sábado, 28 de julho de 2018

A ENERGIA DIVINA


     



     O português João de Brito, ou São João de Brito (1647-1693), venerável vulto do Cristianismo, seguiu os caminhos de Paulo de Tarso. Foi grande divulgador da mensagem cristã na Ásia. Converteu multidões com sua bondade e dedicação aos valores do Evangelho.
         Morreu decapitado na cidade de Urgur, na Índia, onde pregava o Evangelho. Quando lhe comunicaram a execução, alegrou-se, porque iria morrer a serviço de Jesus. Expirou tranquilamente, rendendo graças a Deus pela honra de testemunhar sua crença. É consagrado como o patrono dos pioneiros, aqueles que desbravam horizontes, que enfrentam o desconhecido em favor do progresso humano.


        No livro Falando à Terra, psicografia de Francisco Cândido Xavier, edição FEB, há uma mensagem dele que transcrevo, uma surpreendente e notável dissertação a respeito do Amor:
         “O Amor, sublime impulso de Deus, é a energia que move os mundos. Tudo cria, tudo transforma, tudo eleva. Palpita em todas as criaturas. Alimenta todas as ações.
         O ódio é o Amor que se envenena.
        A paixão é Amor que se incendeia.
        O egoísmo é o Amor que se concentra em si mesmo.
        O ciúme é o Amor que se dilacera.
        A revolta é o Amor que se transvia.
        O orgulho é o Amor que enlouquece.
        A discórdia é o Amor que divide.
        A vaidade é o Amor que se ilude.
        A avareza é o Amor que se encarcera.
        O vício é o Amor que se embrutece.
        A crueldade é o Amor que tiraniza.
        O fanatismo é o Amor que petrifica.
        A fraternidade é o Amor que se expande.
        A bondade é o Amor que se desenvolve.
        O carinho é o Amor que floresce.
        A dedicação é o Amor que se estende.
        O trabalho digno é o Amor que se aprimora.
        A experiência é o Amor que amadurece.
        A renúncia é o Amor que se ilumina.
        O sacrifício é o Amor que se santifica.
        O Amor é o clima do Universo.
         É a religião da vida, a base do estímulo e a força da Criação. Ao seu influxo, as vidas se agrupam, sublimando-se para a imortalidade. Nesse ou naquele recanto isolado, quando se lhe retire a influência, reina sempre o caos.
         Com ele, tudo se aclara. Longe dele, a sombra se coagula e prevalece. Em suma, o Bem é o Amor que se desdobra, em busca da Perfeição no infinito, segundo os Propósitos Divinos. E o mal é, simplesmente, o Amor fora da Lei.”
         Imaginemos, leitor amigo, o Amor como sendo a eletricidade do Universo, a mover os Mundos e sustentar os seres.
         Podemos utilizá-la para o Bem ou para o mal, dependendo de como a transformamos, moldando-a, de conformidade com nossas tendências e impulsos. Se a represamos ou mal utilizamos, comprometemos nossa estabilidade e nos habilitamos a dolorosas experiências, como uma casa onde um curto-circuito na instalação elétrica provoca incêndio devastador. É de se ver se nossos males, nossas angústias, não serão a mera consequência do Amor transviado.
         Quando analisamos esse maravilhoso texto, entendemos por que Jesus proclamou (Mateus, 22:34-40) que a Lei e os Profetas, tudo o que está no Velho Testamento, pode ser resumido em duas atitudes fundamentais: O Amor a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
  
                TRINTA SEGUNDOS
         – O que é o amor?
        – É a energia divina que sustenta o Universo.
        – Como assimilar essa força?
        – Qual o ingrediente básico para o pão?
        – A farinha
        – A boa vontade é a farinha do amor.
        – E o que mais?
        – Como fazer o pão crescer?
        – Botando fermento.
        – O espírito de serviço é o fermento do amor.
        – O pão sofre o calor do forno para assar. E o amor?
        – Cresce quando submetido à dor.
        – É possível sustentar o amor com a dor?
        – É possível suportar a dor sem amor?


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