sábado, 24 de dezembro de 2016

O NATAL SÓ LEMBRA JESUS¹








Diante do Natal que se aproxima, impossível deixarmos de buscar a figura de Jesus em nossos pensamentos na qualidade de maior dos profetas que pisou a Terra para trazer ensinamentos que se perpetuariam até os dias atuais. Dotado de uma condição espiritual ímpar para a humanidade terrestre, a sua presença permanece impregnada no planeta conforme Ele mesmo predissera ao considerar que céus e terra passariam, mas não as suas palavras.
Dotado de uma condição completamente humana, sem qualquer diferença do seu corpo em relação aos organismos de quem quer que fosse. Nascido de homem e mulher, tal qual sucede em todos os nascimentos, o grande diferencial de Jesus foi a sua capacidade de ensinar pelo exemplo. Mais: o seu diferencial era conhecer o caminho. Apenas os que conhecem o caminho, e só se conhece o caminho quem o caminhou, é que podem ensiná-lo. Daí a sua paciência e compreensão com as dificuldades que encontrava para plantar as suas sementes. Por saber de todos os impedimentos gerados pelas imperfeições que permeavam o nível de evolução dos habitantes do planeta, Ele o Espírito que havia presidido a formação da Terra apenas dava o exemplo de renovação, sem condenações ou críticas.

Allan Kardec ao analisar a Natureza Superior de Jesus em A Gênese não deixa dúvidas quanto a sua absoluta condição indiscutivelmente diferenciada ao afirmar: “Sua alma, provavelmente, não se achava presa ao corpo, senão pelos laços estritamente indispensáveis. Constantemente desprendida, ela decerto lhe dava dupla vista, não só permanente, como de excepcional penetração e superior de muito à que de ordinário possuem os homens comuns”. O Codificador com essas palavras nos queria informar que o corpo comum de Jesus guardava um ser espiritual incomum, que conseguia vibrar acima da sua natureza corporal fazendo acontecerem os fatos que notabilizaram a sua existência e que só não foram maiores em expressão do que a mensagem imorredoura que deixou gravada para a posteridade.
Nós espíritas, quando lembrarmos o Natal, precisamos nos lembrar da mensagem de Jesus. Essa mensagem é a porta do reencontro necessário com a nossa natureza espiritual. De outra forma o Natal apenas seria uma data convencionada sem qualquer importância, pois sabemos que o nascimento do Cristo não se deu nessa época, segundo a história. O natal, no entanto é como se fôssemos celebrar o Dia Mundial de Jesus. E esse é um dia de fazermos festa, encontrarmos com a família e os amigos, sorrirmos de montão, cantarmos e dançarmos, tudo em homenagem aquele que é o grande ícone da libertação de nossas almas.
Desejamos que esse Natal especificamente se tornasse aquela data em que os nossos corações finalmente se alinhem com o sentimento amoroso de Jesus e as nossas mentes se abram ao clarão iluminador da mente do Mestre dos mestres. Finalmente alinhada a mente e o coração com Jesus pudéssemos fazer de nossas vidas um espaço para que Ele pudesse estar presente todos os dias no mundo. Feliz Natal.

¹ editorial do programa Antena Espírita de 18.12.2016.


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