionamentos são de fundamental importância para que convivamos pacificamente com nós mesmos e saibamos dialogar com os outros que, de forma semelhante ao que sentimos, encontram-se perdidos, tateando as paredes dos corredores da vida, aturdidos a procura de um norte que os conduza, do mesmo modo, ao autoencontro.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

"TUDO QUE ACONTECER À TERRA, ACONTECERÁ AOS FILHOS DA TERRA"

 


  Por Doris Gandres

Esta afirmação faz parte da carta que o chefe índio Seattle enviou ao presidente dos Estados Unidos, Franklin Pierce, em 1854! Se não soubéssemos de quem e de quando é essa declaração poder-se-ia dizer que foi escrita hoje, por alguém com bastante lucidez para perceber a interdependência entre tudo e todos.

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

O LEGADO DE BOLSONARO AO MEIO ESPÍRITA

 


 Por Ana Cláudia Laurindo

Eu gostaria de entrar na utopia de apenas virar a página tenebrosa e celebrar o realinhamento tátil da democracia.

Gostaria, como impulso simplista. Como gente cansada de lutar contra um estranho mal que se fez rosto de gente, que modificou impressões sobre pessoas amadas. Gostaria, mas sei que não é possível.

sábado, 7 de janeiro de 2023

ESPIRITISMO: RETORNANDO AO CENTRO

 


Por Ana Cláudia Laurindo

Com todo carinho mantido pelas experiências vividas nos centros espíritas por onde passei, tenha sido como ouvinte, estudante, passista ou palestrante, mesmo quando envolvida em ações sociais externas, foi necessário vivenciar também momentos de afastamentos destas casas.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

CAPITALIZANDO A SOLIDARIEDADE

 

                 

Na Noruega, fazem esse gesto para que os vizinhos possam aproveitar as maçãs em excesso,  ao invés de deixá-las aprodecerem.


 Por Roberto Caldas

            O termo “capital” tem rica diversidade de compreensões. Serve para designara cabeça; pode indicar a sede de um governo; relaciona-se com reservas financeiras e, se agrupado ao termo “humano” se volta à importância das pessoas. Uma de suas mais difundidas significâncias é sobejamente difundida nos mercados de investimentos para retratar o acúmulo pecuniário obtido por conglomerados empresariais.

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

LULA DERRUBA APOROFOBIA COMO POLÍTICA DE ESTADO, MAS...

 

 


 Por Ana Cláudia Laurindo

 

Eleger Lula outra vez não significa que chegamos ao ideal de sociedade para todos que nos faz vibrar, mas decisivamente, significou derrubar a aporofobia como política de estado.

O que é aporofobia? É o horror ao pobre, em resumo. Em seu livro “Aporofobia, a aversão ao pobre: um desafio para a democracia” a espanhola Adela Cortina nos faz refletir:

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

AMO, LOGO EXISTO!

 

 


 Por Jerri Almeida

Um dos assuntos, seguramente, mais discutidos e inquietantes do pensamento ocidental, o amor vem alimentando o imaginário humano há milênios. Desde Platão, os filósofos refletem sobre o significado e a abrangência do amor, seus limites e possibilidades em oferecer uma vida boa e virtuosa. Em seu livro O Banquete, Platão apresenta diversos oradores discursando sobre o Amor, ou o que considera: “um discurso em louvor a Eros”.