Como em tudo na vida, existem duas formas de
implantar espiritualidade na empresa: a adequada e a não adequada. A não
adequada é confundir “espiritualidade na empresa” com a implantação de
“religião na empresa”. E este crucial ato pode matar, no nascedouro, a mais
eficaz das ferramentas de gestão empresarial de todos os tempos.
Implantar “religião na empresa” significa
adotar dogmas, regras e rituais, que pela sua essência geram no ambiente
empresarial mais divergências do que convergências. Por outro lado, implantar
“espiritualidade na empresa” é adotar princípios e valores, no campo do
inter-relacionamento pessoal, que sejam comuns à todas as crenças, o que, em
síntese, significa a aplicação do necessário respeito e valorização do próximo
e da natureza, que é – esse respeito e valorização - o mais importante pilar da
produtividade empresarial.
Espiritualidade na empresa significa ações da
empresa e do seu quadro de funcionários que permitam estabelecer um clima de
cooperação mútua e de respeito ao próximo e à natureza. Essas benfazejas ações
vão propiciar o desenvolvimento pessoal que, além de melhorar substancialmente
a produtividade, tende a culminar na espiritualização do indivíduo. Em vez de
regras religiosas, devemos adotar procedimentos e atitudes que significarão a
aplicação da religiosidade e, assim, surgirão caminhos para o estabelecimento
de novos e fortes valores que implicarão no surgimento da responsabilidade
social da empresa e dos seus funcionários. Fato este que tenderá a gerar, como
natural consequência, a tão comentada e ainda não plenamente vivenciada ética
empresarial.