A vida continua ensinando o quanto mais vale um ato silencioso do que mil falácias. A pandemia tem mostrado na íntegra a importância da solidariedade para o sustento da vida, ainda que seja em pequenos gestos.
A vida continua ensinando o quanto mais vale um ato silencioso do que mil falácias. A pandemia tem mostrado na íntegra a importância da solidariedade para o sustento da vida, ainda que seja em pequenos gestos.
Diferentemente de outros artigos, o que vai ser colocado aqui terá caráter mais pessoal, com base em relatos e experiências confessadas em conversas ao vivo e pelas redes sociais, bem como relatos expostos nos programas que produzimos no âmbito do Coletivo de Estudos Espiritismo e Justiça Social (Cejus), especialmente no programa de bate-papo chamado “Vem de Insta”, no Instagram, cujos vídeos também estão disponíveis em nosso canal do YouTube.
Há um paradoxo na vida humana. Habitando um planeta lindo, de paisagens exuberantes, desfrutando de benefícios imensos como a água, o ar e a chuva, a beleza incomparável da fauna e flora variadíssima, e mesmo com toda tecnologia que já conquistamos, ainda vivemos um cenário de conflitos. Dominado pela avareza, a ganância, as intrigas e seus desdobramentos.
Viver é um ciclo incessante de consequências. Não é casual que a caminhada seja uma alternância de passos, cujos pés em harmonia de compasso impedem a queda iminente. Os momentos arquitetam tramas que se demonstram após sequência mais ou menos longa de acertos e desacertos cometidos desde quando decidida a caminhada. Nascidos num mundo que permite a exploração das características que nos são próprias, para o bem e para o mal, é parte do enredo que as esquinas guardem surpresas que reforçam a necessidade da manutenção do foco, com a repetição de fatos e ocorrências. O senso diz que é a lição aprendida que traz a mudança de cenário.
Quem se detém a analisar o bater das horas no país que fez de um ser amoral de alma vendida aos interesses mais espúrios do dinheiro e do poder, seu presidente, consegue chorar até sem lágrimas neste instante de esperanças reduzidas, mas ainda assim transformadas em resistência na luta política pela sobrevivência.
O meio espírita, por conta do viés religioso predominante, acaba encontrando certa dificuldade na abordagem do assunto sexo. Existem algumas publicações que tentam colocar o assunto em pauta; contudo, percebe-se que muitos autores tentam, ainda que indiretamente, associar a diversidade sexual à promiscuidade, numa tentativa de sacralizar a heterocisnormatividade e marginalizar outras manifestações da sexualidade; outros, quando abrem uma exceção, ressaltam os perigos da pornografia e da promiscuidade, como se fossem características exclusivas de indivíduos LGBTQI+.
A Doutrina Espírita é fruto da comunicação. Dois mundos, o material e o espiritual, se encontraram por intermédio do agente denominado por Allan Kardec pelo neologismo de Médium. É sabido que esses elementos (mundo material/espiritual e o médium) existiam antes daquele momento em que se encontraram, mas a comunicação só se deu a partir do momento em que foi possível ser materializada a mensagem.
O interior de Alagoas é um microcosmo girando sua energia política em sintonia com as outras partes do Brasil.
Se algum dia o leitor ou leitora imaginou que funcionasse isoladamente, confirmo o equívoco. Estes rincões se movimentam com as mesmas trações políticas que influenciam as demais localidades, embora em cada canto os fazeres culturais apresentem adornos próprios.
Viver sozinho, sem absolutamente ninguém é praticamente uma missão impossível para quem quer que seja. Partindo do princípio que a linguagem e os hábitos são aquisições transferidas, embora possam ser adaptadas ou modificadas, o que elabora uma pessoa é a cuidado de outras pessoas. Os raros casos que aguçam a curiosidade com os relatos de crianças que viveram perdidas e passaram longos períodos em companhia exclusiva de animais geram a convicção a respeito dessa realidade.
Considero importante partilhar algumas circunstâncias que reverberam a intolerância cega que floresce no meio espírita brasileiro, no intuito da reflexão que nos ajude a compreender tais processos, sem cair nas armadilhas do ódio, que costuma camuflar sua feiura com narrativas de salvação.
O mês de junho é marcado pelo orgulho LGBTQIA+. Muitas pessoas encontram muita dificuldade para o entendimento da necessidade de afirmação por parte de indivíduos que se enquadram nessas características, envolvendo orientações sexuais e identidades de gênero diferentes da heterocisnormatividade; contudo, ante o apagamento histórico e a marginalização de diversos indivíduos não heterossexuais e não cisgêneros, faz sentido trazer esse assunto e colocá-lo em pauta, pois o lugar de fala é essencial para entendermos o lado do outro e desenvolvermos a nossa alteridade.
Estamos cercados de violências por muitos lados! Perceber esta nuance e relacionar tal fenômeno ao momento político do nosso país, tem levado muitos de nós ao cansaço; desde o esgotamento físico, com sensações de sonolência e letargia, ao desânimo que entristece e adoece. Mas isso não é o fim.