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GRAVIDEZ: SUBLIME NINHO DO AMOR




A gestação é um período de transformações físicas e emocionais muito importantes para a mulher, constituindo um momento deveras transcendental, porquanto a futura mamãe verifica, no seu cadinho uterino, a materialização na carne de um ser que emerge da vida imortal. Que sublime e grandiosa missão outorgada a um ser por Deus, concedendo a uma pessoa a tarefa de poder igualmente gerar!
Cuidar do corpo e do espírito
Gravidez - Sublime Ninho do Amor


O espírito, centelha divina aprimorada e individualizada, necessita da arena física, com sua resistência própria, para despertar e exteriorizar suas potencialidades (“O Reino de Deus dentro de si”). A encarnação humana torna-se uma necessidade para a individualidade extrafísica, porquanto “criada simples e ignorante se instrui nas lutas e tribulações da vida corporal, dela sofrendo todas as vicissitudes”. O ser espiritual precisa despojar-se de todas as impurezas da matéria e, finalmente, conseguir predomínio sobre ela. A Doutrina Espírita igualmente ensina que “para ganhar experiência é preciso que o Espírito conheça o bem e o mal. Eis por que se une ao corpo”. (Questões 25, 132, 133, 113, 107, 634 de O Livro dos Espíritos). Portanto, é na vibração mais densa que a individualidade extrafísica escolhe o seu caminho: “Se não existissem montanhas, não compreenderia o homem que se pode subir e descer; se não existissem rochas, não compreenderia que há corpos duros” (“OLE”, Q. 634).


O Espiritismo esclarece que o momento em que a alma se une ao corpo começa na concepção, mas não se completa senão no momento do nascimento. “Desde o momento da concepção, o espírito designado para tomar determinado corpo a ele se liga por um laço fluídico, que se vai encurtando cada vez mais, até o instante em que a criança vem à luz; o grito que então se escapa de seus lábios anuncia que a criança entrou para o número dos vivos e dos servos de Deus” (Q. 344 de “OLE”).

A Doutrina Espírita ensina também que a união entre o espírito e o corpo não é definitiva desde o momento da concepção. “Durante esse primeiro período, o Espírito pode renunciar a tomar o corpo que lhe foi designado, desde que a união é definitiva no sentido de que outro Espírito não poderia substituir o que foi designado para o corpo; mas, como os laços que o prendem são muito frágeis, fáceis de romper, podem ser rompidos pela vontade do Espírito que recua ante a prova escolhida. Nesse caso, a criança não vinga” (Q. 345 de “OLE”).

Kardec perguntou aos benfeitores espirituais se, no intervalo da concepção ao nascimento, o espírito goza de todas as suas faculdades? A resposta, pronta e objetiva: “Mais ou menos, segundo a fase, porque não está ainda encarnado, mas ligado ao corpo. Desde o instante da concepção, a perturbação começa a envolver o Espírito, advertido, assim, de que chegou o momento de tomar uma nova existência; essa perturbação vai crescendo até o nascimento. Nesse intervalo, seu estado é mais ou menos o de um Espírito encarnado, durante o sono do corpo. À medida que o momento do nascimento se aproxima, suas ideias se apagam, assim como a lembrança do passado se apaga desde que entrou na vida. Mas essa lembrança lhe volta pouco a pouco à memória, no seu estado de Espírito” (Q. 351 de “OLE”).

Na Q. 352 de “OLE”, o codificador inquire se, no momento do nascimento, o Espírito recobra imediatamente a plenitude de suas faculdades? “A Espiritualidade Superior esclarece que não: elas se desenvolvem gradualmente com os órgãos. Ele se encontra numa nova existência; é preciso que aprenda a se servir dos seus instrumentos; as ideias lhe voltam pouco a pouco, como a um homem que acorda e se encontra numa posição diferente da que ocupava antes de dormir”.

Na Q. 353, Kardec indaga se a união do espírito com o corpo não estando completa e definidamente consumada, senão depois do nascimento, pode considerar-se o feto como tendo uma alma? “As Entidades respondem, dizendo que o Espírito que deve animar existe, de qualquer maneira, fora dele. Propriamente falando, ele não tem uma alma, pois a encarnação está apenas em vias de se realizar, mas está ligado à alma que deve possuir”.

Sendo fundamental a reencarnação para o ser espiritual, é importante que seja bem-recebido nas paragens físicas, devendo a mãe cuidar muito bem de sua saúde no período gestacional para que o espírito possa receber um corpinho sadio.

Muito importante que a gestante seja acompanhada, desde que seja constatada a gravidez, por um profissional habilitado na área da obstetrícia, evitando a orientação leiga.

Quanto à nutrição, a futura mãe deve alimentar-se bem, preferindo alimentos com baixo teor de gorduras, fazendo bastante uso de frutas, verduras e legumes, ricos em vitaminas, sais minerais e fibras. Importante a ingestão de farelo de aveia ou gérmen de trigo, acompanhado da linhaça para combater a constipação intestinal (prisão de ventre), muito frequente no período da prenhez. A ingestão de água, em torno de 2 litros por dia, é primordial.

Evitar alimentos fritos, dando preferência aos cozidos ou grelhados. Imprescindível a ingestão de proteínas, ferro e cálcio. A carne vermelha é muito rica em proteínas e ferro, enquanto o leite de vaca e seus derivados, como o queijo e requeijão, além de proteínas, contêm muito cálcio. A soja é também necessária na alimentação da grávida, possuindo, também, em boa concentração, proteínas e o cálcio.

Quanto às doenças, muitas vezes o diagnóstico de AIDS é feito no período pré-natal, devendo a gestante HIV+ ser medicada com antirretroviral durante a gestação e o parto, e, posteriormente, o recém-nato, evitando o problema da transmissão mãe-filho, reduzindo drasticamente as taxas de transmissão vertical. No período gestacional podem ser observadas maiores incidências de asma, diabetes mellitus gestacional, anemia, vulvovaginite, cistite, distúrbios da tireoide e pré-eclâmpsia.

Existe intensa relação entre problemas emocionais, como a ansiedade e estresse, e complicações obstétricas, como parto prematuro, sangramentos, ruptura precoce das membranas e pré-eclâmpsia (quadro de pressão alta, edemas e aumento da excreção de proteínas na urina, com ausência de crises convulsivas e coma). A futura mamãe experimenta muitas dúvidas em relação à gravidez, desde que muitas modificações acontecem em seu corpo, como igualmente a preocupação com o feto, o medo do parto e a amamentação futura. É essencial que, na assistência pré-natal, a gestante seja estimulada e preparada para o aleitamento materno, o qual deverá ser oferecido ao neném exclusivamente até o sexto mês de vida. A depressão na gravidez também é muito grave, porquanto pode gerar complicações obstétricas, principalmente pelo risco do uso de drogas medicamentosas e a não adesão ao seguimento do pré-natal.

O consumo de bebidas alcoólicas é muito constatado, principalmente nas prenhes portadoras de problemática emocional, podendo acarretar lesão fetal, com problemas motores, físicos, mentais e comportamentais. A deficiência mental nas crianças pode ser verificada nas mães que ingeriram bebidas alcoólicas na gravidez. Na chamada síndrome alcoólica fetal, os nenéns apresentam a cabeça reduzida e malformações na face (lábio superior bem fino, nariz e maxilar de tamanho reduzido). Alguns órgãos são acometidos, sendo observadas anormalidades cerebrais, das mais leves, como mau aprendizado escolar, até o retardamento mental. Estima-se que 12 mil crianças nasçam no mundo a cada ano com essa síndrome.

A bebida alcoólica consumida na gravidez é rapidamente absorvida pelo neném em formação, passando com facilidade pela placenta, podendo causar aborto espontâneo, parto prematuro e outras complicações. Fundamental frisar que a droga não deva ser ingerida igualmente durante a fase de amamentação, pois o álcool pode ser veiculado para o bebê através do leite materno.

Em relação ao fumo, as prenhes devem evitá-lo ao extremo, inclusive não permanecendo em locais onde haja pessoas fumando, desde que o tabagismo passivo proporciona a entrada das toxinas do tabaco na corrente sanguínea. Importante essa informação científica de evitar a aspiração da fumaça pela gestante, pois o bebê pode nascer ostentando peso baixo, com riscos até, nos casos de contato prolongado com o fumo, de apresentar paralisia cerebral. Há relatos de trabalhos científicos relacionando o tabagismo passivo com dificuldades de aprendizado, como igualmente com o risco muito acentuado de sofrer o neném de morte súbita, aparentemente sem causa plausível. Portanto, é imprescindível, a prenhe pedir ao fumante ao seu redor que apague o cigarro ou se retire do local, já que poderá haver prejuízo para o feto. Caso a gestante seja viciada, que deixe de fumar, porque motivos não lhe faltam, sendo o mais importante deles o amor que já vivencia pelo ser espiritual que Deus lhe outorga, formando-se seu corpinho dentro de si, em uma simbiose deveras transcendental e sublime.

Quanto ao sexo na gestação, é essencial dizer que, tanto as mulheres pejadas, como o seu companheiro, sentem enfaticamente que novos rumos estão se delineando no horizonte do lar. No primeiro trimestre, a mulher, submetida às transformações hormonais, constata diminuição da libido e considera provável que o ato sexual possa prejudicar o neném. Ao mesmo tempo, os vômitos, o cansaço e os seios doloridos favorecem ainda mais o processo de rejeição do contato sexual. O futuro papai, ao mesmo tempo, sente a necessidade de proteger a companheira e o seu filho em formação no cadinho uterino, equivocadamente evitando a prática sexual. Importa nesses momentos que o casal esteja ligado por laços amorosos tenazes, onde o carinho e a atenção estejam presentes, e saiba que o intercâmbio sexual é saudável e importante nesta fase da vida, porquanto o acasalamento de esplendorosas energias é também compartilhado pelo ser espiritual, agasalhado no sublime domicílio de carne que lhe serve de morada.

No alvorecer do 2º trimestre da gestação, tudo se modifica, as náuseas e os vômitos não mais acometem a gestante, a libido retorna e o casal pode usufruir o sexo na gravidez em paz. Chegando o último trimestre, o desejo sexual volta a diminuir; contudo, a futura mamãe experimenta desconforto com sua imensa barriga, acreditando que seu companheiro não a acha mais encantadora. O homem se sente inseguro, acreditando que o ato sexual possa molestar o neném. Nesse momento tão difícil para o casal, é essencial ouvir os conselhos do obstetra, o qual certamente orientará o par a respeito das melhores posições para fazer sexo, bem como o ensino de que o ato sexual não machuca o feto, que está muito bem abrigado no útero, com suas camadas de músculos e pelo saco gestacional, sem contar a presença do tampão mucoso, protegendo a entrada uterina. Ao mesmo tempo, o facultativo dirá que as contrações uterinas, desencadeadas pelo orgasmo, não têm capacidade de acelerar o trabalho de parto, pelo contrário contribui para fortalecer os músculos do períneo, ajudando, no futuro, o parto normal. Pode, igualmente, o médico afirmar da importância do orgasmo, liberando substâncias geradoras de bem-estar, como a endorfina, a qual, certamente, será sentida pelo neném. A restrição do sexo se dará em caso de algumas situações patológicas, como sangramento, risco de aborto, etc.

A gestação é um período de transformações físicas e emocionais muito importantes para a mulher, constituindo um momento deveras transcendental, porquanto a futura mamãe verifica, no seu cadinho uterino, a materialização na carne de um ser que emerge da vida imortal. Que sublime e grandiosa missão outorgada a um ser por Deus, concedendo a uma pessoa a tarefa de poder igualmente gerar!

Que o Senhor da Vida, Supremo Arquiteto do Universo, Causa primária de todas as coisas, Amor por Excelência, derrame suas bênçãos sobre todas as mulheres que cumprem, com destemor e alegria, a santa missão de se constituir em um ninho inundado de luz, abrigando, em seu íntimo, uma alma necessitada de galgar mais um degrau evolutivo diante do Infinito. No casulo uterino, o ser reencarnante e sua genitora vivenciam, juntos e unidos, um momento expressivo e inesquecível, amalgamando suas vibrações espirituais, em completo êxtase, sentindo, de acordo com suas faixas evolutivas, a presença da Divindade, Suprema Inteligência do Universo. Em verdade, constatam nesse instante, um acontecimento divinal: O MILAGRE DO AMOR.

fonte: http://www.correioespirita.org.br


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