Atualmente estamos atravessando períodos
instáveis na área da sexualidade e do sentimento humano. Em um artigo publicado
no Mail, David Levy, autor de ‘Love and Sex With Robots’ (Amor e sexo com
robôs, em tradução livre), diz: “Os robôs sexuais serão muito semelhantes aos
humanos em tamanho e aparência. Eles terão órgãos genitais como os dos humanos,
e será possível práticas sexuais com eles de acordo com a orientação e as preferências
sexuais do dono.” “As máquinas em questão estão sendo desenvolvidas pela
empresa Abyss Creations em sua fábrica na Califórnia. O preço estimado para o
varejo é de U$ 15 mil (cerca de R$ 48 mil). [1]
Noticia-se horríveis casos de pedofilia,
zoofilia, necrofilia, febofilia, pederastia, entre outros intermináveis tipos
perversões sexuais. Atualmente há ativistas que copulam literalmente com a
natureza para “salvá-la” da destruição(!…?…) Isso mesmo! Apareceu uma nova
modalidade de comportamento sexual, o ecossexualismo, que está se disseminando
especialmente no hemisfério Norte.
Narram que os ecossexualistas praticam o
coito com árvores. Se penduram desnudos nos galhos e arriscam chegar à descarga
orgástica. Se auto-excitam debaixo de cachoeiras ou rolam no chão, ou na grama
até atingirem o ápice do prazer.
Fomos informados sobre um tipo de
relacionamento afetivo em regime de poliamor ou seja, os poliamantes praticam o
desejo ou a aceitação de ter mais de um relacionamento íntimo simultaneamente
com o conhecimento e consentimento de todos os envolvidos. O praticante defende
a possibilidade de se estar envolvido de modo “responsável” em relações
íntimas, profundas e eventualmente duradouras com vários parceiros
simultaneamente.
Existem os “relacionamentos abertos”, isto é
relação afetiva “estável” (habitualmente entre duas pessoas) em que os
participantes são livres para ter outros parceiros. Se for casado, diz-se que é
um “casamento aberto”. Parece que o “relacionamento aberto” e o “poliamor” não
são a mesma coisa. Em termos gerais, afirma-se que “relacionamento aberto”
refere-se a uma não exclusividade sexual na união, enquanto o poliamor envolve
a extensão desta não exclusividade para o campo afetivo ao permitir que se
criem laços emocionais exteriores à relação primordial com certa estabilidade.
Sabemos que o comportamento na área da
sexualidade é essencial para o desenvolvimento individual, interpessoal e
social. Também sabemos que os direitos sexuais são direitos humanos universais
baseados na liberdade inerente, dignidade e igualdade para todos os seres
humanos.
Conhecemos as leis humanas e sabemos do
direito à liberdade sexual, à autonomia, à integridade, à segurança do corpo, à
privacidade, à igualdade, à expressão sexual, à livre associação sexual, às
escolhas reprodutivas livres e responsáveis, à informação baseada no
conhecimento científico, à educação, à saúde sexual.
Não estamos aqui para lançar censuras a tais
“direitos”, mas cumpre-nos lembrar e advertir que no Livro do Levítico, a Lei
de Moisés constrói o estatuto referente às práticas sexuais, determinando as
proibidas, as abomináveis e as impuras. [2] Sem embargo, contudo, compreendemos
que as Leis de Deus estão inscritas na consciência de cada um.
Sobre o tema sexualidade, Emmanuel desenvolve
conceitos doutrinários a fim de explicar que as teorias ao redor do sexo foram
objeto de sensatas explicações por Kardec no Século XIX, na previsão dos
choques de opinião, em matéria afetiva, que a Humanidade de agora enfrenta. O
mentor de Chico Xavier sintetizou todas as divagações nas regras seguintes: Não
proibição, mas educação. Não abstinência imposta, mas emprego digno, com o
devido respeito aos outros e a si mesmo. Não indisciplina, mas controle. Não
impulso livre, mas responsabilidade. Fora disso, é teorizar simplesmente, para
depois aprender ou reaprender com a experiência. [3]
Portanto, sem educação, sem controle, sem
disciplina, sem emprego digno, será enganar-nos, sofrer e recomeçar a obra da
sublimação pessoal, tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos
da reencarnação, até porque o emprego do sexo, ante a luz do amor e da vida, é
assunto pertinente à consciência de cada um.
Admoesta o autor de Vida e Sexo que em
matéria de comportamento sexual todos nós nos achamos muito longe da meta por
alcançar. Se alguém nos parece cair, sob enganos do sentimento, devemos
silenciar e esperar. Se alguém se nos afigura tombar em delinquência por
desvarios do coração devemos esperar e silenciar. [4]
Devemos calar as nossas possíveis acusações
ante as supostas culpas alheias, porquanto nenhum de nós, por agora, é capaz de
medir a parte de responsabilidade que nos compete a cada um nas irreflexões e
desequilíbrios dos outros. Não dispomos de recursos para examinar as
consciências alheias, e cada um de nós, ante a Sabedoria Divina, é um caso
particular, em matéria de amor, reclamando compreensão. [5]
Diante de toda e qualquer desarmonia do mundo
afetivo, seja com quem for e como for, coloquemo-nos, em pensamento, no lugar
dos acusados, analisando as nossas tendências mais íntimas e, após verificarmos
se estamos em condições de censurar alguém, escutemos no âmago da consciência o
apelo inolvidável do Cristo: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”. [6]
Referências
bibliográficas:
[1]Disponível em
https://br.noticias.yahoo.com/conhe%C3%A7a-os-rob%C3%B4s-sexuais-que-ser%C3%A3o-lan%C3%A7ados-em-092237759.html
acesso 09/11/2016
[2]Lv 18, 26-30
[3]Xavier, Francisco Cândido. Vida e Sexo,
RJ: Ed. FEB, 1977
[4]Idem
[5]Idem
[6]Jo. 13, 14
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