domingo, 3 de fevereiro de 2019

O PROGRESSO E A CONTRAMÃO


                          
          


               A inteligência se move através de conceitos. Não exatamente como um sinônimo de definição, mas na qualidade de uma percepção que a própria Matemática, enquanto ciência viabiliza. Consideremos que o conceito é aquela compreensão que sofreu as discussões necessárias para se estabelecer como pedra de toque, sem que se obrigue a uma retórica explicativa. Daí sabermos que a camada azul que recobre a Terra é o Ozônio e não o céu dos pagãos; o planeta é uma esfera algo achatada nos polos e gira em torno do Sol, o que garante o calendário; o dia e a noite são estabelecidos pelo giro dessa esfera em torno do próprio eixo. Há pontos de encontro no inconsciente coletivo que superam as controvérsias, sob o risco grave de criar-se uma via de retrocesso, tal aquele que foi patrocinado pelas lutas religiosas que inventaram que as premissas científicas eram uma declaração de guerra entre o Ser Humano e Deus, um desses períodos passou para a História como a idade das trevas.



          A evolução da humanidade, a superpopulação, a concentração urbana, as descobertas da ciência, o choque de comportamentos, os movimentos libertários, a desigualdade socioeconômica, a contribuição da informática colocando todos esses fatores dentro de um simples celular formam um caldo social de difícil governança. Para aqueles que miram o paraíso como aquela visão descrita para o Jardim do Éden deve ser uma complicação viver com essa discrepância. Esquecem que foi uma determinação da própria evolução o abandono pelos seus poucos habitantes daquela mítica região e, diga-se de passagem, sem chance de aumento populacional, pois segundo consta havia Adão, Eva e dois filhos apenas, ambos por geração espontânea, pois os seus pais viviam desnudos e não tinham atração sexual para procriar.

          O entendimento da ciência é que o Homo sapiens deve ter aparecido na Terra entre 250 e 300 mil anos por achados arqueológicos realizados na África e não houve nenhuma civilização paradisíaca, o que contrasta com a descrição e a cronologia bíblicas. Os estudos de Charles Darwin e Alfred Russel Wallace, similares na forma e díspares na essência, trazem à baila a Teoria da Evolução das Espécies e ao contrário do que se intenta propagar em nada ofenderam a Deus, senão tornou mais absoluto e magnífico o Seu poder.

          Allan Kardec questiona a respeito dos primeiros povos, em O Livro dos Espíritos (q. 50): “A espécie humana começou por um só homem? – Não; aquele que chamais Adão não foi o primeiro nem o único a povoar a Terra”. E comenta em sequência à questão 51: “O homem cuja tradição se conservou sob o nome de Adão foi um dos que sobreviveram, em alguma região, a um dos grandes cataclismos que em diversas épocas modificaram a superfície do globo, e tornou-se o tronco de uma das raças que hoje o povoam...”.

          Há muitos desafios à frente. O que aprendemos até agora é mínima fração diante das conquistas que virão. Quanto mais demorarmos requentando temas que estabeleceram Conceitos humanos, menor a escala de crescimento que alcançaremos no futuro. É importante buscar o progresso e fugir da contramão da história. Quão mais rapidamente percebermos que Deus e a Natureza são concordes em TUDO maior será o entendimento de que o grande milagre é a VIDA e de resto tudo é paulatino e processual, sob as Leis Universais que mantêm a harmonia de todos os Universos paralelos - a Casa de Deus.




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