domingo, 20 de setembro de 2020

MEDIUNIDADE - A ÁRVORE E OS FRUTOS

 

                    

           Surpresa para o professor Rivail! Convidado para avaliar fenômenos que a inteligência da época não alcançava, vê-se defronte uma revelação que mudaria a sua vida e traria para a humanidade outra forma de encarar a vida. “Os mortos vivem e podem se comunicar conosco”. A faculdade humana para explicar tal possibilidade se chama Mediunidade e aqueles que a possuem, Médiuns. Essa a constatação, sem que aquele pesquisador sequer presumisse e, portanto destituída de qualquer inclinação cientificamente preconcebida.

            A Mediunidade é, enfim, a maior comprovação da vida que segue após a pane do corpo físico que desce ao sepulcro. A imortalidade cantada e decantada sob a roupagem dos dogmas aparece agora recitada pela voz daqueles que nos antecederam na grande viagem. Se outras aplicações não houvesse, essa já seria a maior consolação buscada por aqueles que choram pela saudade e pela dor da perda dos entes queridos.

            Pesquisada pelos grandes expoentes da Psicologia Moderna e da Psiquiatria, como Pierre Janet, William James, Freud e Jung, cujos aspectos observados apresentavam destaques de psicopatologia por presumirem condições de grave sofrimento psíquico e mental, a Mediunidade revela também uma face que diverge por completo dos desequilíbrios que podem vinculá-la aos transtornos neuróticos e psicóticos. Denunciando elementos que se encontram invisíveis á maioria das pessoas, o seu exercício disciplinado conduz à maior claridade mental, sem que interfira na rotina de normalidade mental do seu praticante enquanto agente social e humano. Fora de transe, o médium é uma pessoa em estado de completa normalidade e convivência com seus pares.  

            A contemporaneidade tornou a Mediunidade um tema de discussão e controvérsia. Há uma quantidade de médiuns com reconhecida produção tornada pública que, no mínimo, intriga a Ciência Psicológica trazendo verdadeiros mananciais de informações que servem de apoio as muitas dificuldades humanas. A intervenção dos Espíritos através de um intermediário tem o potencial de influenciar de forma extraordinária a condição de bem estar, sob quaisquer de suas formas: a oralidade, a escrita, a intuição, a visão ou ainda os fenômenos de cura, esses últimos preferencialmente à distância.

            O capítulo VIII de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec (Do Laboratório do Mundo Invisível) demonstra como se dá a ação dos Espíritos sobre o mundo dos encarnados em todas as variáveis de comunicação. A manipulação dos fluidos e as condições plásticas do perispírito é que possibilitam a ação dos Espíritos desencarnados em benefício dos encarnados.

Muitos médiuns trouxeram e ainda trazem a benfazeja intervenção dos invisíveis, mundo afora, sendo o Brasil um grande celeiro, em todos os tempos. Entre tantos grandes medianeiros nascidos em terras brasileiras, esforço de seleção, encontramos Divaldo Franco, Chico Xavier, João Nunes Maia, Yvonne do Amaral Pereira, José Arigó, Anna Prado, Carmine Mirabelli, Eurípedes Barsanulfo. Divaldo Franco sendo o único encarnado dessa lista. A capacidade de consolar, ensinar, esclarecer, curar especialmente dos males da alma dessa equipe de médiuns faz da Mediunidade um caminho luminoso na Terra.

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