Pular para o conteúdo principal

O APARELHO PSÍQUICO - Uma proposta a partir da obra de André Luiz




Por Roberto Lúcio (*)





Um estudo sobre a visão espírita da mente deve iniciar com as informações das obras de André Luiz, psicografadas por Chico Xavier e Waldo Vieira.

As principais anotações encontram-se no livro “No Mundo Maior”, capítulo 03, ditado ao médium Chico Xavier. No entanto, em vários tópicos de suas obras encontram-se informações preciosas a serem apreciadas. No capítulo, André Luiz retrata o cérebro em três grandes áreas, como a biologia já indicava, mas ampliando a abordagem sob o ponto de vista espiritual.

É necessário lembrar que uma divisão do aparelho psíquico em três grandes áreas já estava também presente nos textos de Freud, o grande estudioso e criador da Psicanálise. A Neurociência vem, nos últimos anos, avançando suas pesquisas na compreensão de certos aspectos da vida psíquica, clareando certas colocações freudianas, o que deu campo para a criação de uma nova subespecialidade: a neuropsicoanálise.    Não se pode negar a importância desse estudo para a melhor compreensão da realidade espiritual. Além de explicar o processo evolutivo, no aspecto prático, auxilia na identificação das posturas do espírito em sua caminhada e quais os elementos psíquicos precisam ser acionados para sua melhoria espiritual.


O Relato de André Luiz - Obra “No Mundo Maior”

Vejamos, portanto, o que relata o autor espiritual na obra citada, no capítulo 03:

“ – No sistema nervoso, temos o cérebro inicial, repositório dos movimentos instintivos e sede das atividades subconscientes; figuremo-lo como sendo o porão da individualidade, onde arquivamos todas as experiências e registramos  os menores fatos da vida. Na região do córtex motor, zona intermediária entre os lobos frontais e os nervos, temos o cérebro desenvolvido, consubstanciando as energias motoras de que se serve a nossa mente para as manifestações imprescindíveis no atual momento evolutivo do nosso modo de ser. Nos planos dos lobos frontais, silenciosos ainda para a investigação científica do mundo, jazem materiais de ordem sublime, que conquistaremos gradualmente, no esforço de ascensão, representando a parte mais nobre de nosso organismo divino em evolução.” (pág. 46 – 14ªedição).

E prossegue na página seguinte:

“ – Não podemos dizer que possuímos três cérebros simultaneamente. Temos apenas um que, porém, se divide em três regiões distintas. Tomemo-lo como se fora um castelo de três andares: no primeiro situamos a “residência de nossos impulsos automáticos”, simbolizando o sumário vivo dos serviços realizados; no segundo localizamos o “domicílio das conquistas atuais”, onde se erguem e se consolidam as qualidades nobres que estamos edificando; no terceiro, temos a “casa das noções superiores”, indicando as eminências que nos cumpre atingir. Num deles moram o hábito e o automatismo; no outro residem o esforço e a vontade; e no último demoram o ideal e a meta superior a ser alcançada. Distribuímos, desse modo, nos três andares, o subconsciente, o consciente e o superconsciente. Como vemos, possuímos, em nós mesmos, o passado, o presente e o futuro”.

Uma breve visão do aspecto anatômico relatado no texto

Na realidade, os orientadores espirituais ensinam que as estruturas do sistema nervoso são a parte mais desenvolvida e próxima do perispírito. Este conjunto, com função bastante especializada, foi construído progressivamente, desde os seres mais elementares com algum protótipo de sistema neural. No atual estágio, o sistema nervoso do homem é a “máquina” mais desenvolvida que se têm acesso, reunindo todas as conquistas nesse campo, sendo que as áreas mais evoluídas foram estruturadas a partir das experiências anteriores. Portanto, cada região cerebral antiga transformou-se em alicerce para a futura, principalmente no que concerne a funções complementares.

Neste conjunto de órgãos e estruturas encontram-se elementos pertencentes a seres bastante antigos - e muitos já extintos - dos quais carregam mecanismos de informações e funções que são primárias para a humanidade atual, mas fundamentais para a preservação da vida e da espécie. Esse conjunto é chamado de "cérebro reptiliano" e compreende o tronco cerebral e porções do diencéfalo. Nele moram os reflexos e os instintos. Pode-se dizer que ela é a base instintiva sobre a qual se assentam os sentimentos. Ele dá a medida da reação emocional diante de quaisquer desafios. É também chamado de Complexo-R, sendo, portanto, a região mais antiga e primitiva da massa cinzenta. É o centro de agressão/sobrevivência da existência. As emoções básicas que governam o homem, como medo, raiva, alegria e preocupação, emanam deste primeiro estágio do cérebro.

A segunda grande divisão do cérebro, de acordo com André Luiz, englobaria aquelas regiões que formam o chamado sistema límbico, o qual contém os centros emocionais e a partir de onde se constroem novas ferramentas, originando a memória e a aprendizagem.

O denominado terceiro cérebro é constituído de todas estruturas chamadas de neocórtex, fruto de uma camada cortical mais externa que se sobrepõem as mais antigas, e dos lobos frontais.



A Importância da Visão de André Luiz

Em primeiro lugar, essa visão demonstra com clareza os aspectos da evolução da estrutura cerebral, em consonância com a teoria de Darwin e com o que está presente na biologia, reafirmando as informações apresentadas por Kardec, em “O Livro dos Espíritos”.

Explica que todas as conquistas da individualidade estão implementadas também no corpo físico, a maioria inconsciente, e podem ser acionadas ou despertadas, de conformidade com a postura do espírito em nova encarnação. Com isso, demonstra a causa das de tendências e aptidões, que podem não estar relacionadas exatamente com as heranças familiares, mas com conquistas pessoais reencarnatórias inconscientes. Esta marca psíquica mostra, também, como pode ocorrer um processo obsessivo ou o mecanismo da sintonia mediúnica em casos de aparente discrepância vibratória entre os espíritos, pois haveria uma vinculação com o passado e não com a vivência atual da criatura.

Clarifica a razão da grande ação das forças instintivas na vivência do espírito, por se acharem presentes em sua herança; as quais são fundamentais para a sobrevivência, mas mantêm o encarnado muito próximo da animalidade.

Como o hábito e o automatismo são os senhores desta instância, será preciso grande esforço para as mudanças necessárias, com investimento de tempo, definido individualmente dentro das perspectivas e conquista do espírito. Esforço que reside na instância seguinte e é presidido pela vontade.

Por isso, a importância do chamado “segundo cérebro”, onde a criatura constrói o presente e demarca a continuidade da sua caminhada. Sem ele não é possível mudar os rumos necessários, ou perseverar no caminho das vitórias.

A proposta de André Luiz sobre para o “terceiro cérebro” é inovadora. Nela, encontramos a explicação para o enigma das chamadas áreas silenciosas do cérebro. Regiões aparentemente sem função, nesse estágio atual de vida humana. Ele relata que o Superconsciente carrega de forma latente todos os referenciais evolutivos do espírito. Assim, futuros padrões de vivências e funções ainda desconhecidos estariam desenhados e projetados na estrutura cerebral atual, mas não atuantes pela incapacidade de utilizar-se deles por agora. Essa colocação fornece a certeza da evolução e de todos atributos do Criador, pois determina que todas as criaturas devem evoluir e que têm o mesmo fim: a perfeição e a felicidade. Confirma a moderna teoria que associa as teorias da evolução e do criacionismo, falando sob o “Designer Inteligente”.

Nessa visão não há níveis de valores. Todos os elementos são importantes e imprescindíveis para cada etapa, mas devem ser substituídos ou aprimorados, de conformidade com o momento vivido, para se alcançar os propósitos maiores da criação.

No sentido prático, essa visão detecta e denuncia a postura comodista ou rebelde da maior parte da humanidade que, apesar de possuir recursos anatômicos e de vivência para caminhar mais além, teima em se portar como criaturas em processo evolutivo primário.

O grande instrumento para o momento é essa segunda grande área, denominada por André Luiz como Consciente. A vontade e o esforço são armas poderosas para a transformação humana. Elas são dirigidas pela razão, sem a qual é impossível, nesse momento, mudar o rumo e tomar novo posicionamento. A aquisição de conhecimentos na atualidade amplia o espectro de ação da razão, fortalecendo a oportunidade da mudança. Mesmo os processos que envolvem o sentimento precisam de uma tomada de consciência, além do exercício constante da persistência.

Jesus, o grande terapeuta dos homens, posicionou-se claramente sobre cada uma dessas etapas do desenvolvimento humano, definindo propostas coerentes para cada etapa.

O Mestre fala da caminhada evolutiva, afirmando: “Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu”. (João 3:13). Ou seja, que o espírito – que vem de Deus - necessita “descer do céu” (encarnar) para poder crescer e evoluir (“subir ao céu”). Tal verdade é reafirmada em João 3:5: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do espírito, não pode entrar no Reino de Deus”, demonstrando a reencarnação como instrumento de crescimento e aprimoramento.

Direcionando-se às criaturas presas aos prazeres terrenos, Jesus assim se manifesta: “Ninguém tira um pedaço dum vestido novo para o coser em vestido velho, pois que romperá o novo e o remendo não condiz com o velho”. (Lc. 5:36). Assim, é preciso que o homem se transforme, busque nova postura e condicionamento.

O homem que habita as regiões psíquicas do Consciente é uma criatura de conhecimento, que já vislumbrou novos propósitos e metas, mas que, geralmente, permanece no comodismo e rebeldia, repetindo os descaminhos de outros momentos. Para esse Jesus traz uma imensa lição: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” (Mt. 16:26) e ainda afirma no versículo 24 do mesmo capítulo, referindo-se ao exercício da vontade: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me”. Desse modo, é necessário que a criatura reflita nos verdadeiros objetivos da vida, para agir com renúncia e esforço. Deve abandonar velhos hábitos e condutas viciosas, criando condicionamentos novos que, posteriormente, transformar-se-ão em atos espontâneos.


A postura do homem do futuro está na seguinte fala do Cristo: “Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. (Mateus 6:33). Para ele haverá o cumprimento das palavras de Jesus: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei e abrir-se-vos-á”. (Mt. 7:7). A partir do momento que ele já sabe da Lei e a realiza em si, todas as possibilidades se concretizam em sua vida e mais que “filho do homem” – fruto do seu processo evolutivo -, ele se transforma em “filho de Deus” – herdeiro da criação e semelhante ao Pai.

Artigo originalmente publicado na Revista “Luz e Verdade” – Algés – Portugal.    

(*) médico psiquiatra, vice-presidente da AME Brasil, diretor clínico do Hospital Espírita André Luiz, psiquiatra e psicoterapeuta do Instituto de Assistência psíquica Renascimento (BH)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PESTALOZZI E KARDEC - QUEM É MESTRE DE QUEM?¹

Por Dora Incontri (*) A relação de Pestalozzi com seu discípulo Rivail não está documentada, provavelmente por mais uma das conspirações do silêncio que pesquisadores e historiadores impõem aos praticantes da heresia espírita ou espiritualista. Digo isto, porque há 13 volumes de cartas de Pestalozzi a amigos, familiares, discípulos, reis, aristocratas, intelectuais da Europa inteira. Há um 14º volume, recentemente publicado, que são cartas de amigos a Pestalozzi. Em nenhum deles há uma única carta de Pestalozzi a Rivail ou vice-versa. Pestalozzi sonhava implantar seu método na França, a ponto de ter tido uma entrevista com o próprio Napoleão Bonaparte, que aliás se mostrou insensível aos seus planos. Escreveu em 1826 um pequeno folheto sobre suas ideias em francês. Seria quase impossível que não trocasse sequer um bilhete com Rivail, que se assinava seu discípulo e se esforçava por divulgar seu método em Paris. Pestalozzi, com seu caráter emotivo e amoroso, não era de ...

O CORDEIRO SILENCIADO: AS TEOLOGIAS QUE ABENÇOARAM O MASSACRE DO ALEMÃO.

  Imagem capa da obra Fe e Fuzíl de Bruno Manso   Por Jorge Luiz O Choque da Contradição As comunidades do Complexo do Alemão e Penha, no Estado do Rio de Janeiro, presenciaram uma megaoperação, como define o Governador Cláudio Castro, iniciada na madrugada de 28/10, contra o Comando Vermelho. A ação, que contou com 2.500 homens da polícia militar e civil, culminou com 117 mortos, considerados suspeitos, e 4 policiais. Na manhã seguinte, 29/10, os moradores adentraram a zona de mata e começaram a recolher os corpos abandonados pelas polícias, reunindo-os na Praça São Lucas, na Penha, no centro da comunidade. Cenas dantescas se seguiram, com relatos de corpos sem cabeça e desfigurados.

O DISFARCE NO SAGRADO: QUANDO A PRUDÊNCIA VIRA CONTRADIÇÃO ESPIRITUAL

    Por Wilson Garcia O ser humano passa boa parte da vida ocultando partes de si, retraindo suas crenças, controlando gestos e palavras para garantir certa harmonia nos ambientes em que transita. É um disfarce silencioso, muitas vezes inconsciente, movido pela necessidade de aceitação e pertencimento. Desde cedo, aprende-se que mostrar o que se pensa pode gerar conflito, e que a conveniência protege. Assim, as convicções se tornam subterrâneas — não desaparecem, mas se acomodam em zonas de sombra.   A psicologia existencial reconhece nesse movimento um traço universal da condição humana. Jean-Paul Sartre chamou de má-fé essa tentativa de viver sem confrontar a própria verdade, de representar papéis sociais para evitar o desconforto da liberdade (SARTRE, 2007). O indivíduo sabe que mente para si mesmo, mas finge não saber; e, nessa duplicidade, constrói uma persona funcional, embora distante da autenticidade. Carl Gustav Jung, por outro lado, observou que essa “másc...

OS FILHOS DE BEZERRA DE MENEZES

                              As biografias escritas sobre Bezerra de Menezes apresentam lacunas em relação a sua vida familiar. Em quase duas décadas de pesquisas, rastreando as pegadas luminosas desse que é, indubitavelmente, a maior expressão do Espiritismo no Brasil do século XIX, obtivemos alguns documentos que nos permitem esclarecer um pouco mais esse enigma. Mais recentemente, com a ajuda do amigo Chrysógno Bezerra de Menezes, parente do Médico dos Pobres residente no Rio de Janeiro, do pesquisador Jorge Damas Martins e, particularmente, da querida amiga Lúcia Bezerra, sobrinha-bisneta de Bezerra, residente em Fortaleza, conseguimos montar a maior parte desse intricado quebra-cabeças, cujas informações compartilhamos neste mês em que relembramos os 180 anos de seu nascimento.             Bezerra casou-se...

"FOGO FÁTUO" E "DUPLO ETÉRICO" - O QUE É ISSO?

  Um amigo indagou-me o que era “fogo fátuo” e “duplo etérico”. Respondi-lhe que uma das opiniões que se defende sobre o “fogo fátuo”, acena para a emanação “ectoplásmica” de um cadáver que, à noite ou no escuro, é visível, pela luminosidade provocada com a queima do fósforo “ectoplásmico” em presença do oxigênio atmosférico. Essa tese tenta demonstrar que um “cadáver” de um animal pode liberar “ectoplasma”. Outra explicação encontramos no dicionarista laico, definindo o “fogo fátuo” como uma fosforescência produzida por emanações de gases dos cadáveres em putrefação[1], ou uma labareda tênue e fugidia produzida pela combustão espontânea do metano e de outros gases inflamáveis que se evola dos pântanos e dos lugares onde se encontram matérias animais em decomposição. Ou, ainda, a inflamação espontânea do gás dos pântanos (fosfina), resultante da decomposição de seres vivos: plantas e animais típicos do ambiente.

TRÍPLICE ASPECTO: "O TRIÂNGULO DE EMMANUEL"

                Um dos primeiros conceitos que o profitente à fé espírita aprende é o tríplice aspecto do Espiritismo – ciência, filosofia e religião.             Esse conceito não se irá encontrar em nenhuma obra da codificação espírita. O conceito, na realidade, foi ditado pelo Espírito Emannuel, psicografia de Francisco C. Xavier e está na obra Fonte de Paz, em uma mensagem intitulada Sublime Triângulo, que assim se inicia:

DIA DE FINADOS À LUZ DO ESPIRITISMO

  Por Doris Gandres Em português, de acordo com a definição em dicionário, finados significa que findou, acabou, faleceu. Entretanto, nós espíritas temos um outro entendimento a respeito dessa situação, cultuada há tanto tempo por diversos segmentos sociais e religiosos. Na Revista Espírita de dezembro de 1868 (1) , sob o título Sessão Anual Comemorativa dos Mortos, na Sociedade Espírita de Paris fundada por Kardec, o mestre espírita nos fala que “estamos reunidos, neste dia consagrado pelo uso à comemoração dos mortos, para dar aos nossos irmãos que deixaram a terra, um testemunho particular de simpatia; para continuar as relações de afeição e fraternidade que existiam entre eles e nós em vida, e para chamar sobre eles as bondades do Todo Poderoso.”

UM POUCO DE CHICO XAVIER POR SUELY CALDAS SCHUBERT - PARTE II

  6. Sobre o livro Testemunhos de Chico Xavier, quando e como a senhora contou para ele do que estava escrevendo sobre as cartas?   Quando em 1980, eu lancei o meu livro Obsessão/Desobsessão, pela FEB, o presidente era Francisco Thiesen, e nós ficamos muito amigos. Como a FEB aprovou o meu primeiro livro, Thiesen teve a ideia de me convidar para escrever os comentários da correspondência do Chico. O Thiesen me convidou para ir à FEB para me apresentar uma proposta. Era uma pequena reunião, na qual estavam presentes, além dele, o Juvanir de Souza e o Zeus Wantuil. Fiquei ciente que me convidavam para escrever um livro com os comentários da correspondência entre Chico Xavier e o então presidente da FEB, Wantuil de Freitas 5, desencarnado há bem tempo, pai do Zeus Wantuil, que ali estava presente. Zeus, cuidadosamente, catalogou aquelas cartas e conseguiu fazer delas um conjunto bem completo no formato de uma apostila, que, então, me entregaram.

O MEDO SOB A ÓTICA ESPÍRITA

  Imagens da internet Por Marcelo Henrique Por que o Espiritismo destrói o medo em nós? Quem de nós já não sentiu ou sente medo (ou medos)? Medo do escuro; dos mortos; de aranhas ou cobras; de lugares fechados… De perder; de lutar; de chorar; de perder quem se ama… De empobrecer; de não ser amado… De dentista; de sentir dor… Da violência; de ser vítima de crimes… Do vestibular; das provas escolares; de novas oportunidades de trabalho ou emprego…

O ESTUDO DA GLÂNDULA PINEAL NA OBRA MEDIÙNICA DE ANDRÉ LUIZ¹

Alvo de especulações filosóficas e considerada um “órgão sem função” pela Medicina até a década de 1960, a glândula pineal está presente – e com grande riqueza de detalhes – em seis dos treze livros da coleção A Vida no Mundo Espiritual(1), ditada pelo Espírito André Luiz e psicografada por Francisco Cândido Xavier. Dentre os livros, destaque para a obra Missionários da Luz, lançado em 1945, e que traz 16 páginas com informações sobre a glândula pineal que possibilitam correlações com o conhecimento científico, inclusive antecipando algumas descobertas do meio acadêmico. Tal conteúdo mereceu atenção dos pesquisadores Giancarlo Lucchetti, Jorge Cecílio Daher Júnior, Décio Iandoli Júnior, Juliane P. B. Gonçalves e Alessandra L. G. Lucchetti, autores do artigo científico Historical and cultural aspects of the pineal gland: comparison between the theories provided by Spiritism in the 1940s and the current scientific evidence (tradução: “Aspectos históricos e culturais da glândula ...