sexta-feira, 28 de junho de 2019

NÓS NO MUNDO E A ACEITAÇÃO DO OUTRO





Há conturbações sociais em andamento em todo o mundo.

No geral, essas conturbações ocorrem por diferentes pontos de vistas e pelos embates dos grupos que tentam se sobressair em relação um ao outro. Atualmente, mais do que nunca, fala-se da aceitação do outro e, principalmente, se esse outro for diferente de você. Porém, os antagonismos estão cada vez mais fortes no dia a dia das sociedades, cada vez mais aqueles que podem mais buscam subjugar os desfavorecidos, seja por meio da força ou do poder econômico.


Essa situação, sob o olhar espírita, é inconcebível.

A resposta 54 do Livro dos Espíritos é contundente: Todos os homens são irmãos em Deus porque são animados pelo espírito e tendem para o mesmo alvo.

A resposta é forte e clara, não deixa qualquer margem de dúvida sobre a inexistência de qualquer característica distintiva de superioridade de alguém em relação a qualquer outro e, ao dizer que somos irmãos em Deus, indica a fraternidade como a base de nossa convivência.

Certamente alguns podem dizer que existem irmãos bons e irmãos ruins, e insistir em que não é bem assim o caso, de sermos todos iguais. Infelizmente para esses que não se convenceram da igualdade entre todos os humanos, a segunda parte da resposta completa o pensamento com argumentos irrefutáveis quanto à necessidade de pararmos de buscar diferenças onde não há: todos nós somos aminados pelo espírito e tendemos para o mesmo alvo.

A imortalidade do espírito, nossa individualidade preservada, e a reencarnação e o processo evolutivo resultante dela abrem percepções de entendimento do hoje e da eternidade, que colocam nosso pensamento em perspectiva diferente caso tivéssemos somente essa vida para viver. A partir dessa perspectiva ampliada, o outro torna-se aquele que hoje ajudamos e o que nos ajudará no futuro. Além disso, vale pensar nas tantas pessoas de que ainda nem tomamos conta da existência, mas que no futuro seremos interdependentes para atingirmos o objetivo em comum.

Na prática, hoje, se quero me alinhar com Deus e seus propósitos, devo primeiramente olhar meu próximo, o outro, como um irmão, a quem devo ajuda e apreço, acolhimento e respeito, e a partir daí buscar as transformações no mundo, que me afastam desse tipo de sentimento.

Se o mundo me afasta do próximo, há algo de errado no mundo e não no próximo; não temos que fazer o outro se ajustar à nossa visão de mundo, temos que ajustar o mundo para caberem todos com harmonia, dignidade e com as condições de cada um seguir seu caminho em busca de seu fim, junto a Deus.

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