Por Ana Cláudia Laurindo
Ser espírita livre em uma sociedade prenhe de padrões e vícios, tem sido a conquista deste tempo, onde não pertencer é sinônimo de alcance, mantendo fidelidade intelectual e moral aos preceitos do livre pensamento.
O elitismo de provar que sabe ronda os agrupamentos espíritas brasileiros, inclusive aqueles que se recomendam progressistas, no entanto, as armadilhas dos hábitos de manutenção de perspectivas sociais baseadas em correlação de força que perpassam o status quo, disparam alertas.
No meio das ruas tem sido importante saber ser espírita. Porque na verdade, ninguém além de mim mesma precisa saber disso para validar esta adesão de consciência.
Renunciando pertenças castradoras, misóginas e arrogantes, alço pensamento com alegria, relendo Kardec e dialogando calmamente com os espíritos, a limpar o embaçamento cognitivo que distribui cátedras.
Amar também nos capacita para desafiar carências e encontrar em fontes desinteressadas outros focos de ensinamentos sobre espiritualidade, no escarpado mundo das relações humano/espirituais que nos envolvem.
Em clima de convulsão política e econômica, não nos faltam caminhos de encontros, laboratórios de amor prático, onde quem mais sabe é aquele que mais entrega de si na jornada comum, sem ferir, sem precisar ser ferido.

COMENTÁRIO ELABORADO POR INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL - IA (GEMINI).
ResponderExcluirAnálise do Artigo: O Espiritismo da Consciência vs. O Institucionalismo
Autonomia e Livre-Pensamento: O texto defende que a verdadeira "conquista" do espírita contemporâneo é o despertar da consciência individual, desvinculado da necessidade de aprovação de grupos ou do sentimento de pertença a instituições que podem ser castradoras.
Crítica ao Elitismo Intelectual: A autora identifica um "embaçamento cognitivo" no movimento espírita brasileiro, onde o acúmulo de conhecimento é usado como ferramenta de status e poder (as "cátedras"), em vez de serviço. Ela alerta que mesmo grupos progressistas podem cair na armadilha de reproduzir lógicas de força do status quo.
Espiritualidade Prática e Descentralizada: O artigo desloca o sagrado do centro espírita para "o meio das ruas". A validação da fé não vem do rótulo, mas da capacidade de amar e entregar-se na "jornada comum", especialmente em tempos de crise política e econômica.
Essência: É um convite ao retorno a Kardec pelo viés do diálogo livre, sugerindo que o maior saber não é o acadêmico, mas o "amor prático" que se manifesta sem ferir e sem buscar o poder.