Pular para o conteúdo principal

"AI DAS MULHERES, QUE NAQUELES DIAS, ESTIVEREM GRÁVIDAS.... (Lc, 21-23)





Predição relativa ao “Final do Mundo”?

O Evangelho de Mateus, precisamente no capítulo 24, versículo 19 e o Evangelho de Lucas, capítulo 21, revelam a profecia de Jesus, fazendo menção a dias terríveis pelos quais já está passando a Humanidade, principalmente em relação às mulheres grávidas. 

A Doutrina Espírita, revestida de uma fé raciocinada e enfatizando o incomensurável amor de Deus, com muita propriedade, esclarece que não haverá o aterrorizante e escatológico “fim do mundo físico”, o que revelaria desamor à Humanidade por parte de seu Criador, o que fere enfaticamente a razão e o bom senso. O Mestre abordou, com muito realce e determinação, o chamado fim do mundo moral, a grande transformação que acontecerá, em nosso orbe, evoluindo de “mundo de provas e expiação” para “mundo de regeneração”.


O ensino de Jesus é de extrema clareza à luz da revelação do Consolador Prometido (João 16:7-14), esclarecendo que muitos sinais aconteceriam, antecedendo a sublime separação do joio do trigo, sendo colocados à esquerda os seres inferiores, ainda não esclarecidos, que não poderão, na Terra, mais permanecer. Contudo, nenhum toque de mágica será responsável por esse sublime acontecimento, porquanto os espíritos não esclarecidos não deixarão a Terra, “senão quando daí estejam banidos o orgulho e o egoísmo”, desde que somente “por meio do progresso moral e praticando as leis de Deus é que o homem atrairá para a Terra os bons Espíritos e dela afastará os maus” (Questão 1019 de O Livro dos Espíritos), o que parece estar ainda muito longe de acontecer. Contudo, na falta do amor, sempre surgirá a dor para despertar mais rápida a Humanidade e reeducá-la.

 Chegou a hora na qual o Cristo não falaria mais por parábolas, mas abertamente acerca do Pai (João 16: 25) e o Espiritismo, sendo a Doutrina do Consolador, enfatiza a necessidade da instrução moral do homem, proporcionando os subsídios necessários para a implantação do bem, na Terra, onde serão vivenciados o amor e a justiça. Para que esse estado de direito surja o mais acelerado possível é necessária uma pedagogia integral, como a espírita, reafirmando que a fonte do bem e da felicidade serão conquistadas pelo homem através dos seus próprios esforços e para que isso se concretizem serão necessários também suplantar os flagelos morais que assolam o planeta.



BOX-1:     A Importância dos Flagelos para a Reeducação dos Espíritos Reencarnados.

A questão 737 de “OLE” esclarece o porquê da ocorrência das calamidades destruidoras. Os excelsos Instrutores da Dimensão Extrafísica afirmam que a razão das catástrofes é permitir o avanço da Humanidade mais depressa. Enfaticamente ressaltam “ser a destruição uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento.  Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados. Somente do vosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são frequentemente necessárias para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos”.

Na questão 738, Allan Kardec pergunta “se Deus não poderia empregar, para melhorar a Humanidade, outros meios que não os flagelos destruidores”. Prontamente, recebe a seguinte resposta: “ — Sim, e diariamente os emprega, pois deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. E o homem que não os aproveita; então, é necessário castigá-lo em seu orgulho e fazê-lo sentir a própria fraqueza”.

O Codificador continua a perquirir a Espiritualidade Superior: “Como nos flagelos, porém, o homem de bem sucumbe como os perversos; isso é justo?”. O esclarecimento, tão importante como a pergunta, se fez presente: “Durante a vida, o homem relaciona tudo a seu corpo, mas, após a morte, pensa de outra maneira. Como já dissemos, a vida do corpo é um quase nada; um século de vosso mundo é um relâmpago na Eternidade. Os sofrimentos que duram alguns dos vossos meses ou dias, nada são. Apenas um ensinamento que vos servirá no futuro. Os Espíritos que preexistem e sobrevivem a tudo, eis o mundo real. São eles os filhos de Deus e o objeto de sua solicitude. Os corpos não são mais que disfarces sob os quais aparecem no mundo. Nas grandes calamidades que dizimam os homens, eles são como um exército que, durante a guerra, vê os seus uniformes estragados, rotos ou perdidos. O general tem mais cuidado com os soldados do que com as vestes” (Q. 738-a de “OLE”).

Quanto às vítimas das catástrofes, os Benfeitores do Além afirmam que “se considerássemos a vida no que ela é, e quanto é insignificante em relação ao infinito, menos importância lhe daríamos. Essas vítimas terão noutra existência uma larga compensação para os seus sofrimentos, se souberem suportá-los sem lamentar” (Q. 738-b de “OLE”).

Kardec faz o seguinte comentário, tão brilhante como as respostas dos Espíritos Superiores: “Quer a morte se verifique por um flagelo ou por uma causa ordinária, não se pode escapar a ela quando soa a hora da partida: a única diferença é que no primeiro caso parte um grande número ao mesmo tempo.

      “Se pudéssemos elevar-nos pelo pensamento de maneira a abranger toda a Humanidade numa visão única, esses flagelos tão terríveis não nos pareceriam mais do que tempestades passageiras no destino do mundo”.

Aprendemos, na Doutrina Espírita, que “os flagelos são provas que proporcionam ao homem a ocasião de exercitar a inteligência, de mostrar a sua paciência e a sua resignação ante a vontade de Deus, ao mesmo tempo que lhe permitem desenvolver os sentimentos de abnegação, de desinteresse próprio e de amor ao próximo, se ele não for dominado pelo egoísmo” (Q. 740 de “OLE”).

    “Muitos flagelos são as consequências da própria imprevidência do homem. À medida que ele adquire conhecimentos e experiências, pode conjurá-los, quer dizer, preveni-los, se souber pesquisar-lhes as causas. Mas entre os males que afligem a Humanidade, há os que são de natureza geral e pertencem aos desígnios da Providência. Desses, cada indivíduo recebe, em menor ou maior proporção, a parte que lhe cabe, não lhe sendo possível opor nada mais que a resignação à vontade de Deus. Mas ainda esses males são geralmente agravados pela indolência do homem” (Q. 741 de “OLE”).



   BOX-2:        O Flagelo criado pelo Vírus ZIKA.

Triste a constatação de que a doença é consequência do descaso do governo e da população, deixando que a moléstia assuma proporções tão sérias e preocupantes. Afinal, um simples inseto é o agente transmissor do vírus. Contudo, o mal produzido pelo homem é aproveitado pela Legislação Divina para servir de acicate à sua evolução espiritual. O que o homem semear, terá de colher, “o plantio é livre, mas a colheita é obrigatória”: “O escândalo é necessário, mas daquele por quem vem o escândalo” (Mateus 18:6).

A Humanidade terrena, ainda não esclarecida e pouco evoluída, necessita de um orbe propício ao seu crescimento moral e intelectual, denominado de “mundo de provas e expiações”, onde a Lei Divina, inserida na própria consciência de cada ser, exerce sua bendita justiça. O mal é decorrência do mau uso do livre-arbítrio, consequente à imperfeição humana, não havendo a obrigatoriedade de ser praticado.

Através do assolador egoísmo, os homens criaram a extrema riqueza e, consequentemente, a extrema pobreza. A Lei Divina aproveita esses fatores ambientais como valia-se da escravidão negra, ainda tira proveito da guerra, tudo criado pelo próprio homem, para resgate ou reeducação dos espíritos endividados no pretérito destoante, necessitando “nascer de novo” na carne, visando sua própria regeneração. É importante frisar que a própria opressão leva os oprimidos a superá-la. Sem esse processo dialético, não haveria crescimento espiritual.

Digno de menção que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência médica global no dia 1º de fevereiro em decorrência da disseminação do zika, havendo forte suspeita de que possa estar o vírus ligado à microcefalia e à síndrome de Guillain-Barré. A primeira é uma doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal para a sua idade, afetando o seu desenvolvimento mental, porque os ossos da cabeça se unem precocemente, impedindo que o cérebro cresça e se desenvolva normalmente. A segunda é uma doença neurológica grave caracterizada pela inflamação dos nervos e fraqueza muscular, com desenvolvimento rápido e piorando ao longo do tempo, podendo deixar o indivíduo paralisado em menos de 3 dias, sendo capaz de chegar ao êxito letal. Felizmente, alguns pacientes não são afetados gravemente, apresentando somente fraqueza nos braços e nas pernas.

O vírus já foi encontrado na placenta e no sêmen, havendo suspeita de contágio por transmissão sexual. Especialistas em infectologia, ressaltando que a placenta e os testículos são órgãos que dificultam a ação do sistema imunológico, afirmam que há possibilidade do zika persistir e de se multiplicar, sendo mais difícil combatê-lo.

Dada a forte possibilidade do embrião e do feto serem atacados pelo vírus, as autoridades pedem que as gestações sejam adiadas. Os materialistas surgem, advogando o assassinato cruel e covarde dos bebês pelo execrável aborto, sem amparo moral. A interrupção arbitrária de uma vida durante a gestação pode acarretar problemas sérios de ordem física e psicológica, mesmo quando realizada legalmente, em boas condições hospitalares. Dilacerar ou sugar o indivíduo, na fase embrionária ou fetal, já abrigado no refúgio materno, sentindo-se amparado e preparando-se para viver entre nós, é, sem dúvida, um ato verdadeiramente selvagem e bestial. Se o corpo humano estivesse apenas restrito à parte material, física por excelência, da vida, assim como acredita o materialista, mesmo assim o aborto se apresenta como um horripilante, empedernido e insensível crime. Existe no cadinho materno um ser vivo, um indivíduo com características próprias, e não um simples apêndice do corpo da mãe.

Os espiritualistas sabem que o acaso não existe e o ensino espírita ratifica igualmente que nem todos os afetados pela doença sofrerão a microcefalia e o comprometimento em outros órgãos. Para a ciência não há a devida explicação para esse fato, sabendo a Doutrina Espírita que só serão incididos pelo flagelo produzido pelo zika os espíritos que precisam se defrontar com a devida expiação, necessária para reparar o mal que se encontra provisoriamente vincado nos recessos da alma e que foi criado em vivências pretéritas. Na mesma intensidade em que se devotaram ao mal, alimentando-o e abrigando-o dentro de si, terão, no momento certo, quando surge a chance da reencarnação, de expiá-lo, mesmo que seja através das consequências de uma doença causada por um vírus inoculado por um maléfico mosquito.

Além do zica, o vírus da rubéola e o da citomegalia podem ocasionar lesões como a microcefalia e o retardamento mental. A presença do espírito desarmônico (expiação) faz com que, aliada à deficiência imunológica da mãe, os vírus se tornem mais atuantes

Em alguns casos, principalmente por provação, pode o espírito, mesmo sem estar lesado, escolher uma genitora que lhe proporcionará a doença física necessária, no momento, à sua evolução. Graças a esse ensinamento, percebe-se que o indivíduo, “nascendo de novo”, por sua própria vontade, em respeito ao seu livre-arbítrio e com a ajuda dos espíritos construtores (seres que trabalham no processo da reencarnação), permite a embriopatia, deixando de exercer defesa vibratória contra o vírus.

No caso de mães acometidas da doença e que conceberam crianças normais, a vestimenta espiritual (perispírito) do ser reencarnante, por não estar comprometida, não dá ensejo à formação de um corpo físico deformado. A presença harmônica do períspirito impediria a disseminação dos vírus no concepto, mantendo-os confinados na placenta.

Assim disse o Instrutor Emmanuel, através da psicografia marcante do saudoso Chico Xavier: “Ante o catre da enfermidade mais insidiosa e mais dura, brilha o socorro da Infinita Bondade facilitando, a quem deve, a conquista da quitação. Por isso mesmo, nas próprias moléstias reconhecidamente obscuras para a diagnose terrestre, fulgem lições cujo termo é preciso esperar, a fim de que o homem lhes não perca a essência divina. E tal acontece, porque o corpo carnal, ainda mesmo o mais mutilado e disforme, em todas as circunstâncias, é o sublime instrumento em que a alma é chamada a acender a flama de evolução” (Religião dos Espíritos).

Tudo caminha para a regeneração do ser espiritual que transita na Terra. Deus é Amor e nunca destruiria uma de suas casas planetárias. Portanto, não existe fim do mundo. O que está acontecendo e já foi previsto é a preparação para um momento de transição, o qual, segundo Jesus, será de separação, porquanto somente os bons espíritos herdarão a Terra.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PESTALOZZI E KARDEC - QUEM É MESTRE DE QUEM?¹

Por Dora Incontri (*) A relação de Pestalozzi com seu discípulo Rivail não está documentada, provavelmente por mais uma das conspirações do silêncio que pesquisadores e historiadores impõem aos praticantes da heresia espírita ou espiritualista. Digo isto, porque há 13 volumes de cartas de Pestalozzi a amigos, familiares, discípulos, reis, aristocratas, intelectuais da Europa inteira. Há um 14º volume, recentemente publicado, que são cartas de amigos a Pestalozzi. Em nenhum deles há uma única carta de Pestalozzi a Rivail ou vice-versa. Pestalozzi sonhava implantar seu método na França, a ponto de ter tido uma entrevista com o próprio Napoleão Bonaparte, que aliás se mostrou insensível aos seus planos. Escreveu em 1826 um pequeno folheto sobre suas ideias em francês. Seria quase impossível que não trocasse sequer um bilhete com Rivail, que se assinava seu discípulo e se esforçava por divulgar seu método em Paris. Pestalozzi, com seu caráter emotivo e amoroso, não era de ...

OS FILHOS DE BEZERRA DE MENEZES

                              As biografias escritas sobre Bezerra de Menezes apresentam lacunas em relação a sua vida familiar. Em quase duas décadas de pesquisas, rastreando as pegadas luminosas desse que é, indubitavelmente, a maior expressão do Espiritismo no Brasil do século XIX, obtivemos alguns documentos que nos permitem esclarecer um pouco mais esse enigma. Mais recentemente, com a ajuda do amigo Chrysógno Bezerra de Menezes, parente do Médico dos Pobres residente no Rio de Janeiro, do pesquisador Jorge Damas Martins e, particularmente, da querida amiga Lúcia Bezerra, sobrinha-bisneta de Bezerra, residente em Fortaleza, conseguimos montar a maior parte desse intricado quebra-cabeças, cujas informações compartilhamos neste mês em que relembramos os 180 anos de seu nascimento.             Bezerra casou-se...

“TUDO O QUE ACONTECER À TERRA, ACONTECERÁ AOS FILHOS DA TERRA.”

    Por Doris Gandres Esta afirmação faz parte da carta que o chefe índio Seattle enviou ao presidente dos Estados Unidos, Franklin Pierce, em 1854! Se não soubéssemos de quem e de quando é essa declaração poder-se-ia dizer que foi escrita hoje, por alguém com bastante lucidez para perceber a interdependência entre tudo e todos. O modo como vimos agindo na nossa relação com a Natureza em geral há muitos séculos, não apenas usando seus recursos, mas abusando, depredando, destruindo mananciais diversos, tem gerado consequências danosas e desastrosas cada vez mais evidentes. Por exemplo, atualmente sabemos que 10 milhões de toneladas de plásticos diversos são jogadas nos oceanos todo ano! E isso sem considerar todas as outras tantas coisas, como redes de pescadores, latas, sapatos etc. e até móveis! Contudo, parece que uma boa parte de nós, sobretudo aqueles que priorizam seus interesses pessoais, não está se dando conta da gravidade do que está acontecendo...

A FÉ COMO CONTRAVENÇÃO

  Por Jorge Luiz               Quem não já ouviu a expressão “fazer uma fezinha”? A expressão já faz parte do vocabulário do brasileiro em todos os rincões. A sua história é simbiótica à história do “jogo do bicho” que surgiu a partir de uma brincadeira criada em 1892, pelo barão João Batista Viana Drummond, fundador do zoológico do Rio de Janeiro. No início, o zoológico não era muito popular, então o jogo surgiu para incentivar as visitas e evitar que o estabelecimento fechasse as portas. O “incentivo” promovido pelo zoológico deu certo, mas não da maneira que o barão imaginava. Em 1894, já era possível comprar vários bilhetes – motivando o surgimento do bicheiro, que os vendia pela cidade. Assim, o sorteio virou jogo de azar. No ano seguinte, o jogo foi proibido, mas aí já tinha virado febre. Até hoje o “jogo do bicho” é ilegal e considerado contravenção penal.

"ANDA COM FÉ EU VOU..."

  “Andá com fé eu vou. Que a fé não costuma faiá” , diz o refrão da música do cantor Gilberto Gil. Narra a carta aos Hebreus que a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. Cremos que fé é a certeza da aquisição daquilo que se tem como finalidade.

O CERNE DA QUESTÃO DOS SOFRIMENTOS FUTUROS

   I Com o advento da concepção da autonomia moral e livre-arbítrio dos indivíduos, a questão das dores e provas futuras encontra uma nova noção, de acordo com o que se convencionou chamar justiça divina. ***   Inicialmente. O pior das discussões sobre os fundamentos do Espiritismo se dá quando nos afastamos do ponto central ou, tão prejudicial quanto, sequer alcançamos esse ponto, ou seja, permanecemos na periferia dos fatos, casos e acontecimentos justificadores. As discussões costumam, normalmente e para mal dos pecados, se desviarem do foco e alcançar um estágio tal de distanciamento que fica impossível um retorno. Em grande parte das vezes, o acirramento dos ânimos se faz inevitável.

FUNDAMENTALISMO AFETA FESTAS JUNINAS

  Por Ana Cláudia Laurindo   O fundamentalismo religioso tenta reconfigurar no Brasil, um país elaborado a partir de projetos de intolerância que grassam em pequenos blocos, mas de maneira contínua, em cada situação cotidiana, e por isso mesmo, tais ações passam despercebidas. Eles estão multiplicando, por isso precisamos conhecer a maneira com estas interferências culturais estão atuando sobre as novas gerações.

JESUS TEM LADO... ONDE ESTOU?

   Por Jorge Luiz  A Ilusão do Apolitismo e a Inerência da Política Há certo pedantismo de indivíduos que se autodenominam apolíticos como se isso fosse possível. Melhor autoafirmarem-se apartidários, considerando a impossibilidade de se ser apolítico. A questão que leva a esse mal entendido é que parte das pessoas discordam da forma de se fazer política, principalmente pelo fato instrumentalizado da corrupção, que nada tem do abrangente significado de política. A política partidária é considerada quando o indivíduo é filiado a alguma agremiação religiosa, ou a ela se vincula ideologicamente. Quanto ao ser apolítico, pensa-se ser aquele indiferente ou alheio à política, esquecendo-se de que a própria negação da política faz o indivíduo ser político.

NÃO SÃO IGUAIS

  Por Orson P. Carrara Esse é um detalhe imprescindível da Ciência Espírita. Como acentuou Kardec no item VI da Introdução de O Livro dos Espíritos: “Vamos resumir, em poucas palavras, os pontos principais da doutrina que nos transmitiram”, sendo esse destacado no título um deles. Sim, porque esse detalhe influi diretamente na compreensão exata da imortalidade e comunicabilidade dos Espíritos. Aliás, vale dizer ainda que é no início do referido item que o Codificador também destaca: “(...) os próprios seres que se comunicam se designam a si mesmos pelo nome de Espíritos (...)”.

A HISTÓRIA DA ÁRVORE GENEROSA

                                                    Para os que acham a árvore masoquista Ontem, em nossa oficina de educação para a vida e para a morte, com o tema A Criança diante da Morte, com Franklin Santana Santos e eu, no Espaço Pampédia, houve uma discussão fecunda sobre um livro famoso e belo: A Árvore Generosa, de Shel Silverstein (Editora Cosac Naify). Bons livros infantis são assim: têm múltiplos alcances, significados, atingem de 8 a 80 anos, porque falam de coisas essenciais e profundas. Houve intensa discordância quanto à mensagem dessa história, sobre a qual já queria escrever há muito. Para situar o leitor que não leu (mas recomendo ler), repasso aqui a sinopse do livro: “’...