“(...) retornemos
agora à questão das doutrinas religiosas.
Podemos agora repetir
que todas elas são ilusões e insuscetíveis
de prova.
(...) Assim, a
religião seria a neurose obsessiva
universal da
humanidade.(...)”
(Sigmund Freud)
Em ensaio publicado com o título “O Futuro de uma Ilusão” Sigmund Freud,
pai da psicanálise, tenta demonstrar que a religião não passa de uma ilusão;
uma neurose obsessiva da Humanidade.
A
publicação provocou questionamentos e levou o pastor e psicanalista Oskar
Pfister à discordância, também dentro do âmbito psicanalítico – “A ilusão do futuro”-, que se
desenvolveu em um embate amigável, publicado no Brasil sob o título de Cartas entre Freud & Pfister.
Interessante notar que Freud
define ilusão diferente do usual – conotações de engano ou invalidade -,
mas da seguinte forma: “Uma ilusão não é
a mesma coisa que um erro: tampouco é necessariamente um erro. (...) Podemos,
portanto, chamar uma crença de ilusão quando uma realização de desejo constitui
fator proeminentemente em sua motivação e, assim procedendo, desprezamos suas relações
com a realidade, tal como a própria ilusão não dá valor à verificação.”