Pular para o conteúdo principal

ENCERRAMENTO DA II SEMANA JAIME ROLEMBERG - 17/11/2017



 (Texto elaborado com base nas obras literárias “Jaime, o escultor do bem” de Paulo Valente e, “A espiritualidade e a Obra de Fabiano”, ambos publicados pela CAPEMISA Social)




A abertura da nossa II Semana JAIME ROLEMBERG, que aconteceu na última segunda-feira, foi muito iluminada.
Nosso convidado, o professor César Soares dos Reis, presidente do Instituto de Cultura Espírita do Brasil (ICEB) e conselheiro do Conselho Deliberativo do Lar Fabiano de Cristo, conseguiu prender nossa atenção durante todo o tempo que falou sobre a vida e as obras do nosso Patrono, Coronel Jaime Rolemberg de Lima, fundador do Lar Fabiano de Cristo, uma obra de inclusão social, e da CAPEMISA, uma empresa previdenciária, criada com o objetivo principal de dar apoio financeiro à Obra de Fabiano.

Essa ideia era sui generis no mundo. Uma empresa de pessoas, criada para atrelar seu capital à filantropia. Até então, ninguém tinha pensado nisso. Por isso, dizemos que Jaime Rolemberg sempre esteve à frente do seu tempo.
Nós, espíritas, baseados nos ensinamentos dos Espíritos, sabemos que Jesus, o Cristo de Deus, é o Guia e Modelo do nosso comportamento. Contudo, também sabemos que não é errado tentarmos imitar os bons exemplos dos Homens de Bem que convivem conosco, nos esforçando em vivenciar esses exemplos cristãos, amando o próximo como a nós mesmos, como recomendou o nosso Mestre e Senhor Jesus.
Jaime Rolemberg era aquele “Homem de Bem”, que estudamos em O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XVII, item 3.
Percebemos isso quando lemos sua biografia e verificamos sua personalidade caridosa, já existente, desde sua infância.
O pequeno Jaime era um menino pobre, nasceu em uma família pobre, numa cidade pobre, no interior do Estado de Sergipe, Maruim. Contudo, uma coisa diferenciava aquele menino: ele era muito rico em fraternidade e amor ao próximo. Sua benevolência era inata.
Quando o pequeno Jaime contava com apenas 9 anos de idade, seus pais ficaram preocupados com ele. Mesmo comendo um pratão de comida todos os dias, o menino estava muito magro e a cada dia parecia que emagrecia mais.
O que estaria acontecendo com nosso filho? Pensavam seus pais. Mesmo sendo pobres, a comida nunca lhes faltou.
Certo dia, João Lima, seu pai, saiu atrás do pequerrucho para ver o que estava acontecendo, pois, todo dia, na hora do almoço, o pequeno Jaime enchia o prato de comida e ia comer fora de casa.
Então o pai descobriu o segredo de Jaime: embaixo de uma grande árvore, ele viu seu filho dar um assobio. Logo em seguida apareceram alguns dos garotos mais pobres das redondezas. Eles chegaram felizes, ansiosos. Todos sentaram formando uma roda e o prato de comida correu de mão em mão, saciando, pelo menos em parte, a fome coletiva.
Mais tarde, João Lima chamou seu filho para conversar. Disse a ele que sua mãe, dona Marocas, como era carinhosamente conhecida, estava muito preocupada com a magreza dele, pois, era fundamental se alimentar bem.
Foi então que o menino mais uma vez surpreendeu seu pai. Com a voz firme e decidida disse: - Pai, quando eu crescer vou estudar muito e trabalhar muito para dar comida a todas as crianças que não têm o que comer.
Podemos perceber que, naquele momento, apesar da pouca idade, a Obra de Fabiano de Cristo começava a tomar forma no Espírito Jaime Rolemberg.
O tempo passou..., o menino cresceu..., estudou e trabalhou bastante. E cumpriu a promessa que fizera a seu pai.
No dia 08 de janeiro de 1958, Jaime Rolemberg de Lima e outros amigos de ideal espírita, dentre os quais, Carlos Torres Pastorino, Alziro Zarur, Divaldo P. Franco, Chico Xavier, Gen. Augusto Duque-Estrada, Jorge Andrea dos Santos, etc., fundaram o Lar Fabiano de Cristo (LFC), uma obra de inclusão social que visa à educação integral do ser humano, acolhendo no seu seio os deserdados da Terra.
A história espiritual do LFC é narrada no opúsculo “A Espiritualidade e a Obra de Fabiano”, publicado pela CAPEMISA Social.
Dissemos anteriormente que Jaime Rolemberg era um Homem de Bem. Dissemos isso, porque ele possuía as qualidades que marcam os Bons Espíritos. Ele era bom, humano e benevolente com todos, sem distinção de raça nem de crenças, porque via todos os homens como irmãos.
Ele respeitava nos outros todas as convicções sinceras, e não lançava o anátema aos que não pensavam como ele. Em todas as circunstâncias, a caridade era o seu guia.
Mas, como todos nós que estamos encarnados um dia iremos desencarnar, Jaime Rolemberg de Lima desencarnou no dia 17 de janeiro de 1978, aos 64 anos incompletos. E o Brasil, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, ficou enlutado. As pessoas começaram a perceber, mais ainda, a grandiosidade daquela alma que veio cumprir uma missão de Amor aqui na Terra, em nome do Cristo Jesus.
No dia do seu sepultamento, no cemitério São João Batista (Zona sul do Rio de Janeiro), uma multidão compareceu para dar o último adeus ao seu benfeitor. Pessoas simples e anônimas; também, homens e mulheres de grande projeção social e política. Todos indistintamente tratados como irmãos por Jaime Rolemberg.
Sua filha, dona Eni Siqueira Lima, em outra oportunidade, fez a seguinte declaração: - Ali, no cemitério, eu vi que ele não era apenas o meu pai... ele era o pai de todos.
Vale a pena destacar uma história da vida do Coronel Rolemberg, narrada por Paulo Valente, ex-funcionário da CAPEMISA, que conviveu com o insigne militar espírita, no seu livro biográfico “Jaime, o escultor do bem”:
Nos dias subsequentes, por todo o país, muitas homenagens foram prestadas à memória de Jaime Rolemberg de Lima. Em centenas de municípios, ruas foram rebatizadas com o nome do Coronel. E muitas Câmaras de Vereadores, principalmente de cidades que abrigavam Obras do Lar Fabiano de Cristo, fizeram sessões especiais “in memorian” dele. Na de Salvador (BA) ocorreu um fato que merece citação especial, em virtude da pessoa envolvida e porque nada daquilo estava programado.
Corria normalmente a sessão da Câmara dos Vereadores de Salvador, onde Rolemberg estava sendo homenageado, quando de repente, em meio aos discursos, entra no Salão uma senhora pequena, magrinha, vestida com um hábito. Fez-se silêncio absoluto. Era Irmã Dulce, um baluarte na Bahia e no Brasil. Ela pediu a palavra e disse que mesmo não sendo convidada para aquela cerimônia, ela fez questão de comparecer porque gostaria de prestar sua homenagem àquele homem que a ajudara muito. Apesar de professarem diferentes crenças, foi ele quem a ajudou nas obras do seu Hospital, depois dela ter tentado obter recursos de várias maneiras e nada ter conseguido. Jaime Rolemberg ajudou-a sem fazer nenhum alarde.
Tudo começou quando o Coronel foi visitar Irmã Dulce na Bahia. Ele entrou no seu hospital, que apresentava condições bastante precárias. De maneira muito discreta, bem no seu estilo, foi tomando conhecimento de todas as necessidades e encetou o seguinte diálogo com a Irmã:
- O que a senhora está precisando aqui?
- De tudo... – disse Irmã Dulce.
- Olha, eu tenho uns amigos lá no Rio e eles podem até ajudar a senhora. Vou falar com eles, tá? – finalizou Rolemberg.
Voltando ao Rio de Janeiro, Jaime deu uma ordem para que remodelassem todo o hospital.
E a religiosa ganhou um lugar decente para atender seu pessoal. Os engenheiros que foram enviados a Salvador a fim de providenciar as obras, comentaram a surpresa manifestada pela Irmã Dulce: - Então, aquele moço, com aquele jeitinho que você não dá nada por ele, é quem mandava?
Foi em função deste acontecimento que a Irmã Dulce foi à Câmara de Vereadores prestar sua homenagem à Jaime Rolemberg de Lima, Patrono do nosso Grupo de Estudos Espíritas.
Ainda no Mundo espiritual, o Espírito Jaime Rolemberg recebeu a missão de mostrar ao mundo as possibilidades de uma convivência fraterna e solidária entre todos os homens. E ele conseguiu cumprir bem essa missão.
Mesmo estando vinculada ao Espiritismo e tendo as suas raízes plantadas nesta Doutrina de Amor, a Obra de Fabiano é universalista. Ela ensina que a miséria humana não tem religião, pois, todos estamos sujeitos a ela; assim como a caridade também não tem, já que todos podem e deveriam praticá-la como ensinou Jesus.
Assim, caríssimos irmãos, ao darmos por encerrada a nossa II Semana JAIME ROLEMBERG, iniciada segunda-feira passada com a participação do insigne amigo, Coronel César Soares dos Reis, trabalhador incansável da Obra de Fabiano, desde as primeiras horas, e presidente do ICEB, que veio aqui em Fortaleza especialmente para nos conhecer, queremos manifestar a todos a nossa eterna gratidão.
E hoje, quando completamos16 anos de fundação, queremos, perante todos amigos presentes, encarnados e desencarnados, ratificarmos nosso compromisso com a Doutrina Espírita, divulgando-a com responsabilidade e respeito.
Coronel Jaime Rolemberg de Lima, Patrono espiritual do Grupo de Estudos Espíritas Jaime Rolemberg, nós te saudamos com nossas humildes continências, rogando a Deus Suas bênçãos para o querido amigo, para a Obra de Fabiano de Cristo e para todos os nela envolvidos direta ou indiretamente.
E para finalizarmos nossas homenagens, passamos a ler o seu poema favorito “Success” (Sucesso), da poetisa norte-americana Elizabeth-Anne (1879-1952), escrito em 1904:
O Homem que venceu na vida é aquele que viveu bem,
riu muitas vezes e amou muito,
que conquistou o respeito dos homens inteligentes e o amor das crianças,
que preencheu um lugar e cumpriu uma missão,
que deixa o mundo melhor do que encontrou,
seja uma flor, um poema perfeito ou o salvamento de uma alma,
que procurou o melhor nos outros e deu o melhor de si.

Paz para todos.

Comentários

  1. Agradeço a todos que, direta ou indiretamente, colaboraram e participaram com a nossa II Semana JAIME ROLEMBERG.

    ResponderExcluir
  2. Cesar Soares dos Reis ajudou a transformar a CAIXA DE PECÚLIOS, PENSÕES E MONTEPIOS - CAPEMI (BENEFICENTE),EM CAPEMISA SEGURADORA DE VIDA E PREVIDENCIA CAPEMI(SA) SOCIEDADE ANÔNIMA, POR AÇÕES, deixando seus associados como mero SEGURADOS submetidos a S/A composta por ACIONISTAS. Ver PORTARIA SUSEP Nº 2.756, de 17 de setembro de 2007. Portaria cheia de erros, corrigidos posteriormente: DOU de 10/03/2008; DOU de 20/11/2008.Era Presidente da SUSEP- ARMANDO VERGILIO DOS SANTOS JUNIOR...

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

PESTALOZZI E KARDEC - QUEM É MESTRE DE QUEM?¹

Por Dora Incontri (*) A relação de Pestalozzi com seu discípulo Rivail não está documentada, provavelmente por mais uma das conspirações do silêncio que pesquisadores e historiadores impõem aos praticantes da heresia espírita ou espiritualista. Digo isto, porque há 13 volumes de cartas de Pestalozzi a amigos, familiares, discípulos, reis, aristocratas, intelectuais da Europa inteira. Há um 14º volume, recentemente publicado, que são cartas de amigos a Pestalozzi. Em nenhum deles há uma única carta de Pestalozzi a Rivail ou vice-versa. Pestalozzi sonhava implantar seu método na França, a ponto de ter tido uma entrevista com o próprio Napoleão Bonaparte, que aliás se mostrou insensível aos seus planos. Escreveu em 1826 um pequeno folheto sobre suas ideias em francês. Seria quase impossível que não trocasse sequer um bilhete com Rivail, que se assinava seu discípulo e se esforçava por divulgar seu método em Paris. Pestalozzi, com seu caráter emotivo e amoroso, não era de ...

OS FILHOS DE BEZERRA DE MENEZES

                              As biografias escritas sobre Bezerra de Menezes apresentam lacunas em relação a sua vida familiar. Em quase duas décadas de pesquisas, rastreando as pegadas luminosas desse que é, indubitavelmente, a maior expressão do Espiritismo no Brasil do século XIX, obtivemos alguns documentos que nos permitem esclarecer um pouco mais esse enigma. Mais recentemente, com a ajuda do amigo Chrysógno Bezerra de Menezes, parente do Médico dos Pobres residente no Rio de Janeiro, do pesquisador Jorge Damas Martins e, particularmente, da querida amiga Lúcia Bezerra, sobrinha-bisneta de Bezerra, residente em Fortaleza, conseguimos montar a maior parte desse intricado quebra-cabeças, cujas informações compartilhamos neste mês em que relembramos os 180 anos de seu nascimento.             Bezerra casou-se...

SOBRE ATALHOS E O CAMINHO NA CONSTRUÇÃO DE UM MUNDO JUSTO E FELIZ... (1)

  NOVA ARTICULISTA: Klycia Fontenele, é professora de jornalismo, escritora e integrante do Coletivo Girassóis, Fortaleza (CE) “Você me pergunta/aonde eu quero chegar/se há tantos caminhos na vida/e pouca esperança no ar/e até a gaivota que voa/já tem seu caminho no ar...”[Caminhos, Raul Seixas]   Quem vive relativamente tranquilo, mas tem o mínimo de sensibilidade, e olha o mundo ao redor para além do seu cercado se compadece diante das profundas desigualdades sociais que maltratam a alma e a carne de muita gente. E, se porventura, também tenha empatia, deseja no íntimo, e até imagina, uma sociedade que destrua a miséria e qualquer outra forma de opressão que macule nossa vida coletiva. Deseja, sonha e tenta construir esta transformação social que revolucionaria o mundo; que revolucionará o mundo!

TRAPALHADAS "ESPÍRITAS" - ROLAM AS PEDRAS

  Por Marcelo Teixeira Pensei muito antes de escrever as linhas a seguir. Fiquei com receio de ser levado à conta de um arrogante fazendo troça da fé alheia. Minha intenção não é essa. Muito do que vou narrar neste e nos próximos episódios talvez soe engraçado. Meu objetivo, no entanto, é chamar atenção para a necessidade de estudarmos Kardec. Alguns locais e situações que citarei não se dizem espíritas, mas espiritualistas ou ecléticos. Por isso, é importante que eu diga que também não estou dizendo que eles estão errados e que o movimento espírita, do qual faço parte, é que está certo. Seria muita presunção de minha parte. Mesmo porque, pelo que me foi passado, todos primam pela boa intenção. E isso é o que vale.

A HISTÓRIA DA ÁRVORE GENEROSA

                                                    Para os que acham a árvore masoquista Ontem, em nossa oficina de educação para a vida e para a morte, com o tema A Criança diante da Morte, com Franklin Santana Santos e eu, no Espaço Pampédia, houve uma discussão fecunda sobre um livro famoso e belo: A Árvore Generosa, de Shel Silverstein (Editora Cosac Naify). Bons livros infantis são assim: têm múltiplos alcances, significados, atingem de 8 a 80 anos, porque falam de coisas essenciais e profundas. Houve intensa discordância quanto à mensagem dessa história, sobre a qual já queria escrever há muito. Para situar o leitor que não leu (mas recomendo ler), repasso aqui a sinopse do livro: “’...

SOCIALISMO E ESPIRITISMO: Uma revista espírita

“O homem é livre na medida em que coloca seus atos em harmonia com as leis universais. Para reinar a ordem social, o Espiritismo, o Socialismo e o Cristianismo devem dar-se nas mãos; do Espiritismo pode nascer o Socialismo idealista.” ( Arthur Conan Doyle) Allan Kardec ao elaborar os princípios da unidade tinha em mente que os espíritas fossem capazes de tecer uma teia social espírita , de base morfológica e que daria suporte doutrinário para as Instituições operarem as transformações necessárias ao homem. A unidade de princípios calcada na filosofia social espírita daria a liga necessária à elasticidade e resistência aos laços que devem unir os espíritas no seio dos ideais do socialismo-cristão. A opção por um “espiritismo religioso” fundado pelo roustainguismo de Bezerra Menezes, através da Federação Espírita Brasileira, e do ranço católico de Luiz de Olympio Telles de Menezes, na Bahia, sufocou no Brasil o vetor socialista-cristão da Doutrina Espírita. Telles, ao ...

O ESPIRITISMO É PROGRESSISTA

  “O Espiritismo conduz precisamente ao fim que se propõe todos os homens de progresso. É, pois, impossível que, mesmo sem se conhecer, eles não se encontrem em certos pontos e que, quando se conhecerem, não se deem - a mão para marchar, na mesma rota ao encontro de seus inimigos comuns: os preconceitos sociais, a rotina, o fanatismo, a intolerância e a ignorância.”   Revista Espírita – junho de 1868, (Kardec, 2018), p.174   Viver o Espiritismo sem uma perspectiva social, seria desprezar aquilo que de mais rico e produtivo por ele nos é ofertado. As relações que a Doutrina Espírita estabelece com as questões sociais e as ciências humanas, nos faculta, nos muni de conhecimentos, condições e recursos para atravessarmos as nossas encarnações como Espíritos mais atuantes com o mundo social ao qual fazemos parte.

ÉTICA E PODER

     Por Doris Gandres Do ponto de vista filosófico, ética e moral são conceitos diferentes, embora, preferivelmente, devessem caminhar juntos. A ética busca fundamentação teórica para encontrar o melhor modo de viver de acordo com o pensamento e o interesse humanos. Enquanto que a moral se fundamenta na obediência a normas, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos – e mais, se fundamenta em princípios de respeito a valores superiores de justiça, fraternidade e solidariedade, ou seja, nas próprias leis naturais, as leis divinas.

O BRASIL CÍNICO: A “FESTA POBRE” E O PATRIMONIALISMO NA CANÇÃO DE CAZUZA

  Por Jorge Luiz “Não me convidaram/Pra esta festa pobre/Que os homens armaram/Pra me convencer/A pagar sem ver/Toda essa droga/Que já vem malhada/Antes de eu nascer/(...)/Brasil/Mostra a tua cara/Quero ver quem paga/Pra gente ficar assim/Brasil/Qual é o teu negócio/O nome do teu sócio/Confia em mim.”   “ A ‘ Festa Pobre ’ e os Sócios Ocultos: Uma Análise da Canção ‘ Brasil ’”             Os verso s acima são da música Brasil , composta em 1988 por Cazuza, período da redemocratização do Brasil, notabilizando-se na voz de Gal Costa. A música foi tema da novela Vale Tudo (1988), atualmente exibida em remake.             A festa “pobre” citada na realidade ocorreu, realizada por aqueles que se convencionou chamar “mercado”,   para se discutir um novo plano financeiro, para conter a inflação galopante que assolava a Nação. Por trás da ironia da pobreza, re...

É HORA DE ESPERANÇARMOS!

    Pé de mamão rompe concreto e brota em paredão de viaduto no DF (fonte g1)   Por Alexandre Júnior Precisamos realmente compreender o que significa este momento e o quanto é importante refletirmos sobre o resultado das urnas. Não é momento de desespero e sim de validarmos o esperançar! A História do Brasil é feita de invasão, colonização, escravização, exploração e morte. Seria ingenuidade nossa imaginarmos que este tipo de política não exerce influência na formação do nosso povo.