Conversávamos à saída de um Centro Espírita, em São Paulo, por volta de
dezesseis horas, depois de concorrida reunião de estudos. Em dado momento, um
motociclista parou ao nosso lado.
Percebi que os companheiros
assustaram-se. Suspiraram aliviados quando ele simplesmente pediu uma
informação e partiu. Fiquei sabendo, então, que o pessoal da pesada costuma
assaltar de motoca, versão moderna dos filmes de bang-bang, em que pistoleiros montavam resfolegantes corcéis.
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terça-feira, 29 de agosto de 2017
A INVASÃO DOS BÁRBAROS
segunda-feira, 28 de agosto de 2017
MEU ENCONTRO COM A PSICANÁLISE - PARTE I
Esse tema daria e, quem sabe, ainda dará um
livro, por sua extensão e necessário aprofundamento. Mas quero deixar aqui
algumas breves reflexões, que anunciem próximos desdobramentos.
Minha relação com a Psicanálise, que já havia
folheado superficialmente, era de uma ambígua curiosidade, com rejeições
pré-concebidas. Quando fiz meu trabalho na USP sobre Pestalozzi, deparei-me com
uma tese de doutorado, feita na Alemanha, que sugeria a interessante ideia de
que o educador suíço tinha intuído alguns conceitos que seriam depois propostos
por Freud. Coloquei isso na dissertação de mestrado, depois publicada em meu
livro Pestalozzi, Educação e Ética, e ficou por isso mesmo.
EU NÃO SOU MAIS ESPÍRITA! EX-ESPÍRITA SERÁ IMAGINÁVEL?
Há poucos dias, um reconhecido divulgador do
Espiritismo, utilizou-se das redes sociais para confessar que “não era mais
espírita”. Ouvimos suas razões pelo “you tube” e percebemos a sua ingenuidade,
motivo pelo qual deliberamos comentar seu ato.
Todavia, antes de explanar sobre a deserção do propagandista insurgente
e “ex-espírita”, asseguramos que não existe no dicionário kardequiano o
termo “ex-espírita”. Até porque, uma vez
ESPÍRITA, jamais serão desintegrados os ensinos revelados pelos Espíritos aos que
foram racionalmente abrangidos. Portanto, os que se assumem “ex-espíritas”
jamais foram ESPÍRITAS.
sábado, 26 de agosto de 2017
A ARTE DE EDUCAR - (FINAL)
SOBRE A EDUCAÇÃO NO BRASIL
No Brasil, a educação é disciplinada pela Lei Federal nº 9.394 de 20 de
dezembro de 1996 a qual, em seu artigo 1º, na versão mais atualizada, de março
de 2015, assim define:
“A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida
familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais”.
Vê-se aí que o termo educação tem um sentido bastante amplo, mas que,
na sua essência, conforme definido na lei, se desenvolve em primeiro lugar no
ambiente familiar e, a partir daí, nos vários campos da convivência humana,
inclusive no ambiente escolar!
É de nosso entendimento, que essa é a bagaem que a criança já deve
levar de casa para o ambiente social e escolar.
A definição acima deve ter passado por um acurado exame dos experts na
área e não apenas daqueles que cuidam da técnica legislativa.
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
ESPIRITISMO E COMUNISMO - (FINAL)
A julgar certa a premissa evolucionária do
kardecismo, não só o egoísmo será superado, outrossim, naturalmente atingido
pela humanidade, um tipo comunismo. Não há nome mais correto para o que se lê
no best-seller de Kardec: “Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão
a Terra (...) Por aquelas palavras quis dizer [Jesus] que até agora os bens da
Terra são açambarcados pelos violentos, em prejuízo dos que são brandos e
pacíficos; que a estes faltam muitas vezes o necessário, ao passo que outros
têm o supérfluo. [Jesus] Promete que justiça lhes será feita, assim na Terra
como no céu, porque serão chamados filhos de Deus. Quando a Humanidade se
submeter à lei de amor e de caridade, deixará de haver egoísmo; o fraco e o
pacífico já não serão explorados, nem esmagados pelo forte e pelo violento. Tal
a condição da Terra, quando, de acordo com a lei do progresso e a promessa de
Jesus, se houver tornado mundo ditoso, por efeito do afastamento dos maus”.[xlvi] Ali, por fim, Kardec satisfaz plenamente Reza
Aslan: “(...) o reino de Jesus — o Reino de Deus — era bem deste mundo”.[xlvii]
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
EM FAVOR DA FELICIDADE
Os
felizes são mais queridos pelos outros e tendem a ser mais tolerantes e
criativos.
Esta observação é do
psicólogo americano Martin Steligman, da Universidade da Pensilvânia. Pesquisando
sobre o assunto há décadas, concluiu que a felicidade é o somatório de três
coisas diferentes: prazer, engajamento e significado.
Suas
conclusões aproximam-se das ideias espíritas. Oportuno, portanto, nos determos
nesses três pilares que ele propõe.
terça-feira, 22 de agosto de 2017
AS BEBIDAS ALCÓOLICAS SÃO TÓXICOS FATAIS
No Brasil , a Lei Federal 9.294, de 1996 ,
estabelece “restrições” à propaganda de álcool, todavia, o parágrafo único da
lei é obscena, notemos: “Consideram-se bebidas alcoólicas, para efeitos desta
Lei, as bebidas potáveis com teor alcoólico superior a treze graus Gay Lussac“.
Logicamente, ficam excluídas das “proibições” as cervejinhas televisivas. Eis
aí a vitória da indústria etílica com direito a “palma de ouro”.
Em verdade, mais da metade dos brasileiros
afunda-se moralmente na farra dos metafóricos “treze graus Gay Lussac” de teor
alcoólico. Portanto, como obra prima das “trevas”, a cerveja, que em tese
possui um teor alcoólico até o limite de treze graus Gay Lussac , por não
sofrer restrições publicitárias no Brasil, é liberada para todos , trafegando,
de tal modo, em altíssima velocidade na contramão da legislação de trânsito que
estabelece uma tolerância baixíssima com o álcool. Nessa gerigonça vão os
adolescentes se expondo hoje muito mais ao álcool. Está se formando uma geração
de dependência de álcool. Além dos riscos à saúde, há os perigos de dirigir
embriagado, da violência e de traumatismos decorrentes do abuso de álcool.
segunda-feira, 21 de agosto de 2017
A ARTE DE EDUCAR - (I PARTE)
Estamos no primeiro século
do III milênio após a vinda do Cristo.
No Brasil, um país considerado do terceiro mundo pelo seu estado de
desenvolvimento, porém de um povo relativamente pacífico, de arraigado
sentimento religioso, com uma história sem guerras, que aboliu a escravatura
ainda no sáculo XIX, mas que, na atualidade, enfrenta sérios problemas
estruturais de educação, saúde, habitação, emprego, renda, violência, e
principalmente nos costumes e desigualdades regionais.
Desejoso de dar uma
contribuição, ainda que pequena, para que, no futuro, a situação do meu país
possa ser diferente, em minhas leituras e reflexões, interessei-me pelas ideias
de um estudioso da área da educação no século XIX, o qual afirma que “os problemas da humanidade provém da
imperfeição dos homens”.
sábado, 19 de agosto de 2017
ESPIRITISMO E COMUNISMO - (II PARTE)
A despeito de sua clara interdição aos
comunismos, Kardec viu neles o que certos espíritas não se permitem admitir: “o
objetivo é louvável, sem contradita” e, seus pensadores, “bem-intencionados”.
Na opinião do mestre, não seriam viáveis, principalmente, porque exigiriam “as
virtudes morais no grau supremo”. Ora; dois gumes nessa lâmina. Sujeito
histórico da era da incerteza, problematizo e opino livre de peias. Não tenho o
tolo fetiche de uma neutralidade que nada mais seria senão pretensa. Ser ou não
ser socialista, ou comunista, é uma opção; ser crítico do capitalismo é uma
obrigação. Os comunismos dependeriam de virtudes num grau inexistente. E o
capitalismo? Delas dependeria em que grau? Digo-o: zero. Ele as despreza. Lucro
maximizado e concentrado é só ao que ele conduz. Acúmulo que finda sem
capacidade distributiva e a gerar crises reincidentes. Por isso viceja,
normativo, o açambarcamento dos supérfluos em prejuízo de a quem falta o
indispensável; o esquecimento de toda lágrima que o culto das ambições fátuas
não permite seja enxugada; o mal emprego de altas cifras que melhor se
envidariam a disponibilizar o essencial a quem mesmo deste se encontra falto.
Segundo as leis morais espíritas, só o necessário é útil; o supérfluo, nunca o
é. O mérito espiritual está em resistir ao excesso, ao gozo das coisas inúteis;
no sacrifício até do que seja necessário em favor de quem carece do bastante.
Assim, o critério da verdadeira felicidade é olhar para baixo; não olhar para
cima senão para elevar a alma ao infinito. O mínimo comum de felicidade
relativa na Terra requer tão só a posse do necessário, a consciência tranquila
e a fé no futuro, sendo o mais rico o de menos demandas e, verdadeiramente
infeliz, só a quem falte o bastante à vida e à saúde do corpo.[xx] Como conciliar essa moral mais que espírita:
praticamente paleocristã, às formas de sociabilidade usurária do capitalismo?
Segundo o prof. A. L. Mascaro, tais formas “se estruturam em relações de
exploração, dominação, concorrência, antagonismo de indivíduos, grupos, classes
e Estados, sendo o conflito e a crise suas marcas inexoráveis”.[xxi] Exatamente o que nos leva ao antológico A.
Hauser: “(...) não foi toda a economia capitalista mera ilustração da teoria de
Maquiavel? Não mostrou ela claramente que a realidade obedecia à sua própria e
dura necessidade, que todas as ideias eram impotentes quando diante de sua
implacável lógica, e que a única alternativa era submeter-se-lhe ou ser
destruído por ela?”.[xxii] Não surpreende, pois,
o nosso supremo grau, não de virtudes pacíficas da alma, mas de vícios
beligerantes do corpo; o nosso calculado distanciamento do guia e modelo
indicado à humanidade na orientação imperativa do kardecismo: “Vede Jesus”.[xxiii] A meu juízo, o mesmo que disse: — Ai de vós,
ricos! Honrados os pobres![xxiv]
quinta-feira, 17 de agosto de 2017
CRÔNICAS DO COTIDIANO: PERDÃO E AUTOPERDÃO
“Porque
é a coisa certa. É a coisa certa para mim. É a coisa certa para Glen. Sinto que
meu pai está sendo celebrado. Minha mãe está sendo celebrada. Os pais de Glen
estão sendo celebrados. Toda a dor deles não é em vão. Temos esperança. Amor.
Possibilidades. E temos diálogo. Falamos sobre a perda. Sinto gratidão.” Assim
se expressa a canadense Margot von Sluytman, em depoimento à BBC, juntamente
com o assassino do seu pai, ao descreverem juntos a jornada surpreendente que a
fez perdoá-lo e se tornarem amigos. (saiba mais)
quarta-feira, 16 de agosto de 2017
VINTE ANOS DA TRAGÉDIA DOS "MAMONAS" E O SEU PORQUÊ ESPIRITUAL
Um fenômeno musical surgiu em Guarulhos, em
1990, chamando a atenção pela mistura de pop rock com outros gêneros populares,
tudo realizado com muita alegria, entusiasmo, irreverente humor e carisma.
Tratava-se de uma banda, de início, chamada de “Utopia” e depois, em 23 junho
de 1995, foi denominada de “Mamonas Assassinas”. A carreira foi meteórica,
terminando em 2 de março de 1996, quando atingia expressivo e esplendoroso
sucesso, inclusive com o único álbum de estúdio vendendo mais de 3 milhões de
cópias em menos de um ano, conquistando recorde mundial e sendo certificado com
disco de diamante.
Os componentes do grupo, Dinho, Júlio Rasec,
Samuel Reis de Oliveira, Alberto Hinoto e Sérgio Reis de Oliveira, acompanhados
de dois acompanhantes, Isaque Souto, primo de Dinho, e Sérgio Saturnino Porto,
segurança do grupo, voltando de um show, em Brasília, no avião Learjet modelo
25D, prefixo PT-LSD, foram vítimas de um desastre aéreo e desencarnaram. O
avião chocou-se com a Serra da Cantareira, em São Paulo, retornando igualmente
à Dimensão Espiritual o piloto e o copiloto. Portanto, há 20 anos aconteceu a
tragédia, causando acentuada comoção, desde que estava a banda vivenciando
exuberante sucesso em apenas sete meses de sua formação como Mamonas
Assassinas.
terça-feira, 15 de agosto de 2017
ESPIRITISMO E COMUNISMO - (I PARTE)
Inserta no terceiro dos discursos proferidos em
Lyon e Bordeaux (1862), está a crítica de Kardec aos sistemas de reforma social
que visam, ao fim, qualquer tipo de comunismo; [i] ao
mesmo tempo, trata-se de uma defesa contra assertivas de adesão espírita a tais
sistemas, no intuito de indispor a nova doutrina com a ditadura de Napoleão
III, intrigas da Igreja católica, estreitamente ligada àquele regime.
Concentra-se a crítica do mestre na inviabilidade desses sistemas por conta,
sobretudo, do estado moral da humanidade, composta, segundo o espiritismo, por
almas da terceira ordem da escala espírita, ou seja, nas quais a influência da
matéria ainda é dominante, donde a origem do seu vício radical: o egoísmo,
incompatível com a justiça, o amor e a caridade. [ii] Tais
sistemas levariam, no dizer de Kardec, a um estado de comunidade fundado na
completa abnegação da personalidade e, por efeito, requerendo o devotamento
mais absoluto, o que só se sustentaria, na opinião do mestre, havendo, em todos
os homens, o móvel da abnegação: a caridade, o amor ao próximo. Baseado na
evidente insuficiência dessas virtudes neste mundo — e, ao contrário do que
fizera doutras vezes, sem divisar a relevância do meio social melhorado para
uma consequente melhora dos indivíduos nele postos —, Kardec sentencia: 1) “a
totalidade das riquezas, postas em comum, criaria uma miséria geral ao invés de
uma miséria parcial”; 2) “a igualdade, estabelecida hoje, seria rompida amanhã
pela mobilidade da população e a diferença entre aptidões”; 3) “a igualdade
permanente de bens supõe a igualdade de capacidades e de trabalho”; 4) “A
experiência aí está, diante de nossos olhos, para provar que eles não extinguem
nem as ambições nem a cupidez. Antes de fazer a coisa para os homens, é preciso
formar os homens para a coisa. (...) de que maneira, sob o império do egoísmo,
fundar um sistema que requeira a abnegação em um sentido tão amplo que tenha
por princípio essencial a solidariedade de todos para cada um e de cada um para
com todos?”. E o espiritismo afinal quer o quê, senão isso a fim de contas?
Bem... Mas a que experiência se refere Kardec? 1) à dos socialismos
revolucionários, que bem se resume nestas palavras do prof. José Paulo Netto:
“(...) as insurreições proletárias de 1848 e sua repressão pela burguesia
(associada à nobreza que ela viera de derrocar) liquidaram as ‘ilusões
heroicas’ da Revolução Francesa e puseram a nu o caráter opressor da
organização social dela derivada”;[iii] 2) à dos
socialismos utópicos; em especial, de Saint-Simon, Fourier e Owen, a quem o
socialismo científico de Marx e Engels, por sinal, deve importantes matizes —
exploração do homem pelo homem, abolição do Estado, princípio distributivista
segundo capacidades e necessidades etc. —, mas nos quais, segundo estes últimos,
havia muitas deficiências teóricas, tais como: 1) “da mesma maneira que os
enciclopedistas, não se propõem emancipar primeiramente uma classe determinada,
mas, de chofre, toda a humanidade”;[iv] 2) “comunismo ainda totalmente rude e
irrefletido” por ser “apenas a expressão consequente da propriedade privada”,
no qual a “inveja e o desejo de nivelamento”, “pelo menos contra a propriedade
mais rica”, repisam “a essência da concorrência”, conduzindo a um minimalismo
representativo que “tem uma medida limitada determinada” e, desse modo, “nega a
personalidade do homem”, donde, pois, nesse comunismo rude, “a negação abstrata
do mundo inteiro da cultura e da civilização; o retorno à simplicidade não
natural do ser humano pobre sem carências que não ultrapassou a propriedade
privada, nem mesmo até ela chegou”;[v] 3) falta de uma análise econômica mais
abrangente da propriedade privada como base da exploração capitalista; 4)
essência apolítica, não reconhecimento da missão histórica do proletariado: ser
o coveiro da sociedade de classes na ação revolucionária.[vi]
domingo, 13 de agosto de 2017
PAI, PAPAI, PAIZÃO, PAIZINHO, PAINHO, PAPITO¹
Por
que determinar, apesar de outras finalidades impostas pelo mercado, um dia para
festejar os pais? Qual a importância de uma reflexão a respeito do papel
exercido pelo pai de família numa sociedade tão complexa quanto essa que a
nossa se tornou?
Acima
de qualquer artificialismo que joga na vala da hipocrisia os comportamentos que
aguardam um momento para ser publicados e logo se transmudam para a rotina de
indiferenças afetivas, datas que reservam espaço para homenagens se configuram
numa grande oportunidade para uma reprogramação de atitudes.
sexta-feira, 11 de agosto de 2017
OS LIMITES DA LIBERDADE
Em
que condições poderia o homem gozar de absoluta liberdade?
Nas
do eremita no deserto. Desde que juntos estejam dois homens, há entre eles
direitos recíprocos que lhes cumpre respeitar; não mais, portanto, qualquer
deles gozará de liberdade absoluta (Livro dos Espíritos, questão 826, Lei de
Liberdade).
Um náufrago vem ter em ilha
deserta. Constrói tosca habitação e ali se instala. Desfruta de liberdade plena.
Movimenta-se à vontade. Faz e desfaz, conforme lhe parece conveniente, senhor
absoluto daquela porção de terra.
Tempos depois chega outro
náufrago. A situação modifica-se. O primeiro experimentará limitações. A não
ser que se disponha a eliminar o recém-chegado, descendo à barbárie, deverá reconhecer
que seu direito de dispor da ilha esbarrará no direito do companheiro em
garantir a própria sobrevivência. Terão, pois, que dividir os recursos
existentes. E a liberdade de ambos diminuirá à medida que outros náufragos aparecerem.
quarta-feira, 9 de agosto de 2017
EDUCAÇÃO ESPIRITUAL E PAZ NA TERRA¹
O mundo
agoniza pela orquestração de conflitos que se multiplicam acobertados por
explicações e justificativas que apenas encobrem a incapacidade humana de parar
para ouvir o outro. As razões aludidas, verdadeiros tratados de diplomacia,
parecem querer transformar as mútuas ações danosas em causas nobres, quando na
verdade apenas expõem a face vergonhosa de uma espécie que representa o apogeu
da existência da vida no planeta, que é a nossa casa. Os espetáculos de barbaridades,
que escondem a cobiça de capital e poder, tornam a vida das pessoas algo
inexpressivo diante da necessidade de exploração e conquista.
terça-feira, 8 de agosto de 2017
"SIM" OU "NÃO", EIS A QUESTÃO:
Na Tailândia não se costuma dizer “não”. Isso é
evidente até mesmo nas palavras mais simples: “sim” é chai e o mais próximo a “não” que existe em tailandês é mai chai – que pode ser traduzido como
“não-sim“. Com uma cultura voltada para o coletivo, os tailandeses são
ensinados a se preocupar mais com o grupo do que consigo mesmos. É uma
sociedade altamente conservadora e tradicional, com uma tradição de que
demonstrar prazer e emoção é controlada por normas sociais restritas. “Um
tailandês sempre vai dizer ‘sim’ porque a etiqueta social determina que ele o
faça.” [1]
Do mesmo modo, aqui no ocidente alimentamos o
falso conceito que quem é bom nunca diz “não”. Contudo, a negativa salutar
jamais perturba. O que despedaça é o tom contundente no qual é vazado o “não”!
Proferir o “sim” ou dizer o “não” exige análise reflexiva e não deve nascer de
um impulso ou estado de ânimo alterado ou inerte. É evidente que “tanto quanto
o ‘sim’ deve ser pronunciado sem incenso bajulatório, o ‘não’ deve ser dito sem
aspereza”.[2]
domingo, 6 de agosto de 2017
FATORES ESPIRITUAIS DA OBSESIDADE
A
obesidade ou Pimelose é doença crônica grave, caracterizada por excesso de peso
corporal devido ao desequilíbrio entre as calorias ingeridas e as consumidas. É
resultado do balanço energético positivo, porquanto a concentração calórica
provida da ingestão alimentar é superior ao que é gasto.
Apresenta altas taxas de mortalidade, representando, atualmente, um dos
maiores problemas de saúde pública, no mundo, principalmente nos Estados
Unidos. A OMS (Organização Mundial de Saúde), em 1998, considerou- como a
epidemia do século.
sexta-feira, 4 de agosto de 2017
DEVORAR O PRÓPRIO CORAÇÃO
Acredito que você, leitor
amigo, nunca ouviu falar de Hipônoo, nome obscuro de um cidadão grego, filho de
Eurímede e Glauco, também ilustres desconhecidos, mas certamente conhece
Belerofante, o herói mitológico. Ambos
são a mesma pessoa.
Tendo
matado Beleros, tirano de Corinto, Hipônoo ficou famoso como “o matador de
Beleros” ou Belerofante. Suas aventuras fabulosas apresentam lances dramáticos,
ações indômitas, tragédias, mortes e horrores. Montado no Pégaso, o célebre
cavalo alado, realizou proezas memoráveis, como vencer as amazonas, as mulheres
guerreiras.
terça-feira, 1 de agosto de 2017
O ESPÍRITA É RELIGIOSO?¹
A palavra Religião tem derivação do latim e é
discutido pelos especialistas se significa re-unir/re-ligar (religare) ou
re-ler (relere), ambas as formas interpretadas como uma vinculação aos aspectos
metafísicos e sobrenaturais que conduzem à discussão a respeito da divindade. Definitivamente
foi a humanidade que inventou as palavras, logo elas revelam a nossa capacidade
de compreensão dos vocábulos para o mais adequado entendimento.
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